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    “Gafe” de Kate Moss reacende debate sobre ética e criatividade
    “Gafe” de Kate Moss reacende debate sobre ética e criatividade
    POR Redação

    Kate Moss na campanha de Primavera/Verão 2011 da joalheria David Yurman, lançada em março de 2011, e na campanha de sua linha para a Fred, lançada em setembro de 2011 ©Peter Lindbergh/Reprodução

    A campanha publicitária de Outono/Inverno 2012 da David Yurman, protagonizada por Gisele Bündchen, talvez não chamasse tanta atenção da mídia não fossem as circunstâncias que a precederam: Kate Moss, representante da joalheria americana até a temporada de Primavera/Verão 2011, foi substituída por Arizona Muse e Joan Smalls por estrelar uma campanha “embaraçosamente similar” para a concorrente francesa Fred, em setembro de 2011. As críticas à modelo britânica, por parte de representantes de David Yurman, foram veiculadas no “New York Post” e voltaram a repercutir este mês.

    Gisele Bündchen na campanha de Outono/Inverno 2012 da joalheria David Yurman ©Peter Lindbergh/Reprodução

    Conforme já mencionado, após o “ocorrido”, David Yurman convocou Arizona Muse e Joan Smalls para estrelar a campanha da temporada seguinte, de Outono/Inverno 2011, fotografada por Peter Lindbergh. Apesar dos oito anos em que Kate Moss representou a marca americana (ao lado de outros nomes como Amber Valletta, Du Juan e Alenis Sosa, por exemplo), a questão passaria quase despercebida já que não houve nenhuma consequência jurídica. No entanto, além das críticas anteriormente veiculadas no “New York Post”, o “Daily Mail” publicou neste domingo (26.08) uma matéria em que cita uma fonte alegadamente próxima à joalheria americana: “David [Yurman] decidiu que, após a gafe de Kate, ela não se encaixava mais”.

    Kate Moss na campanha de Primavera/Verão 2011 da joalheria David Yurman, lançada em março de 2011, e na campanha de sua linha da Fred, lançada em setembro de 2011 ©Peter Lindbergh/Reprodução

    As campanhas de Primavera/Verão 2011 da David Yurman e de Outono/Inverno 2011 realmente se parecem em diversos aspectos: ambas são protagonizadas por Kate, que aparece nua ou seminua mostrando joias com os cabelos volumosos e maquiagem leve. As fotografias produzidas por Lindbergh, no entanto, são em branco e preto, enquanto as da joalheria francesa, que pertence ao conglomerado LVMH, são coloridas. Outro detalhe: a tatuagem de âncora no pulso da modelo britânica foi apagada no Photoshop pela marca americana, o que não ocorreu no anúncio veiculado pela Fred. Mas, tais semelhanças levantam questionamentos que ultrapassam a própria controvérsia acima: a tão debatida (falta de) criatividade vai muito além do mercado editorial de moda, então como conquistar o consumidor por meio de métodos tradicionais em uma época tão multidisciplinar?

    E a ética profissional, até que ponto um (a) fotógrafo (a) pode se inspirar? Já no que tange às modelos: elas podem estampar campanhas publicitárias de marcas concorrentes sem confundir o público? É claro que é possível existir afinidade com dezenas de grifes/designers diferentes, bem como que o trabalho de uma modelo é transformar-se a cada trabalho que realiza, mas não deve partir da própria empresa contratante desenvolver um diferencial para si? Não são raras as parcerias que, de tão duradouras, acabam convertendo-se em parte da própria identidade de uma marca: veja, por exemplo, o caso da Prada e de Steven Meisel, ou, mesmo no Brasil, da Farm e da modelo Roberta Martins (e há algumas temporadas atrás, da Animale e de Raquel Zimmermann ou da Colcci e Gisele Bündchen).

    Joan Smalls na campanha de Outono/Inverno 2011 da joalheria David Yurman ©Peter Lindbergh/Reprodução

    Voltando a David Yurman, Peter Lindbergh é o responsável pelas campanhas da marca há muitas temporadas, e por isso mesmo existe uma unicidade entre as fotografias, sejam elas com Kate, Gisele, Arizona ou Joan. No entanto, quando se trata de acessórios – joias, bolsas, óculos ou calçados – deve-se admitir que a quantidade de restrições é mais desafiadora que de quaisquer outros produtos. Enfim, cabe ao consumidor (e aqui, o leitor) julgar se o desempenho da Fred e de Kate Moss configura desvio ético ou até de falta de criatividade, assim como também lhe pertence as respostas dos questionamentos acima.

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