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    Sexo, poder e determinação: relembre a história de Tom Ford, destaque da #LFW
    Sexo, poder e determinação: relembre a história de Tom Ford, destaque da #LFW
    POR Camila Yahn

    Tom Ford ©Reprodução

    Tom Ford é um dos destaques da semana de moda de Londres Verão 2014, com desfile marcado para a segunda-feira (16.09). Relembre o perfil que o FFW publicou sobre o polêmico estilista em janeiro de 2013 (*A grife Tom Ford começou recentemente a ser vendida com exclusividade na América Latina na multimarcas Mares; saiba mais aqui):

    Podemos dizer que Tom Ford é um grande planejador, antes de mais nada. Desde que se formou em arquitetura no Novo México até os dias de hoje, ele viveu uma escalada meteórica, deixando seu rastro na história da moda contemporânea como a pessoa que deu vida nova à Gucci, sacudiu o mercado e criou a febre da logomania. Hoje, com a marca que leva seu nome, não deixa de polemizar, fazendo desfiles secretos e fechadíssimos e controlando rigorosamente as imagens que saem na imprensa. Recentemente, ele anunciou que iria mostrar suas coleções em Londres, em “desfiles de verdade”.

    Desfile, ainda fechado, de Verão 2013 da sua marca homônima ©Reprodução

    Charmoso ao nível hollywoodiano, Ford caminha a passos largos para se tornar um dos designers mais poderosos do nosso século. Entre a fotografia, direção de cinema, campanhas polêmicas e empreendedorismo, desenhar roupas parece ser só mais uma coisa que ele faz bem. Em seus desfiles secretos, nos looks de tapete vermelho usados por estrelas de primeiro time (quem não se lembra do vestido com capa branca usado por Gwyneth Paltrow no Oscar 2012?), nas lojas da sua marca e nas campanhas, tudo exala os componentes que alicerçam sua busca pelo sucesso: sexo, poder e determinação.

    Editorial “Forever Love” fotografado por Tom Ford para a “Vogue” francesa em dezembro de 2011 ©Reprodução

    Em 1990, um jovem e desconhecido designer americano muda-se para Milão, com vontade de absorver um pouco de estilo e da cultura europeia, e vai trabalhar em uma empresa familiar, com nome e tradição, mas adormecida, chamada Gucci. Ele tornou-se designer chefe do prêt-à-porter feminino, respondendo para a diretora de criação Dawn Mello. “Ninguém se atrevia a usar Gucci naquela época”, disse Dawn. Esperto, inteligente, rápido e oportunista, logo Ford desenhava também as coleções masculinas e de sapatos. Em 1992, quando Richard Lambertson saiu da empresa, Tom ficou em seu lugar como diretor de design, supervisionando todo o prêt-à-porter, perfumes, imagens, campanhas e o design de lojas.

    Em 1994, as portas se abriram definitivamente quando Dawn Mello voltou ao seu posto de presidente da rede americana Bergdorf Goodman e Ford foi apontado como diretor criativo. Com Carine Roitfeld e Mario Testino ao seu lado na concepção das campanhas ousadas para a marca em 1995, as vendas da casa que “ninguém se atrevia a usar” aumentaram 90%. No mesmo ano, o CFDA (Council of Fashion Designers of America) entregou-lhe o primeiro de muitos prêmios, o International Award.

    Campanha do perfume Opium da YSL banida do Reino Unido pela sua ousadia ©Reprodução

    Tom Ford para a YSL, Inverno 2003 ©Reprodução

    Seu poder só aumentava. Em 1999, quando o Grupo Gucci comprou a YSL, Ford foi nomeado diretor criativo da maison francesa, seguido da aposentadoria de Yves, causando revolta nos puristas da moda. A campanha dirigida por Ford para o clássico perfume Opium da YSL, que mostrava a modelo Sophie Dahl nua em pose de simulação de um orgasmo, foi retirada de circulação no Reino Unido por ser considerada muito ousada. Mas foi ela que iniciou mundialmente um novo olhar para as campanhas de fragrâncias. Quando deixou o grupo Gucci em 2004 – juntamente com o CEO Domenico de Sole – por desacordos contratuais, Ford desenhava 15 coleções por ano para a Gucci e para a YSL, supervisionava as campanhas, atuava como empresário ativo na compra da YSL, Balenciaga e Bottega Veneta, e reforçava as parcerias com a Alexander McQueen e Stella McCartney, outras marcas adquiridas pelo Grupo Gucci.

    Última coleção do designer para a Gucci, Inverno 2004 ©Reprodução

    Em 2006, Ford anunciou a sua volta à moda através de uma parceria com o grupo Ermenegildo Zegna, que iria produzir sua linha masculina. Ele começou com uma primeira loja em Nova York, mas três anos mais tarde investiu em uma expansão global com lojas em Milão, Londres, Los Angeles e Havaí. Mas foi só em 2010, com a apresentação da primeira coleção feminina na sua flagship da Madison Avenue, que Tom Ford regressa com tudo ao mercado. “O auge do glamour. Chique e feminina, com um altíssimo senso de moda que se vê cada vez menos nas passarelas hoje em dia”, escreveu a editora Cathy Horyn no “The New York Times”.

    Trailer do filme “A Single Man” (em português, “Direito de Amar”), adaptado do romance de Christopher Isherwood e dirigido por Tom Ford em 2009:

    No meio do caminho ele ainda se lançou como diretor de cinema, uma de suas paixões, com o filme “Direito de Amar”, que rendeu indicações e prêmios. E agora, recentemente, ele vira notícia novamente, divulgando sua própria marca de um jeito mais “aberto”. “Tenho cem lojas espalhadas pelo mundo, não posso mais não desfilar”, diz. Vamos ver o que o futuro reserva para Tom Ford, mas pelo que conta sua própria história, o glamour está longe de acabar.

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