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    Wearable: selecionamos produtos que misturam design e tecnologia e já estão à venda
    Wearable: selecionamos produtos que misturam design e tecnologia e já estão à venda
    POR Redação

    Por Guilherme Meneghetti

    Recentemente o FFW falou sobre a nova tecnologia Nano Cure, um tecido esportivo tratado com habilidades de auto cura, que faz com que a peça seja restaurada quando perfurada.

    A tecnologia tem indicado para onde o proeminente mercado dos wearables deve seguir. Hoje, quem mais se beneficia nessa história é a indústria das roupas esportivas, com cada vez mais recursos que ajudam a realizar atividades físicas de maneira mais correta, analisando seus dados (batimentos cardíacos, respiração, contagem de passos, etc), fazendo com que sejam respeitados os limites fisiológicos e também colaborando com o progresso diário dos exercícios físicos.

    Além, claro, dos smartwatches. Segundo a IDC, empresa de análise de dados mercadológicos, o comércio global de wearables cresceu 17.9% no primeiro trimestre deste ano (o que equivale à venda de 24.7 milhões de dispositivos), frente ao mesmo período do ano passado. Quem integra os primeiros lugares da pesquisa são empresas que produzem relógios inteligentes e/ou acessórios com soluções fitness, como a chinesa Xiaomi e a Apple, empatadas na primeira posição com 3,6 milhões de vendas cada. A californiana Fitbit segue na sequência, na terceira posição, com três milhões de vendas, seguida pela Samsung no quarto lugar, com 1.4 milhões de vendas.

    Uma pesquisa de 2015 da IDC aponta ainda que em 2019, deve haver disponíveis no mercado global dos wearables – entre roupas, relógios e óculos inteligentes – cerca de 126 milhões de dispositivos.

    Couture Tech

    Existem muitos projetos incríveis de wearables que não foram comercializados, especificamente roupas tecnológicas que não estão ligadas ao mercado esportivo. Os motivos são diversos. Alguns designers simplesmente querem concretizar um projeto que envolveu anos de estudos, dando passos importantes nas descobertas tecnológicas aliadas a roupas ou criando peças autorais de grande valor artístico. E em muitos casos, esbarram na falta de investimento, o que impossibilita sua comercialização.

    A holandesa Anouk Wipprecht, por exemplo, é uma inventiva estilista especialista em fashion tech, uma área que, segundo consta em seu site, combina o design de moda à engenharia, ciência e interação/experiência do usuário. Seu portfólio inclui projetos impressionantes que reúnem moda e tecnologia de forma incomum: ela cria uma espécie de couture tecnológica, “com sistemas de inteligência artificial ao redor do corpo, projetados como sistemas de ‘hospedagem’ do corpo humano” – seus projetos se movem, respiram e reagem ao ambiente ao seu redor.

    Um dos projetos de Anouk é o Synapse Dress, vestido interativo produzido com impressão 3D. Nele, há um microprocessador da Intel que analisa os impulsos elétricos do corpo ao processar informações biométricas. Isto é, o vestido funciona como um “mapa de humor”, pois o pequeno chip registra suas ações e nível de atenção identificando o que lhe despertou interesse ou causou estresse. Assim, o sistema pode contribuir tanto internamente para te ajudar a manter o foco, quanto externamente, informando às pessoas ao redor, através das luzes de LED do vestido, que você está em um momento que não permite interrupções, pelo nível demasiado de concentração, por exemplo. Outro sensor do Synapse Dress monitora a proximidade: caso você sinta que alguém está invadindo o seu espaço pessoal, as luzes do vestido podem liberar até 120 watts de brilho.

    Também ao lado da Intel, Hussein Chalayan, outro estilista há anos busca soluções tecnológicas às roupas, apresentou em seu desfile na semana de Paris, em setembro último, o conjunto de óculos e cinto Intel Curie, que também reúne informações biométricas com sensores, focando no nível de estresse de quem usa. Os três sensores, que monitoram as ondas cerebrais, a variação dos batimentos cardíacos e a respiração, traduzem os dados obtidos em gráficos via bluetooth, detectando níveis de estresse e orientando a combatê-lo. No desfile, havia uma tela que mostrava o gráfico das modelos.

