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    “Eu penso diferente e faço diferente”, diz a editora Carine Roitfeld ao FFW
    “Eu penso diferente e faço diferente”, diz a editora Carine Roitfeld ao FFW
    POR Camila Yahn

    Carine Roitfeld, sorridente na sessão de autógrafos do seu livro “Irreverent” ©Ricardo Toscanoi/FFW

    A convite do shopping Cidade Jardim, a editora Carine Roitfeld esteve nesta segunda-feira (03.09) na Livraria da Vila autografando o seu livro, “Irreverent” (evento sucedido por um jantar em sua homenagem oferecido por Mariana e Zeca Auriemo — presidente do grupo imobiliário JHSF, do qual faz parte o shopping). Para quem ainda não o folheou, o livro de R$ 276 reúne ao longo de 368 páginas alguns dos seus melhores trabalhos de 30 anos de carreira, pontuados com frases de uma entrevista conduzida pelo curador de arte e fundador da revista francesa de moda e cultura “Purple“, Olivier Zahm. Há ainda fotos pessoais – as preferidas de Carine –, convites de desfiles, cartões de agradecimento, confissões e muito mais coisas que transformaram Carine no mito que é hoje.

    “Irreverent”, livro de Carine Roitfeld na Livraria da Vila do shopping Cidade Jardim ©Ricardo Toscani/FFW

    Apesar da sua aparência – extremamente elegante – de editora durona, pessoalmente Carine é exatamente o oposto: quando, no seu livro, ela fala que não leva nada muito a sério e que o melhor segredo para o sucesso é se divertir, ela não está brincando. Se alguém se aproximava da mesa de autógrafos falando que estava nervosa por estar perante um dos mitos modernos da moda, a resposta estava pronta: “Você não está mais nervosa que eu, acredite! Queria muito que esta água fosse vodca!”, dizia entre risos.

    Extremamente bem humorada, mesmo depois de já ter autografado e tirado fotos com mais de 100 pessoas, Roitfeld não perdia o sorriso nem a curiosidade. “Qual o seu nome? E com o que você trabalha?”, perguntava, para personalizar o autógrafo e, quando oportuno, fazer piada. “Então você quer roubar o meu trabalho?”, brincava com quem respondia que queria ser editora ou stylist. “Você tem que encontrar uma boa pessoa que te ajude. O Brasil tem ótimos designers, e muitas oportunidades, então você tem tudo na sua mão!”, aconselhava, quase maternalmente, jovens estudantes de moda. Quanto aos elogios que lhe faziam, Roitfeld não ficava com todos os créditos: “Às vezes não é o meu talento, é o do maquiador ou do fotógrafo, que fazem coisas lindas”, dizia humildemente.

    Carine, autografando um dos exemplares do seu livro para o FFW ©Ricardo Toscani/FFW

    Entre autógrafos, conversas e risos, Carine falou com o FFW sobre o Brasil e a sua revista, “CR Fashion Book“, que tem lançamento marcado para a próxima semana e cujo site está no ar desde terça-feira (04.09).

    Esta não é sua primeira vez no Brasil. O que se lembra de quando trabalhou com a Zoomp?

    Foi há quase 15 anos, trabalhei com o Renato Kherlakian, o proprietário da Zoomp, mas nem sei se existe mais… foi muito divertido, trabalhei com a Gisele bem no início da sua carreira, ela devia ter uns 14 anos.  Aliás, éramos todos muito jovens. Mas adorei fazer esse trabalho!

    E a sua revista, o que podemos esperar?

    Sai já na próxima semana e eu acho que vai ser uma grande surpresa. Eu não estava nervosa, mas agora estou. Agora que já está pronta, tenho medo que as pessoas não gostem, sabe?

    E acha que ainda há espaço no mercado para uma publicação impressa?

    Sim, eu fiz tudo diferente. Eu penso diferente e faço diferente. E acredito que tenha espaço para mim. Eu espero!

    E o site? Como vai ser?

    O site, que é lançado amanhã, vai ser muito dinâmico e vai mudar todos os dias.

