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    Com dívidas de quase R$ 1 milhão, Topshop no Brasil corre o risco de encerrar sua operação
    Com dívidas de quase R$ 1 milhão, Topshop no Brasil corre o risco de encerrar sua operação
    POR Augusto Mariotti

    Entrada da Topshop no shopping Iguatemi ©Reprodução

    A Topshop, uma das principais redes de fast fashion do mundo, pode ter sua operação praticamente encerrada no Brasil, segundo reportagem de Álvaro Leme, publicada no portal R7.

    Três das quatro lojas que a empresa tem no Brasil podem fechar. Explica-se: o Grupo Iguatemi, dono dos pontos do JK Iguatemi e Market Place, na capital paulista, e Iguatemi Ribeirão, no interior de São Paulo, está movendo uma ação de despejo por falta de pagamento de aluguel.

    A Topshop chegou ao país em 2012 celebrada por milhares de jovens consumidoras ávidas por embarcar em suas tendências de moda a preços mais baixos que os praticados por grandes marcas. Assim como acontece em outros países, esperava-se que a operação fosse bem sucedida, mesmo com as conhecidas dificuldades do mercado brasileiro e os aluguéis altíssimos.

    Porém, os problemas começaram logo, um ano mais tarde, quando a SAR Comércio de Vestuário e Acessórios, responsável pela operação da rede inglesa em São Paulo, ficou cinco meses sem pagar aluguel. O contrato com o Grupo Iguatemi previa que a empresa ocupasse os pontos por períodos de 10 anos. Em dezembro do ano passado, houve um acordo para o pagamento de R$ 494.598,90, mas os aluguéis dos meses seguintes ficaram inadimplentes. A dívida hoje passa dos R$ 750 mil apenas pelo ponto do JK Iguatemi, segundo a matéria do R7.

    O Iguatemi não quis comentar o caso, mas a reportagem apurou que a Topshop não tem planos de sair do país. “Não recebemos e desconhecemos qualquer notificação sobre o assunto. A marca continua apostando no mercado brasileiro e tem programada uma estratégia de expansão para os próximos meses”, afirmou a Topshop por meio de sua assessoria de imprensa.

    Vale ressaltar que em muitos países a marca faz ações diretas para impactar com mais força seu público alvo. Ela é patrocinadora da London Fashion Week, apoia novos designers e está presente em festivais de música, nada disso visto em sua operação brasileira. Em um mercado concorrido como o da moda, a falta de visão e de agilidade podem influenciar em uma má gestão ou um resultado abaixo do esperado. Até mesmo o trabalho nas redes sociais é muito fraco, com postagens escassas. A página da loja brasileira no Facebook tem 26.779 curtidas (até a finalização dessa matéria) em comparação aos mais de três milhões da Topshop UK.

    A Topshop foi fundada em 1964 dentro da loja de departamentos britânica Peter Robinson, que não existe mais. A primeira loja foi aberta em 1970 e, no mesmo ano, nascia a Topman, focada no vestuário masculino.

    Hoje é um negócio bilionário, controlado pelo grupo Arcadia, e conta com mais de 300 lojas só no Reino Unido e mais de 400 espalhadas por quase 40 países. O segredo de seu sucesso está na agilidade que detonou a febre do fast fashion: roupas com as tendências vistas nas passarelas de grandes marcas desejo, que chegam às lojas muito antes e por um preço baixo. A empresa também promove linhas colaborativas, como a parceria com Kate Moss, que fez jovens fashionistas acamparem na porta da loja antes do lançamento.

    + Relembre entrevista com Kate Phelan, diretora criativa da Topshop

    + Relembre entrevista com Gordon Richardson, diretor criativo da Topman

    + Releia a notícia sobre a inauguração da Topshop no Brasil

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