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    Por trás das passarelas: a vida das costureiras e passadeiras no SPFW
    Por trás das passarelas: a vida das costureiras e passadeiras no SPFW
    POR Redação

    Equipe de costureiras finalizando peça de Ronaldo Fraga ©Juliana Knobel/FFW

    O contato teórico com estilistas e marcas ou ainda o domínio das tendências não significa entender verdadeiramente as estruturas que articulam a moda. Apesar do glamour das roupas que parecem deslizar pelas passarelas, a bordo de mulheres deslumbrantemente maquiadas e penteadas, por trás das cortinas existem grupos de pessoas imprescindíveis para a manutenção dessa suntuosa engrenagem. Já entrevistamos, durante o Fashion Rio de Outono/Inverno 2012, os profissionais responsáveis pela alimentação e segurança dos frequentadores do evento; e na edição seguinte, Primavera/Verão 2013, conversamos com os fotógrafos, que contaram como é produzir em meio à correria e pressão. Agora, fomos em busca das costureiras e passadeiras que, escondidas no backstage, dão os retoques finais às peças que pouco depois aparecerão em editoriais, campanhas publicitárias e, claro, habitarão o imaginário coletivo.

    Apesar de em todos os backstages haver uma equipe de camareiras, que, em geral, se divide entre passadeiras e auxiliares que ajudam na organização das roupas e a vestir as modelos, não é fácil conseguir uma palavra dessas mulheres. Muito tímidas, elas quase sempre fogem de qualquer abordagem, assim como as costureiras que, imersas no intrincado trabalho manual, pouco tempo têm para conversa. O mais interessante é que, aparentemente, essas profissionais não se dão conta da própria importância. De todas as passadeiras e costureiras que nos aproximamos, apenas quatro concordaram em trocar algumas palavras com o FFW. As demais alegaram timidez, que, diga-se de passagem, pode ser comprovada nos olhos singelos da maioria.

    Veja abaixo o que camareiras, costureiras e passadeiras dizem sobre a experiência de trabalhar em uma semana de moda:

    Rosi Ramos, passadeira (Iódice)

    Rosi Ramos no backstage da Iódice ©Sérgio Caddah/Ag. Fotosite

    “Comecei a trabalhar em semanas de moda para acompanhar minha filha [Jennifer Ramos], que trabalha na equipe de coordenação de camareiras há uns três anos. Sou costureira, tenho uma pequena confecção no Rio de Janeiro, mas como minha filha se formou em moda, preferi acompanhá-la, para dar uma força. […] Nos eventos eu não costuro, aqui só passo e faço a parte de camareira, que é ajudar a vestir as modelos. Não trabalho em todas as marcas, mas gosto, porque adoro agitação. Antes eu vivia muito sedentária, só costurando, 38 anos só de costura, então para mim foi ótimo, para minha filha também”.

    Sandra Lima, passadeira (Amapô)

    Sandra no backstage da Amapô, onde esperava para começar a passar as peças do desfile ©Carla Valois/FFW

    “Trabalho há 15 anos. A experiência a gente vai ganhando a cada edição, mas é sempre umas roupas mais lindas que as outras, em todos os camarins. É muita correria, porque sempre tem um atraso, uma prova extra, um ajuste, mas eu gosto. Fora os eventos, trabalho como camareira e passadeira em ensaios fotográficos e desfiles em loja”.

    Kátia Augusta Costa, camareira e passadeira (Amapô)

    Kátia no backstage da Amapô ©Carla Valois/FFW

    “Sou camareira há 17 anos. A oportunidade surgiu porque a minha cunhada me apresentou para uma equipe de camarim, que gostou do meu trabalho. Amo o que faço, gosto muito mesmo, e a vida dos bastidores é assim mesmo: corrida, tumultuada, mas no final sempre dá certo. Logo que chegamos ao evento, descarregamos o carro, depois eu abro o camarim e abrimos as caixas com as roupas e colocamos por ordem alfabética, se for o caso. Fazemos as plaquinhas com os nomes das modelos, que colocamos nas araras com a roupa de cada uma. Logo depois as peças são passadas e colocamos os sapatos em ordem, e é só esperar a hora do desfile”.

    Maria Isabel, costureira (Ronaldo Fraga)

    Maria Isabel, finalizando os últimos ajustes de peça no backstage de Ronaldo Fraga ©Juliana Knobel/FFW

    “Eu gosto de ajudar no camarim fazendo os acabamentos. Já tem muito tempo que trabalho neste ramo, e gosto. Não tem nervosismo quando a gente trabalha com amor. Trabalho sempre com o Ronaldo [Fraga]”.

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