    Uma das páginas do livro com fotos de infância da sua filha Julia Restoin Roitfeld ©FFW

    Mas como é mesmo trabalhar com o mito que é Carine? Na fila para os autógrafos, o FFW conversou com Mariana Weickert e Alfredo Mascarenhas, que contaram um pouco da experiência profissional que tiveram com a editora:

    Mariana Weickert, modelo e apresentadora

    Que trabalhos você fez com ela?

    Foi entre 2000 e 2001, e fiz uma campanha da Gucci, alguns editoriais da “Vogue” francesa, e o calendário da Pirelli.

    E como é trabalhar com a Carine?

    Ela é extremamente irreverente mesmo, acho que condiz com todo esse sucesso, com toda a sua carreira, com o nome que construiu, eu acho ela realmente incrível. E é super querida, acessível e simpática.

    Mariana Weickert, em 2001, no Calendário Pirelli com styling de Carine ©Reprodução

    Alfredo Mascarenhas, consultor internacional de marcas de moda

    Você trabalhou com a Carine na Zoomp?

    Na época eu era responsável pelas relações internacionais da Zoomp. Tinha o showroom em Paris onde a Carine e o Mario Testino faziam as campanhas. Quando ela esteve em São Paulo pela primeira vez, foi para fazer o styling da campanha e do desfile da Zoomp com a Gisele. E eu era o único na empresa que falava francês, então ajudava muito nesse sentido. A Carine tem uma coisa ligada ao francês como língua de moda.

    Campanha de Inverno 2000 da Zoomp com Gisele e Mariana Weickert abrindo o desfile de Verão 2001 da marca, ambos com styling de Carine ©Reprodução/Ag. Fotosite

    E como foi trabalhar com ela?

    Foi maravilhoso, assim como foi com o Mario Testino, são pessoas que são ícones para mim até hoje e que continuam com uma força genial.

    Ela perguntou pela Zoomp?

    Ela ficou triste de saber as mudanças que ocorreram na Zoomp, gosta muito do Renato e se lembrava de todas as pessoas que trabalharam com ela na época, ela me perguntou nome por nome! Eu achei genial, como uma mulher com tantos anos na “Vogue” francesa, com o nível de importância que ela tem na moda, se lembra de uma empresa brasileira com quem ela trabalhou faz muito tempo. É genial.

    Vladimir Restoin Roitfeld

    Acompanhando a editora, estava o seu filho, o merchant e curador de arte Vladimir Restoin Roitfeld, que falou com o FFW sobre a exposição que está organizando, no mesmo shopping, com abertura marcada para o dia 5 de setembro, que contará com dez obras do artista plástico francês Nicolas Pol. E, claro, sobre a sua mãe.

    Vladimir Restoin Roitfeld, acompanhou a sua mãe durante o evento ©Ricardo Toscani

    É a sua primeira vez no Brasil?

    Sim, tenho até vergonha de falar, mas esta é a minha primeira vez, cheguei há três dias. Passei o fim de semana no Rio de Janeiro e voltei esta manhã. Já passei um dia e meio em São Paulo e estou adorando.

    A sua exposição com as obras do Nicolas Pol estreia na quarta-feira. Como espera que seja recebida?

    Eu acho que há uma sensibilidade muito grande para a arte no país. Há artistas fantásticos e uma grande história da arte aqui. É uma honra para mim estar apresentando o trabalho do Nicolas aqui.

    Como escolheu as peças a serem apresentadas?

    Foi um trabalho que fiz junto com o artista, fizemos uma grande exposição em Nova York, em março, com muitos trabalhos, e selecionamos alguns quadros para serem apresentados em outros países. Selecionamos dez trabalhos para aqui que sentimos que reúnem as características necessárias para serem apresentados e com os quais o artista se sentia confiante.

    Qual o seu artista brasileiro favorito?

    Eu adoro a fotografia do [Miguel] Rio Branco.

    Você veio hoje só para apoiar a sua mãe?

    Sim, claro. Eu estou muito orgulhoso dela, acho tudo isso fantástico. Para mim é uma honra.

    Qual foi o melhor conselho que a sua mãe já te deu?

    Em termos de valores de trabalho, foi trabalhar muito e confiar em mim mesmo, e claro, divertir-me com o que eu faço.

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