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    Shayne Oliver traz o espírito da marca Helmut Lang de volta à moda
    Helmut Lang Seen by Shayne Oliver / Agência Fotosite
    Shayne Oliver traz o espírito da marca Helmut Lang de volta à moda
    POR Camila Yahn

    Foi a coleção mais Helmut Lang desde que o próprio Lang deixou a marca, em 2005. Quem assistiu ao desfile de ontem à noite pode ter um vislumbre da energia que ressoava nos shows de Lang nos anos 90 e início dos 2000.

    + Veja a coleção completa aqui

    Para trazer esse espírito de volta, foi necessária uma grande mudança no time criativo. Por alguma razão que não conhecemos, os estilistas que precederam Lang olhavam para seu passado minimalista e ignoravam a energia que rondava a marca e que nascia de outras referências e seu DNA.

    Entra em cena Isabella Burley, editora-chefe da Dazed, como diretora criativa e com a ideia de trazer um estilista por temporada para interpretar a marca. E quem estreia éShayne Oliver, da Hood by Air, que tem energia, criatividade e contemporaneidade de sobra para entender os significados de uma das marcas mais influentes e cults do mundo. E olha, como ele começou bem. Como não é um estilista “da casa” e não vai supervisionar a coleção comercial, Oliver recebeu liberdade total para criar uma coleção autêntica e que gerasse buzz. Seriously Lang, como podemos ler em vários posts no Twitter pós show. Essa coleção é chamada de Helmut Lang Seen by Shayne Oliver.

    Agência Fotosite

    Agência Fotosite

    Shayne trabalhou com os ícones criados por Lang, mas focou no sexy, ou melhor, no sexo – o estilista austríaco se inspirava no universo fetichista. Faixas e tiras que vêm do bondage, muito couro, correntes e uma atenção especial no sutiã, peça que pertence tanto à história de Lang quanto a do fetiche. Ele pontua a coleção, aparece em momentos maxi, usados em meninos, sobrepostos ou por baixo de transparências e recortados de diversas maneiras.

    Além do underwear, também vale destacar o trabalho de alfaiataria e os vestidos de noite, com tecido semitransparente que deslizava sobre os corpos das modelos. Lindos, leves e fluídos. De novo, seriously Lang. Eles apareceram no final ao som de I Have Nothing, de Whitney Houston, momento fashion puro.

    Agência Fotosite

    Agência Fotosite

    O preto e branco obviamente está lá com força, interrompido em alguns momentos por rosa, vermelho e azul. “O legado de Helmut Lang é tão forte e importante. Nós estávamos realmente pensando em como nos engajar ativamente com o legado e a história da marca”, disse Oliver ao NYT.

    Casting

    Slick Woods, Kirsten Owen e Mekhi Alante Lucky / Agência Fotosite

    Slick Woods, Kirsten Owen e Mekhi Alante Lucky / Agência Fotosite

    O casting foi parte grande do sucesso da apresentação e do jeito que Lang gostava, misturando modelos e amigos, meninos e meninas, e uma atmosfera underground. Kristen Owen, top dos anos 90 e musa de Helmut, apareceu na passarela, assim como Jake Boyle, outro nome da época e do círculo do estilista.

    Selena Forrest abre o desfile, que também teve Slick Woods e Sophia Lamar. E quem chamou tanta atenção quanto Kristen foi o americano Mekhi Alante Lucky, que ficou conhecido quando foi preso e sua foto feita na detenção viralizou, de tão lindo que é, com seus olhos de cores diferentes – um azul e outro marrom.

    Merch

    Camiseta da nova coleção por US$ 150

    Camiseta da nova coleção Helmut Lang as seen by Shayne Oliver (US$ 150)

    Poucas horas antes do desfile, a marca divulgou uma série em edição limitada, tipo um merchandising da coleção, inspirada em bandas de música “e no conceito de você sair do melhor show que já foi levando um pedaço dele”, explicou Shayne a Vogue US. “Essa é uma ideia que eu acredito que a moda deveria tentar entender mais”. A linha já está à venda e pode escrever: vai vender muito e logo veremos nas ruas e nas fotos de street styling.

    Agência Fotosite

    Agência Fotosite

    Tudo o que Lang fez antes hoje é prática comum: inspiração em uniformes e universo fetichista, minimalismo, apresentar feminino e masculino juntos, campanhas diferentes e conceituais, parcerias com artistas e claro, os anos 90… De fato, ele representa uma parte importante da moda contemporânea e sua marca quase foi esquecida quando ele a deixou. “Minha voz pessoal não pode ser substituída por um time de design”, ele disse na época. Mas parece que agora as pessoas certas, munidas de conhecimento, energia e respeito, podem trazer seu espírito de volta. Outra coisa que podemos resgatar dos anos 90 é ver os desfiles com os próprios olhos e não através da tela do celular.

    Assista ao vídeo do desfile aqui

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