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    In Memoriam: relembre em fotos a trajetória de McQueen
    In Memoriam: relembre em fotos a trajetória de McQueen
    POR Camila Yahn

    Foi veiculado no início da tarde desta quinta-feira, 11 de fevereiro, um artigo no jornal inglês “Daily Mail”  que confirma a morte do estilista Alexander McQueen.

    alexander-mcqueen-acena-para-o-publicoAos 40 anos de idade, McQueen foi encontrado morto em seu apartamento em Londres aproximadamente às 10h da manhã desta quinta-feira, dia 11 de fevereiro. A suspeita é de suicídio, mas autoridades locais não confirmaram a causa do óbito © FirstView

    O seu perfil no Twitter (@McQueenWorld) foi removido do ar logo após a matéria ter sido veiculada.

    A rede BBC UK fez contato com os representantes da grife que confirmaram: McQueen foi encontrado morto em sua casa na manhã desta quinta-feira, 11 de fevereiro.

    A assessoria do estilista não respondeu o contato feito pelo portal FFW.

    + Veja o último desfile de Alexander McQueen para o verão 2010

    No último dia 3 de fevereiro, a mãe de McQueen faleceu vítima de complicações de saúde. Na ocasião, o próprio McQueen twitou uma entrevista que a sua mãe fez com ele para o jornal “The Guardian”. Nas perguntas finais, o estilista revela que o seu maior medo era morrer antes da mãe.

    Através do Twitter, celebridades da moda comentam a perda:

    “Arrepiante saber que o McQueen desistiu… Por que os gênios são tão solitários? – @ANDRELIMABR, estilista.

    “Hoje o mundo perdeu um grande talento da moda! RIP Alexander McQueen” – @jeffersonkulig, estilista.

    “Não acredito que Alexander McQueen morreu! Não acredito! Uma perda trágica. Que talento. Falei com ele algumas vezes. Muito legal. Que droga!” – @robertcduffy, sócio de Marc Jacobs.

    “É uma perda enorme para o mundo criativo” – @daisylowe, modelo.

    “Não consigo descrever a perda de um estilista tão brilhante como o Alexander McQueen… Descanse em paz” – @rzrachelzoe, stylist.

    Alexander desfilaria nesta quinta-feira (11/02) com a sua segunda grife, McQ, em Nova York. Através de um comunicado via e-mail, a KCD, sua assessoria de imprensa, informou que o desfile foi cancelado.

    Ainda não há confirmação sobre a apresentação ou não de sua linha principal em Paris, agendada para o dia 09 de março.

    Veja o vídeo com um resumo das melhores coleções da carreira de Alexander McQueen:

    L’ENFANT TERRIBLE!

    Lee Alexander McQueen nasceu no dia 17 de março de 1969 em Londres, filho mais jovem de uma família de seis irmãos.

    Aos 16 anos de idade começou sua carreira na moda trabalhando em diferentes ateliês de alfaiataria na famosa Savile Row, rua no centro de Londres especializada no ramo. Lá também praticou o ofício de figurinos teatrais e fazia roupas para clientes como Mikhail Gorbachev e o Príncipe Charles. Uma das lendas que McQueen fomentou ao longo de sua vida é que ele teria costurado a frase “I am a cunt” (algo como “sou uma puta”) na face interior da manga de um paletó encomendado pelo príncipe. Quando completou 20 anos de idade, passou a trabalhar com Koji Tatsuno e na sequência se mudou para Milão, na Itália, onde trabalhou com Romeo Gigli.

    mcqueen-isabella-blow-david-lachapelleAlexander McQueen e Isabella Blow em retrato de © David LaChapelle

    McQueen voltou a Londres em 1994 para estudar na prestigiosa escola Central Saint Martins College of Art and Design. Lá obteve seu mestrado em Design de Moda e vendeu sua coleção de graduação (inteira) para a stylist Isabella Blow, que se tornaria não apenas sua melhor amiga, mas também sua musa inspiradora. Blow se suicidou por meio de envenenamento em 2007.

    Em 1997, a cantora Björk capitaneou McQueen para o figurino da capa de “Homogenic”. Em 2006, a parceria com a cantora se estendeu a uma colaboração épica no Fashion Rocks:

    Conhecido como o hooligan (do inglês “cruel e brutal”) e l’enfant terrible (do francês “a criança terrível”) da moda inglesa, Alexander ganhou fama com sua moda controversa e chocante sempre apresentada em desfiles de cunho teatral. Barcos naufragados, tabuleiros de xadrez em tamanho gigante, hologramas de supermodelos, robôs pichadores e a Floresta Amazônica já serviram como pano de fundo para seus desfiles mais marcantes.

    Em meados dos anos 1990, McQueen substituiu John Galliano na direção criativa da Givenchy. A parceria seria conturbada: McQueen insultaria publicamente a memória do francês Hubert de Givenchy dizendo que o estilista “havia sido uma figura irrelevante para a moda”. Sua primeira coleção desenhada para a maison foi considerada, por ele mesmo, “um lixo”. O tom baixou e McQueen ficou na Givenchy até 2001, quando rescindiu o contrato alegando “divergências criativas”.

    Entre os anos de 1996 e 2003 ele ganhou quatro vezes o prêmio de “British Designer of the Year” e também foi concedido o emblema de “Commander of the British Empire” (CBE), título entregue em cerimônia formal realizada pela Rainha Elizabeth.

    alexander-mcqueen-elizabethMcQueen recebendo a medalha de CBE das mãos da Rainha Elizabeth © Reprodução

    Em 2000, ele vendeu 51% de sua marca ao grupo PPR, mas continuou na direção criativa dos negócios. McQueen era um exímio mergulhador: seu fascínio pelo fundo do mar foi traduzido de forma alienígena em sua última coleção, para o verão 2010, intitulada “Plato’s Atlantis”.

    + alexandermcqueen.com

    Na sequência, uma retrospectiva dos desfiles de McQueen desde 1994:

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