    Verão 17 de Hussein Chalayan ©Intel Corporation

    Verão 17 de Hussein Chalayan ©Intel Corporation

    Já na coleção intitulada body electric, a designer francesa Clara Daguin, uma das 10 finalistas do Festival Internacional de Moda de Hyères, pensou nos mais variados uniformes  e quis desmistificar o que está por trás deles – o que se passa por dentro do corpo dos “homens-máquinas”. Então recriou órgãos e o esqueleto nas roupas produzidas com seda, lã e poliéster. Através de fibras óticas, circuitos e luzes de LED integrados às peças, os órgãos recriados pela estilista se tornam luminescentes. Essa é a coleção que foi apresentada em Hyères e um dos looks já foi usado pela cantora Conchita Wurst. As peças não estão à venda, mas são um bom exemplo de criação de moda autoral e tecnologia.

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    Peça da linha Body Eletric, da designer Clara Daguin

     

    Abaixo, o FFW selecionou produtos com as mais variadas tecnologias vestíveis e que já estão no mercado, à venda ou sob encomenda.

    Jaqueta VIP

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    A Rochambeau, marca de Nova York, é a primeira parceira de moda da Evrythng, empresa especializada em projetos de tecnologia. Juntos, eles produziram a jaqueta inteligente BrightBmr. Na etiqueta da peça, que fica escondida na manga, há um chip e um QR Code, ambos se conectam ao celular e armazenam informações pessoais do usuário. Além disso, o chip pode realizar pagamentos e o QR code se transforma em ingresso de shows e eventos. A peça ainda vem com um plus: através da parceria da Evrytng com outras empresas, a jaqueta dá acesso a serviços exclusivos em Nova York, como entrar em um club sem aguardar na fila ou sentar na melhor mesa de um restaurante. A BrightBmr está disponível sob encomenda por US$ 630 no e-commerce da marca.

    Anel SOSnimb_ring_black

    O Nimb Ring possui um botão de pânico que, quando pressionado por três segundos, notifica amigos e serviços de emergência em caso de perigo, como desastres naturais, problemas de saúde e assaltos. Através do app Nimb, os contatos pré-configurados receberão informações pessoais do usuário, como sua localização. O anel também possibilita realizar chamadas diretamente para a polícia e o detentor pode se voluntariar para receber notificações de anônimos – a ideia é criar uma comunidade onde todos se ajudam. O Nimb Ring custa US$ 149 e está esgotado no momento, mas é possível registrar o e-mail no e-commerce da marca, para ser avisado quando um novo lote chegar. Assista ao vídeo aqui

    Snap Glasses

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    A Snap Inc., empresa detentora do Snapchat, produziu os óculos de sol Spectacles, que vêm com uma câmera integrada para gravar snaps e enviá-los diretamente à rede social, via bluetooth ou Wi-Fi. Basta apertar o botão e as luzes em volta da lente quando acesas informam que a gravação de até 30 segundos está sendo feita. A bateria pode durar até um dia inteiro com uma única carga. Disponíveis em três cores (azul, preto e vermelho), os Spectacles custam US$ 130 e, por enquanto, está disponível apenas nos EUA e na Europa. À parte, é possível comprar por US$ 50 uma caixinha de proteção que também o recarrega.

    Touch Jacket  

     

    O Project Jacquard é o projeto de wearables do Google, que visa inserir tecnologia em tecidos. A primeira empresa parceira foi a Levi’s, com quem desenvolveu a Commuter Trucker Jacket. A jaqueta inteligente foi feita especialmente para ciclistas: permite receber direções do Waze, ouvir e mudar de música em apps como o Spotify e também responder chamadas enquanto pedala.

    O tecido do jeans é fabricado com uma fibra condutora. Próximo à manga da jaqueta, um pedaço do tecido funciona como touchpad, uma tela sensível ao toque que fica conectado à tag Jacquard, um componente flexível de plástico que se conecta na jaqueta via USB (como se fosse um pendrive) para que seja possível removê-lo durante a lavagem. A tag possui uma bateria que pode durar até dois dias, uma antena bluetooth pareada com o aplicativo, além do LED que informa se o pareamento foi bem sucedido e alerta as notificações. A Commuter Trucker Jacket deve chegar ao mercado no final deste ano por US$ 350.

    Walking screenshiftwear

    A Shiftwear produz esse tênis com o e-paper, uma espécie de tela ultrafina que possibilita transmitir imagens estáticas ou em movimento à sua escolha via bluetooth através do app. O solado é feito com uma fibra sintética super-resistente que amortece impactos e ajuda a proteger a tela, que resiste à água (cinco metros de profundidade) e possui luminosidade para ambientes escuros. O tênis, que pode ser lavado na máquina, possui o sistema walk and charge: a cada passo, a bateria se auto recarrega (ela funciona até 30 dias sem recarga). Em diversos modelos, custa US$ 500, com a opção de customizá-lo por US$ 100 a mais, e está disponível no e-commerce da Shiftwear, que entrega no Brasil. Vale assistir ao video aqui para ver a quantidade de imagens e possibilidades que cabem em um par de tênis.

