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    POR Redação

    Isabela Frugiuele, diretora criativa e fundadora da Triya ©Felipe Abe/FFW

    No backstage do desfile de Primavera/Verão 2013/14 da Triya, apresentado na última sexta-feira (19.04) no Fashion Rio, o FFW conversou com Isabela Frugiuele, estilista e proprietária da marca, ao lado das sócias Carla Franco e Maria Isabel Fioravanti, a Bebel. Na entrevista, ela falou sobre a fundação da Triya, em 2005, sobre como desenvolve as coleções e sobre o aumento de vendas após a entrada no line-up do evento.

    Como começou a Triya?

    A Triya começou há sete anos porque, na verdade, a Carla, a Bebel e eu somos muito amigas e gostávamos muito de ir à praia e deste clima de beachwear. Aí a gente falou: “Vamos fazer alguma coisa relacionada à moda praia?”, porque eu fazia Artes Plásticas e desenhava umas estampas. Começou assim, pequenininha, e foi um crescimento orgânico, estamos fazendo o quarto Fashion Rio, que para nós é muito bacana, nossa venda em multimarcas é bem grande, temos duas lojas em São Paulo e, aqui no Rio de Janeiro, temos um projeto super legal, que é a pop-up de verão.

    Onde vocês se conheceram?

    Nós somos amigas desde pequenas. E sempre fomos juntas à praia daí decidimos fazer algo que tivesse a ver com essa nossa paixão, mas que também pudéssemos usar esse lado do desenho e das estampas, que eu já tinha.

    Você é formada em Artes Plásticas, e a Bebel e a Carla?

    A Bebel em Administração e a Carla em Hotelaria, nenhuma das três fez moda.

    Looks do desfile de Primavera/Verão 2013/14 da Triya ©Ag. Fotosite

    A partir da decisão de criar a marca, quais os primeiros passos que vocês tomaram?

    Foi tudo meio orgânico. A gente começou a fazer a coleção da Triya e, ao mesmo tempo, passamos a fazer o desenvolvimento de produtos para outras grandes marcas de São Paulo. Depois de um ano, já conseguimos focar na Triya, já tínhamos um escritório e, aí, abrimos a primeira loja no Itaim, em São Paulo. Há três anos, abrimos a loja no shopping Iguatemi, nossa primeira loja em shopping.

    Onde os produtos da Triya são confeccionados? E como são desenvolvidas as estampas?

    A parte de moda praia é toda interna, assim conseguimos ter uma qualidade maior, já a parte de roupas e saídas-de-banho é terceirizada. O forte da marca são as estampas e, por coleção, temos pelo menos 30, então é uma variedade bem grande; a parte de criação também é toda interna, assim a gente consegue trazer um produto diferenciado para os clientes. As estampas são muito bacanas porque sempre começam como uma tela em branco.

    Do trio, apenas você faz parte da equipe de estilo? Como começa o desenvolvimento de uma coleção da Triya?

    Sim, sou a estilista. As meninas [Bebel e Carla] cuidam da parte de produção, financeira e estratégica. Na Triya, pelo link forte com as estampas, nós começamos pela estamparia, depois partimos para a silhueta das peças, os tecidos e aí vamos montando as “famílias”. Geralmente, eu não me prendo a um tema, mas tentamos ter um fio condutor para deixar a coleção “conversando”, coerente.

    Nesta coleção de Primavera/Verão 2013/14, por exemplo, eu fui a uma exposição da Linder Sterling, em Paris, e ela é uma artista inglesa que eu adoro e trabalha muito com a figura feminina, ligada à cena punk, feminista, que trabalha com rosas, então começamos por aí. Para não ficar só nisso, decidimos pesquisar os elementos da obra dela, como a rosa, e adoramos uma rosa do [Maurits Cornelis] Escher; já os nus, partimos para o Helmut Newton. A mulher dessa coleção é muito forte, mais sexy, bem diferente da coleção passada, que era multicolorida e divertida.

    Looks do desfile de Primavera/Verão 2012/13 da Triya ©Ag. Fotosite

    Qual a quantidade de peças produzidas mensalmente?

    A produção interna de biquíni são, mais ou menos, 2.500 peças por mês, mas a parte de saídas-de-banho e roupas é feita fora. No verão, que é nossa maior coleção, a gente deve produzir, no total, umas 20 mil peças.

    Vocês possuem duas lojas próprias, mas quantas multimarcas vendem Triya?

    É uma média de 60. No verão, às vezes, esse número aumenta um pouco, e, no inverno, diminui, mas é uma média de 60 multimarcas no Brasil. Exportação é uma parte menor da nossa produção, mas acho que já estamos presentes em umas 15 multimarcas fora do país, tem Japão, tem França, tem um pouco na Itália.

    A Triya tem também e-commerce já há dois anos e adoramos porque não esperávamos que fosse ter tanto resultado, mas, como a Triya é uma marca paulista, a loja virtual entrega para o Brasil inteiro e até para fora do país. E é uma loja que não fecha: você vai dormir, acorda e teve venda.

    Como é criar uma coleção de inverno?

    O Brasil é um país tropical, então não tem um inverno muito pesado. A gente tenta criar uma cartela de cores mais sóbria, trazer para o lado mais invernal no colorido e nas estampas, e colocamos mais couro, o que no verão não temos muito. A Triya não é só biquíni, temos as saídas-de-banho, mas temos também muita peças de roupa e, em São Paulo, principalmente, vendemos bem roupa. No inverno passado foi muito legal porque vendemos mais calças de couro que biquínis, a gente ficou bem surpresa, mas, enfim, os biquínis vendem o ano inteiro.

    Primeiro desfile da Triya no Fashion Rio, na temporada de Primavera/Verão 2011 ©Ag. Fotosite

    Este já é o quarto desfile da Triya no Fashion Rio. Como foi a decisão de integrar o line-up do evento?

    O primeiro desfile que fizemos foi no Rio Summer, e aí, logo depois, o Paulo [Borges] convidou a gente para participar do Fashion Rio. A marca era bem nova, só tinha três anos, então a visibilidade e toda a parte de mídia espontânea foi muito bacana para nós. Também para o posicionamento foi ótimo; a Triya é uma marca comercial de beachwear, mas que tem um conceito e um DNA por trás, então o desfile é o momento em que conseguimos mostrar isso, é um pouco como se fosse a nossa campanha. Investimos muito no site, em lookbook, mas o nosso desfile tratamos como se fosse campanha mesmo.

    Looks do desfile de Primavera/Verão 2012 da Triya ©Ag. Fotosite

    Como foi a mudança, financeiramente falando, após entrada no Fashion Rio?

    Com certeza, tudo mudou muito do primeiro desfile até hoje, inclusive na parte de vendas.

    Bebel Fioravanti: No primeiro ano foi absurdo, as vendas aumentaram mais que 60%. A gente consegue ver isso bem na venda do atacado, que as multimarcas nos procuram depois que vêem o desfile, mas acho que, a cada ano, o número de clientes cresce, pelo menos, de 20% a 30%.

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