Raf Simons ©Reprodução
A saga da Dior em busca de um estilista para substituir Galliano poderia até virar uma novela, de tantas idas e vindas, vai-não-vai. Os principais estilistas considerados criativos ou de vanguarda foram convidados para assumir um dos principais tronos da moda global: Hedi Slimane, Haider Ackermann, Riccardo Tisci, Marc Jacobs e até o próprio Galliano.
Segundo a imprensa internacional, Marc quase fechou com a Dior, o que provocou outro buraco, desta vez na Louis Vuitton. Para ocupar o cargo deixado por Jacobs, foram cogitados os nomes de Phoebe Philo, da Céline, e da stylist britânica Katie Grand.
Looks do desfile de Verão 2012 da Jil Sander, criados por Raf Simons ©ImaxTree
Agora, como informou o “WWD”, fontes dizem que a Dior está fechando um contrato com o belga Raf Simons, 43, gênio por trás da Jil Sander desde 2005. Porém, Raf renovou seu contrato com a marca alemã por tempo indeterminado, o que dificulta esse período de transição. Ele também não teria tempo para produzir as coleções de Alta-Costura e de Prêt-à-Porter, que são desfiladas em janeiro e março, respectivamente.
Por enquanto, quem está no comando na Dior é ainda Bill Gayten, ex-assistente de Galliano, cujas coleções não têm recebido boas críticas da imprensa.
Simmons também foi procurado pela YSL, que também não sabe se vai manter Stefano Pilati na direção criativa da marca. Pilati, que está na YSL desde que Tom Ford saiu, em 2004, tem contrato garantido até março de 2012.
Looks do desfile de Verão 2012 da Dior, criados por Bill Gayten ©ImaxTree
Agora, caso Simmons entre de fato na Dior, sem dúvida, podemos esperar por um caminho mais moderno e minimalista, ao contrário do que fazia Galliano, que sempre foi maximalista, dramático e exuberante. Em sua mais recente coleção para a Jil Sander, com perfume anos 50, ele mostrou vestidos de noiva ao final do desfile, que ganharam muitos aplausos e elogios. Foi um exercício de volumes difícil de encontrar em seu trabalho. A Dior também olhou para a mesma década e, vendo os dois desfiles, dá até para encontrar um ponto de intersecção entre as duas grifes.
Por enquanto, o que a Dior deixa claro é que vai levar o tempo que precisar até achar um estilista que combine com o espírito da maison.