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    Jovens empreendedores: conheça a Can-Can, marca de acessórios ultra femininos
    Jovens empreendedores: conheça a Can-Can, marca de acessórios ultra femininos
    POR Redação

    Fernanda Guimarães, da Can-Can ©Felipe Abe/FFW

    Fernanda Guimarães, mineira de 29 anos, idealizou a Can-Can para, ao adornar as mulheres, torná-las mais bonitas, confiantes e, claro, femininas. A marca de acessórios, conhecida sobretudo pelas tiaras de flores, esteve presente na loja pop-up da 36ª edição do SPFW, agora chamada FFW Shop. Lá, encontramos a designer, ex-assistente de estilo da Maria Filó, e conversamos com ela sobre a ideia e o investimento por trás da Can-Can; confira abaixo:

    Como nasceu a Can-Can?

    Comecei trabalhando em marcas de moda como assistente de estilo até que nasceu a Can-Can, no Carnaval. Na época, eu era assistente de estilo na Fábula [marca infantil da Farm] e fizemos uma coleção de acessórios para crianças, que eu toquei, e minhas amigas se interessaram e pediram para que eu criasse uma coleção para adultos, o que fiz no mesmo ano e foi um sucesso. Aí comecei a fazer todos os anos, fomos crescendo até que eu resolvi me mudar para São Paulo, onde o mercado é maior na área de moda.

    Há quanto tempo a marca foi oficialmente criada e qual o motivo do nome Can-Can?

    Há quatro anos. Eu queria um nome bem feminino porque as peças são muito femininas. Sempre trabalhei muito com flores, tules e muitas cores, e vislumbrava aquilo de a mulher se adornar, se maquiar e se mostrar, então pensei nas dançarinas de cancan.

    Fernanda Guimarães no preview do lookbook da coleção de Verão 2014 da Can-Can ©Reprodução

    Quando foi que você decidiu largar seu emprego como assistente de estilo para investir na marca?

    Sai da Fábula e fui para a Maria Filó, ainda no Rio de Janeiro. Também continuava fazendo styling e aí surgiu uma oportunidade em São Paulo de trabalhar em uma revista, então vim para cá e, paralelamente, produzia as peças da Can Can. Só neste ano que eu consegui focar apenas na marca.

    Como é o processo de criação das coleções da Can-Can?

    O produto da Can-Can é muito artesanal, então tenho dificuldade de fazer produção em série. Ainda somos muito pequenos e eu monto tudo junto com a minha sócia, Paola Falcão, que mora no Rio de Janeiro. Não conseguimos comprar em grande quantidade, fora que, primeiro, compro os materiais e com eles me inspiro, o que é um pouco diferente de uma estilista, que desenha e só depois procura os tecidos. Lógico que editoriais e outras coisas que eu vejo me influenciam, mas é bem complicado, trabalho a partir do material mesmo.

    Fazemos coleções, claro, mas nossos produtos são bastante diversificados. Dentro de uma coleção, temos peças que têm mais o estilo de noite e para festa, enquanto outras são mais diurnas; fazemos também peças para noivas. Já fiz coleções muito conceituais, incluindo casquetes e pedrarias, mais ricas, mas antes não havia tanta aceitação no Brasil para acessórios de cabeça. Em geral, fazemos três ou quatro peças de cada modelo, depois variamos e, dependendo da aceitação, produzimos mais.

    Jessica Pauletto no lookbook da coleção de Primavera 2014 da Can-Can ©Reprodução

    Quais são os materiais que vocês mais utilizam? Qual a média de preço das peças?

    Trabalhamos muito com couro, nas próprias tiaras e nos fios, onde costuramos as flores, que são todas de tecido. Temos bastante cuidado com a matéria-prima; a variedade de preços vai desde presilhas de R$ 42 até coroas mais elaboradas que custam R$ 180.

    Quantas pessoas trabalham na marca hoje?

    A Paola, minha sócia, e eu fazíamos tudo sozinhas, mas agora tenho uma assistente que vai duas ou três vezes por semana. Há também pessoas que me ajudam na Can-Can em si, sem ser na produção, como uma estagiária que me ajuda com contatos porque queremos estar mais presentes em multimarcas, e tenho um outro sócio que ajuda na parte financeira e burocrática da marca.

    Onde a Can-Can é vendida?

    Temos o e-commerce e vendemos em três multimarcas, localizadas no Rio de Janeiro, Brasília e Minas Gerais. Aqui em São Paulo ainda não vendemos fora do ateliê. Ah, também estamos presentes em uma multimarcas em Buenos Aires, na Argentina.

    Tiaras da Can-Can expostas na FFW Shop ©Felipe Abe/FFW

    Qual foi investimento inicial feito na Can-Can?

    O investimento da Can-Can não foi muito, inclusive porque, na primeira coleção, fui com R$ 200 no Saara, no Rio de Janeiro, e comprei tudo o que dava. Quando vendi [as primeiras peças], fui lá e comprei mais material, então, desde o começo, sempre reinvesti o dinheiro na própria marca. Trabalhamos muito com amor, com o encantamento das pessoas e, por isso, conseguimos muitos parceiros. Neste ano, a gente separou um dinheiro maior, cerca de R$ 10 mil, para deixar a marca mais bonita e montar uma estrutura melhor.

    Como surgiu o convite de trazer a Can-Can para a FFW Shop, no SPFW?

    Eu escrevi e disse que sabia que estava um pouco em cima da hora, mas que o produto da marca era bem artesanal e bem brasileiro. A Karina [César], responsável pela FFW Shop, me respondeu dizendo que as peças eram ótimas e pedindo um mostruário. Mandei e ela adorou o acabamento e nos convidou para participar.

    Quem é a consumidora da marca, qual a faixa etária dela e onde ela quer usar as peças?

    A maior parte das clientes é de garotas descoladas, em geral, entre 25 e 30 anos, e que são independentes e usam as peças na vida mesmo, tanto em festas quanto em festivais ou em viagens, fora em ocasiões especiais, como casamentos. Temos também um público mais maduro e que sempre pede dicas e escreve perguntando como e onde usar; eu encorajo muito e digo sempre que o produto da Can-Can é super feminino e vem para coroar a mulher.

    Detalhes de tiaras da Can-Can expostas na FFW Shop ©Felipe Abe/FFW

    Quais os planos para o futuro? Há planos de uma parceria?

    Já fizemos uma parceria com a Dress To neste ano; fizemos uma coleção exclusiva, chamada “Flower Power”, que foi vendida somente nas lojas deles. Estamos negociando uma parceria com uma marca muito legal, espero que aconteça, mas ainda não posso divulgar. O benefício da Can-Can é mesmo de que, como fazemos acessórios, estamos abertos a colaborar com várias marcas.

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