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    DIRETO DE PARIS: chinoiserie na Vuitton e despedida na Hermès
    DIRETO DE PARIS: chinoiserie na Vuitton e despedida na Hermès
    POR Redação

    >> Paris está há alguns dias em estado de alerta para possíveis atentados terrorista. Fato que fez com que alguns editores andassem com sapatilhas em suas bolsas para uma rápida troca de sapato na eventual necessidade de uma corrida desesperada. Pelo menos é isso que confessou a editora chefe da “InStyle” americana.

    >> Jean Paul Gaultier queria que seu inverno fosse um bom mix de romântico com agressivo. Só que na passarela o agressivo acabou falando mais alto. Como a gente disse aqui, as peruquinhas Joan Jett, as jaquetas de couro com ombros pontudos, os corsets, as peças de metais e muita lingerie falavam da mais pura atitude punk aliada ao melhor e mais clássico estilo Gaultier.

    No meio das mil e uma poses, do caminhar de passos marcados, o romantismo acabou escondido, junto com alguns outros detalhes. Algo como os plissados que permeiam toda a coleção: de uma camiseta navy a um chemise de seda até as calças e trench-coats. Outra curiosidade que só viemos a saber depois da visita ao ateliê do estilista na manhã desta quarta-feira (06/10) é que as estampas 3-D (que só funcionam com a peça parada) e os jeans desfilados fazem parte de uma coleção cápsula com preços mais acessíveis.

    61953900>> Desfile que começa na hora é praticamente um mito fashion. Ainda assim, os últimos desfiles da Louis Vuitton têm conseguido fazer disso uma realidade. Marcado para às 14h30 de quarta-feira (08/10), o de verão 2011 não foi diferente. Os convidados afoitos para não perder a hora até chegaram com uns bons 20 min de antecedência, quando as portas  sequer haviam sido abertas. Porém, 14h28 as luzes começaram a piscar anunciando o início da apresentação e pontualmente às duas e meia da tarde a cortina de veludo vermelha que escondia a boca da passarela se abriu ainda com as luzes apagadas.

    Quando estas se ascenderam novamente já embalada pela trilha, eis que vemos três tigres “empalhados”, dois na lateral e um na lateral da passarela de mármore preto. Estaria Marc Jacobs nos levando para uma viagem exótica e glamourosa pela China?

    Para ser mais preciso, seria uma viagem no tempo para 1977 quando Yves Saint Laurent apresentou sua coleção chinesa. Daí os vestidos de gola Mao, com franjas ou estampas de orquídeas ou listras coloridas; a alfaiataria incrível, agora toda estampada, as calças volumosas, os blusés esvoaçantes… Glamour com força total.

    Rendas, franjas, bordados, brilhos e animal prints. Muito animal print. Excessos não são suficientes. Nesses, havia algo do estilista japonês Kansai Yamamoto, principalmente nas estampas paetizadas de zebra e tigre de alguns tricôs. Vestidos-túnica, uma versão ajustada em zebra colorida, enquanto a girafa, onipresente, aparecia algumas vezes de modo localizado, como na lateral de uma calça, subindo até o paletó.

    Marc Jacobs sempre trabalha temas similares entre suas próprias coleções e as que desenvolve para a Louis Vuitton, e dessa vez não foi diferente. Os anos 70 voltam com força total, e as referências de Yves Saint Laurent mais ainda. Aquele sensação de diversão e bem estar com a própria roupa aqui toma ares mais sofisticados, aliados uma exuberância que beira a cafonice. É justamente nesse tênue limite que o estilista sai ganhando.

    Brincando com a noção de excessos e extravagância, Marc busca uma certa subversão extremamente bem humorada. Da decoração do desfile aos mínimos detalhes _como os saltos dos sapatos em forma de patas de animais_ tudo vem na mais deliciosa ironia fashion. Cafona-chic-galmour! E assim o estilista tira sarro das noções de bom gosto, subvertendo-as, ironizando-as e até mesmo ignorando-as.

    Em tempos de moda minimalista, o estilista lembra que menos, nem sempre é mais. E quando o assunto é bom humor, mais é sempre bem mais.

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    >> Na Hermès o clima era de despedida. O verão 2011 apresentado sobre uma passarela marrom transformada num campo de hipismo marcou o fim da era Gaultier na maison francesa. Depois de 7 anos na direção criativa, o estilista deixa seu posto para Christophe Lemaire, para poder se focar melhor na sua marca. E o que vimos no desfile? A mais pura essência Hermès.

    Em outras palavras, a tradição eqüestre da marca veio com força total. Calças de montaria, ferragens e outros elementos de selaria nos acessórios, botas e até chicotes. O couro também tem posição privilegiada aparecendo em quase todas as suas formas _das mini Birkins, corsets até saias, calças, bermudas e os mais perfeitos blazeres. É nessa alfaiataria afiada, de ombros acentuados e extrema precisão de corte, que Gaultier faz valer a sua identidade, mostrando o casamento perfeito que foi essa parceria entre o mais alto luxo e mais deliciosa perversão.

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