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    Em ótima temporada, brasileira Cris Herrmann tem se destacado nas passarelas internacionais
    Em ótima temporada, brasileira Cris Herrmann tem se destacado nas passarelas internacionais
    POR Camila Yahn

    Cris Herrmann em um apartamento em Ipanema ©Felipe Abe

    Update: a modelo Cris Herrmann mantém-se como uma das preferidas dos diretores de casting internacionais. Na temporada atual, que lança as coleções de Verão 2014 no Hemisfério Norte, Cris tem marcado presença em diversos desfiles. Em Nova York, desfilou para Calvin Klein Collection, Phillip Lim, Altuzarra, Prabal Gurung e Narciso Rodriguez, entre outros. Em Londres, esteve nas passarelas de marcas como Peter Pilotto, Mulberry e Christopher Kane. Em Milão e Paris, não deve ser diferente. Relembre abaixo a entrevista que fizemos com a modelo após ela abrir e fechar o desfile da Céline de Inverno 2013:

    Cris Herrmann, jovem modelo de 23 anos, é o rosto do momento. Cris vem de uma família de agricultores de uma pequena cidade no Rio Grande do Sul e chegou ao topo da pirâmide fashion na última temporada internacional, ao ser escolhida para abrir e fechar o desfile de Inverno 2013 da Céline em Paris. Apesar de trabalhar há oito anos, a chancela internacional mais uma vez mostrou seu potencial: Cris está fazendo quase todos os desfiles no Fashion Rio, muitos deles em lugar de destaque.

    Rindo, confessa que não conhecia grife nenhuma antes de se tornar modelo. “Quê? Eu não conhecia nada! Nem Colcci e Ellus, que é tipo o básico (risos)”. Super simpática, reconhece que a sua vida mudou muito desde que começou a trabalhar como modelo e entende que a carreira pode ter momentos altos e baixos. “Não tenho medo que um dia ninguém saiba quem eu sou. Não nasci famosa, então sei viver sem ser famosa também. Mas entendo que muitas meninas tenham esse medo, às vezes você tá bombando, e depois não faz nada, mas não é culpa da modelo, é culpa do mercado mesmo”.

    Cris desfila para Peter Pilotto, Mulberry, Christopher Kane e Calvin Klein na temporada Verão 2014 ©ImaxTree

    Você acabou de desfilar para a Céline. Acha que foi um trabalho que mudou sua carreira?

    Sem dúvida! Estou em Paris desde setembro. Sentei a bunda lá (risos). Em janeiro rolou um casting com o Russell Marsh, que é um diretor de casting super importante, e eu tinha acabado de cortar o cabelo, meio Chanel, mais curto. E ele amou o meu cabelo mais curto e também gostou que eu mudei muito o meu jeito de vestir. Antes eu me vestia mais rockzinho e agora eu acho que tenho um estilo mais chique. Paris fez com que eu mudasse isso. Ele viu que eu estava mudando, crescendo. Dois dias depois ele já ligou para a agência pedindo exclusividade para a Céline.

    E você trabalhou direto com a Phoebe Philo? Como foi?

    É, eu fiquei duas semanas lá fazendo looks para ela antes do show, com ela e com a Camilla Nickerson, que é uma stylist, e foi incrível. Ela é um amor de pessoa. Muito calma e com um coração muito bom.

    Abrindo e fechando o desfile da Céline, em Paris ©ImaxTREE

    Mas você sabia que ia ser tão importante no desfile, que iria abrir e fechar?

    Eu sabia que ia fazer o desfile, mas não sabia o que ia acontecer nem nada. Na noite anterior ao desfile foi o fitting final, com todas as meninas. Fiquei esperando todas as modelos provarem as roupas e fui a última, só provei a minha roupa às duas da manhã. Aí vieram com o primeiro look, e eu pensei ‘noooossa, que legal!’. Aí depois veio o último look! Eu não sabia nem o que falar! A Phoebe explicou que eu fui a inspiração dela para o desfile e que tinha sido muito legal trabalhar comigo e que íamos continuar trabalhando juntos. Fiquei sem palavras.

    No Brasil, qual o trabalho que você mais gostou de fazer?

    Teve uma capa da “Elle Coleções” que eu amei fazer, que foi até o meu namorado que fotografou [Vitor Pickersgill, uma das novas apostas do FFW].

