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    Figurinista de “The Kennedys”, série com Katie Holmes, fala ao FFW
    Figurinista de “The Kennedys”, série com Katie Holmes, fala ao FFW
    POR Redação

    01-arizona-jcrewFamília Kennedy da TV ©Divulgação

    A minissérie “The Kennedys” já estreou nos Estados Unidos em 3 de abril e está marcada para chegar ao Brasil no dia 3 de julho no canal pago A&E . Por lá, a previsão era de que o seriado estreasse em fevereiro, mas, por pressão da família Kennedy, não foi fácil a missão de encontrar um canal que aceitasse passar a trama.

    Apesar das críticas — que incluíam acusação de que a série não representava a história real e teria motivação política — a produção seguiu em frente com direito a elenco famoso: Greg Kinnear como John F. Kennedy, Katie Holmes como Jackie Kennedy, Barry Pepper como Robert F. Kennedy e Tom Wilkinson no papel de Joe Kennedy. O trailer da série mostra várias cenas conhecidas na história da família Kennedy, incluindo Katie Holmes com o famoso tailleur cor-de-rosa que Jackie O usava no dia do assassinato do então presidente dos EUA.

    O figurino tem papel importante no seriado e ajuda a reconstruir a atmosfera da época e de uma das famílias mais conhecidas do mundo. O figurinista responsável por “The Kennedys” é Christopher Hargadon, que já assinou figurinos de filmes como “A Loja Mágica de Brinquedos” e “No Pique de Nova York” (com as gêmeas Olsen no elenco). O FFW participou da entrevista coletiva com o figurinista em que ele conta como foi transformar Katie Holmes em Jackie O.

    04-kennedysTailleur rosa em Katie e o original, em Jackie O ©Reprodução

    Hargadon disse que teve cerca de oito ou nove semanas para criar o figurino inteiro da série, e que sua principal ideia era tentar ser o mais preciso possível na recriação de pessoas que de fato existiram e fizeram parte da história. Segundo ele, são pelo menos cinco mil peças para todos os personagens!

    Veja o que mais ele falou sobre as roupas usadas na minissérie de  oito capítulos:

    Preparação

    “O projeto era enorme. Muitas pessoas estavam envolvidas e havia muitos personagens no roteiro. Por ser um trabalho biográfico, tivemos que ser bem precisos em fazer um retrato dessas pessoas. Esse foi um trabalho para todos os departamentos, e para mim, foi tentar fazer os looks o mais próximos do que eram na realidade. Começamos a acumular referências visuais daquela época e das pessoas. Com isso, tivemos uma clara ideia de quem eram essas pessoas, como elas eram e como elas ficavam nas roupas”.

    Pesquisa

    “Juntei o máximo de fotos que pude e tive muita sorte porque há muita referência da família Kennedy dessa época na Casa Branca. Acho que pela primeira vez na história da Presidência houve tantas fotos. Com isso, começamos a olhar as milhares de fotografias e tentamos aplicar essas imagens no que estava no roteiro. Começamos com cerca de 10 mil fotos e depois fomos reduzindo até um número de referências aplicáveis na história. Foi tudo uma questão de encaixar as imagens históricas com as cenas que seriam gravadas”.

    Materiais

    “Tive que procurar muito os materiais para fazer as roupas, porque os tecidos de hoje são diferentes dos que existiam há 50 anos. Passei um tempo em Los Angeles, Nova York, Toronto e Montreal e também pesquisei online. Comprei materiais de todas essas fontes, porque se eu não usasse o tecido correto, a roupa não ia ficar apropriada e não ia parecer certa. E não tive que procurar só o tecido, tinha de ser da cor certa. Às vezes, eu comprava o tecido correto e então o tingia”.

    03-kennedysCena de “The Kennedys” ©Divulgação

    Personagens

    “Alguns personagens eram mais complicados do que outros. O nosso trabalho era deixá-los o mais parecido possível com as pessoas reais. Todos tinham looks muito particulares e queríamos que ficasse preciso. A maior parte do figurino eu criei, especialmente para Jackie O. No início, eu pensei que talvez fosse possível usar algumas roupas já existentes, usar algo vintage, mas, quando comecei a trabalhar junto com a Katie [Holmes] percebi que provavelmente eu teria de construir tudo. E, no fim, construímos tudo”.

    O desafio de recriar Jackie O

    “Quanto mais entrávamos no projeto, mais percebíamos a importância de ser o mais preciso possível com o figurino. Quando está se fazendo uma obra biográfica você quer respeitar e honrar as pessoas que estão sendo retratadas. Com a Jackie, eu realmente quis mostrar uma variação em seus vestidos. Porque temos a visão icônica dela usando um chapéu e um tailleur, mas na verdade, ela tinha muitos looks. Ela foi a candidata perfeita para representar a moda do início dos anos 60. Ela era alta, atlética e se portava de maneira linda. Havia os looks casuais, os de negócios, o de dias em que ela ficava na Casa Branca, mas não havia nenhum compromisso formal… Eu quis mostrar de fato essa variação de estilos e de cores também.

    Houve também looks mais complicados, por exemplo, tive de criar camisolas, pois há cenas em que ela está no quarto, pronta para dormir. Tive que pensar nisso também, olhando para o jeito geral em que ela se vestia e tentei fazer algo que fosse bonito e clássico, mas ao mesmo tempo que fosse fresco e clean. As linhas são simples e bonitas. E a coisa com roupas simples é que elas parecem simples, mas na verdade, elas precisam ser perfeitas para parecerem certas. Então, eu fiz questão de ter certeza que o caimento estivesse correto na Katie Holmes e que os tecidos e as cores estivessem corretos”.

    02kennedysJackie O e JFK na versão minissérie ©Divulgação

    Os personagens masculinos

    “Os homens também tinham um estilo próprio. O Jack, por exemplo, não era conhecido por seu senso de estilo, ele era muito magro, as roupas ficavam meio largas. Ele estava mais interessado em se divertir, como um jovem. Mas quando cresceu, virou senador e chegou à Presidência. Estava sempre bem apresentável, com ternos com bom caimento. O irmão dele, Bobby, também tinha estilo, mas acho que não prestava muita atenção nas roupas antes de vestí-las. Em fotos é possível vê-lo com botão da manga aberto, gravata com nó frouxo e às vezes a camisa saindo de dentro da calça. Acho que ele era muito ativo e concentrado em seu trabalho. Vestir esses homens também foi desafio, como vestir as mulheres”.

    O favorito de Katie Holmes

    “Quando começamos a trabalhar junto, Katie foi sempre muito receptiva. Acho que foi o primeiro trabalho que ela fez usando roupas de outra época e ela ama roupa de época. Conversamos sobre nossas referências e havia um vestido que nós dois notamos desde cedo. Foi um vestido complicado de fazer, com body de veludo e saia de seda, estampada com flores. Acho que o tecido foi um presente de um sheik árabe. Falei para Katie que adoraria fazer um igual para suas cenas, mas achei que não seria possível reproduzí-lo, mas consegui achar materiais que deram certo. No fim, consegui mandar estampar uma seda e ficou bem parecido”.

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