Patricia Bonaldi era pura emoção no backstage. Com sua segunda linha PatBo, a estilista faz seu "debut" no SPFW, uma expressão que ela usou para traduzir o clima em torno de sua estreia no evento, mesmo já tendo apresentado suas coleções em desfiles individuais. "Existe uma pressão na hora de falar direto com um público especialista, mas tem sido um processo construtivo pra mim". Apesar de ansiosa, ela também estava satisfeita com seu próprio trabalho e segura que havia conseguido fazer "uma coisa especial para mostrar". Por especial entende-se uma coleção que mistura a extrema feminilidade de seu trabalho, com muitos ornamentos, bordados e riqueza nos materiais, com uma atitude mais jovem e até masculina, ou atrevida, como ela gosta de falar. A alfaiataria está bem construída, há um bom trabalho com o tweed, nada careta, uma cartela de cores vibrantes, estampas exclusivas e um trabalho com moletom bordado, às vezes cropped, que traz jovialidade à coleção, misturado aos tecidos mais pesados. É uma coleção rica e vibrante, para sua clientela jovem e vaidosa, que coloria a primeira fila. Dois momentos ficam na mente: a entrada de Thairine Garcia, inesquecivelmente bela, e o último look, na sensação Waleska, em tons de branco e dourado. (CAMILA YAHN)
Foto: Zé Takahashi / Ag. Fotosite
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