    Quando você viajou para fora pela primeira vez?

    Foi em 2006, fui para Tóquio. Fiquei lá dois meses e peguei uns trabalhos. As meninas sempre vão primeiro para Tóquio para pegar experiência de viagem, porque lá é mais fácil. Tem muita estrutura. Eles te levam para todos os lugares, para casting e trabalho.

    A sua vida deve ter mudado muito com a sua carreira…

    Mudou muita coisa. A primeira vez que eu vi o mar foi em uma sessão de fotos que fiz com a Camila Yahn, editora do FFW, e o stylist Daniel Ueda para a revista da “Folha de S.Paulo” no final de 2005. Foi em Ilhabela e eu não acreditava. Foi também o meu primeiro trabalho. Os meus pais não têm o costume de ir à praia. A minha mãe viu o mar acho que só aos 45 anos.

    ©Felipe Abe

    O que você mais gosta na sua profissão?

    Viajar e conhecer. É uma oportunidade única. Se eu não fosse modelo jamais teria condições de fazer isso, teria que trabalhar muito para fazer todas as viagens que já fiz. Eu amo Paris. Gosto do estilo de vida de lá, mais calmo. Prefiro ao de Nova York, que é mais loucura.

    E o que menos gosta?

    O que menos gosto é a falsidade. Tem muita gente que se aproveita.

    Se não fosse modelo o que seria?

    Se eu estivesse na minha cidade no sul ainda não tenho nem ideia. Mas hoje acho que quando não for mais modelo quero fazer styling. Eu gosto muito de moda e sempre procuro saber o que tem de legal no momento. Tem a oportunidade de contatos e conhecimentos que a profissão te dá. É muito mais fácil você continuar no ramo e fazer alguma coisa com moda do que voltar a estudar e fazer medicina por exemplo. É muito difícil depois de tanto tempo.

    Como começou a sua carreira?

    Eu comecei faz uns nove anos, morava em Crissiumal, uma mini cidade no Rio Grande do Sul com 15 mil habitantes, e morava no interior, na roça – os meus pais ainda moram, eles são agricultores. Aí rolou uma seleção de modelos na minha cidade, com o Dilson Stein, que é scouter no Rio Grande do Sul. Foi ele que descobriu a Gisele. Horizontina, que é a cidade dela, é ao lado da minha e ele mora lá, então ele vai direto para essas cidadezinhas pequenas no Sul. O meu pai perguntou se eu queria ir e eu falei que sim. Eles gostaram muito de mim, mas na época tinha 13 anos, era muito nova para ir a São Paulo, tinha que acabar os meus estudos. Eles continuaram em contato comigo, ligavam para saber como eu estava e um ano depois rolou uma excursão de modelos com várias meninas para visitar as agências em São Paulo. Depois disso só voltei  para casa para pegar as minhas coisas. Isto foi em 2005 e no final do ano já fiz a capa da “Vogue Noivas”.

    E como é ficar longe da família?

    Até hoje a minha mãe pede para eu voltar, ela morre de saudade. Mas eles acham muito legal e super acompanham.

    Cris Herrmann ©Felipe Abe

    Quem são os seus ícones?

    A Gisele, que é praticamente minha vizinha. Eu fiz Colcci com ela. Não cheguei a conhecer de cumprimentar, mas eu a vi e ela é incrível.

    Quais eram as suas inseguranças quando você era mais nova?

    Eu sempre fui a mais magra das minhas amigas. Todas elas eram lindas, eu achava, e eu era super magra. (risos)

    Quais são os próximos passos?

    Domingo vou para Nova York e e vou ficar um tempo lá. Até a temporada de alta-costura, que eu pretendo fazer, e então vou para Paris.

    Qual o conselho que você daria a meninas que querem seguir a profissão de modelo?

    Se você quer muito uma coisa você tem que ir atrás. Foram uns sete/oito anos tentando fazer uma coisa legal e agora eu consegui, então tem que ir à luta. Eu já pensei algumas vezes em desistir, mas não desisti, fui lá e tentei de novo.

    Qual o trabalho que você gostaria de fazer?

    “Vogue” francesa! Fotografada pelo Steven Meisel.

    + Veja abaixo os cliques que o fotógrafo Felipe Abe fez de Cris Herrmann no apartamento em Ipanema:

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