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    Estreante no SPFW, 2DNM quer trazer boa qualidade e linguagem moderna para o jeanswear
    Estreante no SPFW, 2DNM quer trazer boa qualidade e linguagem moderna para o jeanswear
    POR Redação

    Por Isabella de Almeida Prado

    Ao contrário das já conhecidas marcas de jeanswear brasileiras, com imagem e linguagem contestadoras, a 2DNM (Two Denim), estreante da temporada, também quer falar sobre jeans e se posicionar de uma outra forma. Criada pelo casal Flavia Rotondo e Alexandre Manetti, em 2012, a marca está presente em diversas multimarcas pelo Brasil e assume um visual “chic e cool”, como define Alexandre. O segundo passo, ao invés de abrir uma loja própria, foi participar do SPFW. “O amadurecimento veio nessa coleção, em que aceitamos participar do SPFW. Estamos prontos para mostrar a nossa cara”, explica Alexandre sobre a decisão.

    + Veja o desfile completo da 2DNM

    Com a preocupação na excelência em toda a cadeia produtiva, desde a matéria-prima até o produto final, a 2DNM quer se diferenciar no mercado também pela qualidade. Ao longo dos três anos da marca, o casal decidiu incorporar tecidos às coleções, trabalhando sempre com algodão. De tantas idas e vindas ao Peru, para procurar a melhor qualidade do algodão, veio a inspiração para criar a primeira coleção da label, desenvolvida por Flavia, que é diretora criativa. “Entramos em contato com a Secretária de Turismo do Peru e descobrimos que somos a primeira marca brasileira a trazer alpaca para a passarela no Brasil”, conta a diretora.

    Confira abaixo um bate-papo com Alexandre Manetti sobre a estreia da 2DNM.

    Como nasceu a 2DNM?

    A marca é uma vontade minha e da Flavia [Rotondo] desde que a gente se conheceu, há 11 anos. Na época, eu fazia consultoria para algumas marcas e ela tinha um showroom em Belo Horizonte – que depois ela trouxe para São Paulo. Começamos a namorar, montamos juntos um showroom e, então, a fazer trabalhos para a John John, mas a gente queria uma marca realmente diferenciada de jeanswear. Não queríamos nada rock’n’roll, nada que fosse uma marca de contestação – como é 90% das marcas de jeanswear. Queríamos uma marca chic, cool, moderna, para uma mulher de 30 anos que usasse os melhores produtos. Começamos a importar jeans da Turquia, a trabalhar com coisas da Itália, da Argentina. E não paramos… Tricoline peruana, alpaca. É uma série de coisas que servem para dizer: “o melhor está aqui”. Isso foi muito rápido, coisa de três, quatro anos. E começamos só fabricando jeans. Calças, shorts, camisa… O amadurecimento veio nesta coleção, em que aceitamos participar do SPFW. Estamos prontos para mostrar a nossa cara.

    Vocês criaram a marca em 2012, lançaram em 2014 e depois de três anos decidiram estrear no SPFW. Como surgiu essa vontade?

    Quando você cria uma marca, você duas formas de mostrar o seu DNA para o consumidor: ter uma loja – pela qual visualmente a pessoa entende o seu produto, pela arquitetura, cheiro -, ou um desfile. Penso que [o ideal] é fazer um desfile e depois dar o passo natural de abrir uma loja. No desfile consigo mostrar visualmente toda a minha história – o que é ser uma marca de jeans cool, moderna e que não é contestadora.

    Qual é, então, o diferencial que a 2DNM quer trazer para o mercado de jeanswear?

    Primeiro, é a qualidade. A gente busca colocar tudo o que há de melhor no nosso produto. Muitas pessoas com quem conversamos não entendiam que o jeans poderia ser assim. O desfile é um momento de posicionamento da marca.

    O que o jeans precisa para ser premium?

    O jeans é um dos tecidos mais brilhantes. É uma peça que exerce fascínio nas pessoas até hoje. É um tecido que posso te mostrar de 10 formas diferentes e ele continua o mesmo. Então, é um processo muito de lavanderia. Quanto melhor é o tecido e quanto melhor a lavanderia, mais você tem esse resultado. Não adianta ter uma boa lavanderia e um tecido ruim.

    No backstage da 2DNM ©Agência Fotosite

    No backstage da 2DNM ©Agência Fotosite

    Vocês misturam matérias-primas nacionais e importadas. Como acontece essa busca e pesquisa?

    Isso acontece porque frequentamos muitas feiras lá fora, somos amigos de [quem faz] sites de pesquisa de tendências e a gente vai atrás dessas informações. Nós começamos a fazer uma peça com formato de trama no moletom antes dela ser fabricada no Brasil. Esse tecido a gente importava na Izco, na Turquia. Hoje, a Vicunha faz isso. Antes, as pessoas perguntavam o que era isso; hoje é algo normal no mercado.

    Como é a operação da marca?

    A marca é muito pequena. Temos cinco pessoas – basicamente marketing e produto. A Flavia é diretora criativa e eu cuido da parte de marketing, gestão e produção. Nossa estrutura começou pequena, mas crescemos muito rápido. Hoje, estamos em diversos pontos no Brasil e em dois em Milão. Após o desfile, teremos de parar e reorganizar a nossa vida. Participar de um evento como o SPFW alavanca muitas coisas.

    O styling do desfile é do Daniel Ueda. Como se deu essa escolha?

    No ano passado, nós já tínhamos na cabeça qual seria o nosso time. O Dani tem esse olhar aguçado, detalhista. Ele pensa muito na história, no tema da coleção, que neste caso é o andarilho peruano. O desfile serve para propor coisas bacanas e ele era a pessoa que a gente queria.

    A 2DNM já fez parcerias com Reinaldo Lourenço.

    Sim, nós já fizemos duas coleções com Reinaldo Lourenço. O Reinaldo é para mim o melhor estilista brasileiro. Ele nos trouxe um olhar para algumas peças que nós ainda não tínhamos pensado. Além de um exercício de criatividade, a gente aprende muito com esse tipo de parceria.

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