O Paris Photo é um dos eventos mais importante do mundo da fotografia artística. Se Paris é uma festa, o Paris Photo é uma festa de gala com direito a tapete vermelho para os olhos e uma golfada de ar na mente. É difícil saber para que lado olhar! E, é claro, querer ver tudo é mais ou menos como querer conhecer toda a Europa em um mês, de tanto coisa linda que tem.
A feira acontece sempre em novembro, em Paris, e é lá que todos os fotógrafos e as pessoas envolvidas no mundo da foto querem estar. Na última edição, em novembro, participaram 136 galerias e 28 publicações. A feira sempre mostra o trabalho dos bam-bam-bans, como Martin Parr, Christopher Anderson, Antoine D’Agata e Ryan McGinley, mas também é um espaço em que o mercado apresenta suas novas apostas. E esses novos nomes são muito importantes para a renovação do mercado. Quem esteve no evento e selecionou alguns profissionais que estão chegando agora foi o repórter Christian Belgaux, do site Dazed Digital, braço digital da revista Dazed & Confused. Ele selecionou alguns novos nomes que ele considera que valem a pena prestar atenção. Não vimos os demais, mas adoramos o trabalho dos fotógrafos que ele selecionou. Dá uma olhada!
Richard Learoyd (Fraenkel Gallery, San Francisco)
Shade green my picture, 2009 ©Richard Learoyd/Reprodução
Aviary, 2013 ©Richard Learoyd/Reprodução
Richard Learoyd captura suas imagens diretamente em papel fotográfico usando uma câmera escura, uma espécie de aparelho óptico usado nos primórdios da fotografia, no século 19. A câmera escura consiste em uma caixa com um buraco por onde a luz passa e atinge o papel fotográfico. Com isso, ele tira por completo a etapa intermediária do processo fotográfico (o uso do filme) para criar retratos enormes sem granulação e paisagens que lembram a pintura clássica.
Alexandra Catiere
Teens. 2011 ©Alexandra Catiere/Reprodução
Denise ©Alexandra Catiere/Reprodução
Nascida em Minsk, na ex-URSS, Alexandra Catiere estudou no ICP, em Nova York, antes de trabalhar no lendário estúdio de Irving Penn. Suas obras são da mesma natureza que as de Penn — imagens clássicas em preto e branco, tiradas sem uma noção preconcebida do seu contexto.
Mike Brodie (M + B Gallery, Los Angeles)
Em 2004, Mike Brodie ganhou uma câmera Polaroid e começou a fotografar suas viagens. Por quatro anos, ele circulou pelos Estados Unidos fotografando sob o apelido The Polaroid Kidd. Em suas andanças, criou um dos poucos arquivos do que se pode chamar de verdadeira fotografia de viagem. Depois disso, desistiu da fotografia para trabalhar com mecânica. Ainda assim, seu trabalho segue gerando impacto.
Bryan Schutmaat
03/12 ©Bryan Schutmaat/Reprodução
02/12 ©Bryan Schutmaat/Reprodução
Nascido em Houston, Texas, Bryan Schutmaat viaja pelo Oeste americano para fotografar a classe trabalhadora de pequenas cidades serranas. Usando uma câmera de grande formato, Schutmaat capta a resiliência das pessoas. O trabalho intitulado “Grays the Mountain Sends” venceu o “Aperture Portfolio Prize” de 2013 e o livro do trabalho foi indicado ao prêmio de livro de fotografia do The Paris Photo Aperture Foundation.
Louis Heilbronn (Galerie Polaris, Paris)
Car, Austin, Texas ©Louis Heilbronn/Reprodução
Paris January Morning ©Louis Heilbronn/Reprodução
O nova-iorquino de 25 anos Louis Heilbronn capta o seu entorno em uma policromia poética que remete ao trabalho de William Eggleston, que conquistou o reconhecimento da fotografia colorida como expressão artística digna de exposição em galerias de arte. A mistura de imagens clássicas com anúncios resulta em um trabalho jovem, fresco.