     

    Cristal rastreador

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    Essas pulseiras da Swarovski possuem o Activity Crystal, um cristal que mede atividade física e sono e sincroniza os dados via bluetooth, possibilitando monitorar calorias gastas, qualidade do sono e distâncias percorridas. O conjunto vem com duas pulseiras, projetadas especialmente para recarrega-lo. Por R$439 no e-commerce da marca.

    Salva-vidas

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    O bracelete de silicone LifeCode é um organizador que armazena informações médicas, como histórico de tratamentos realizados, cirurgias e procedimentos, doenças e todos os exames laboratoriais de até quatro usuários em sete idiomas. Tudo fica armazenado em um dispositivo USB e o dono escolhe quais informações podem sere exportadas para o computador. O target são pessoas que viajam muito e podem se encontrar sozinhas em situações de emergência ou surpresas, como atletas, viajantes aventureiros e executivos. Resistente à impactos e a prova d’água, o bracelete custa R$ 135 e está disponível no Submarino.

    Smart Brasports-bra_ombra_app_technology_sportswear

    O top OMbra, também chamado de Smart Bra, é produzido em um tecido flexível que proporciona realizar atividades físicas confortavelmente e tem biossensores que captam informações dos batimentos cardíacos e da respiração. O dispositivo acoplado ao top (OMSignal) registra as distâncias percorridas e transmite todos os dados via bluetooth para o aplicativo, que fornece um feedback do treino com imagens e áudios. Disponível em quatro cores diferentes, o OMbra custa US$ 169 no e-commerce da marca, que entrega no Brasil.

    Jaqueta inflável

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    A jaqueta Squaw Peak, da Nu Down, foi feita especialmente para atividades em baixas temperaturas. A tecnologia PrimaLoft Gold permite o isolamento térmico através da microfibra ultrafina, que deixa a jaqueta macia e leve. Com este tecido, são formados ao longo da peça pequenos bolsos de ar, que, quando acionados através de uma pequena bombinha de ar (semelhantes àquelas dos antigos aparelhos de medir pressão), se inflam aumentando o isolamento térmico. Dependendo da temperatura, é possível escolher quantos bolsos de ar serão ativados. Além disso, a jaqueta também é integrada com a tecnologia Recco que possibilita, em caso de avalanches na montanha, por exemplo, contatar serviços de emergência (são mais de 700 ao redor do mundo) ao compartilhar sua localização. A squaw peak custa US$ 650 e está disponível no e-commerce da marca, que entrega no Brasil.

    Relógio deluxe

    A relojoaria suíça lançou a TAG Heuer Connected Modular 45, equipada com Android Wear e projetada em colaboração com a Intel. Entre os “serviços”, há comando de voz, GPS, Google translate, notificações, gerenciamento de música, etc, tudo conectado ao aplicativo da Tag Heuer. Também é à prova d’água e funciona via Bluetooth ou wifi. Está disponível no Brasil; preço sob consulta.

    Joia hi-tech

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    A linha da nova marca de joias inteligentes Ela Jewelry inclui quatro modelos de pulseiras em couro ou ouro 18k, com pedras quartzo de mármore italiano. A peça não tem cara de wearable, parece uma joia mesmo. É possível conectá-la ao app via bluetooth e, ao receber ligações, o bracelete vibra e as pedras podem mostrar até oito cores diferentes, que são disponibilizadas para oito contatos pré-configurados. Também funciona sincronizada com aplicativos fitness, como Apple HealthKit e Google Fit, já que gerencia, por exemplo, a contagem de passos. Com preços que vão de US$ 195 a US$ 295, as pulseiras estão disponíveis com exclusividade na loja de departamentos Macy’s, física e online.

    Smart ring

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    Os anéis inteligentes rRing, da empresa que integra o e-commerce Paraná Project Company, transmite informações através da tecnologia sem fio NFC. São dois modelos: feito de titânio com pedra zircon ou em ouro vermelho 18k com cristal Swarovski. Com o rRing é possível abrir fechaduras eletrônicas, realizar pagamentos, desbloquear o celular ou senhas no computador, compartilhar seu cartão de visita,  além de selecionar apps para executá-los automaticamente. O anel não possui bateria; ele capta energia através do campo eletromagnético do dispositivo de contato. É a prova d’água e de impacto, e compatível apenas com Android e Windows Phone. Aqui mostra direitinho como ele funciona. Por R$149 no e-commerce da marca.

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