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    Mugler
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    POR Camila Yahn

     

    Joel Palix, presidente da divisão de fragrâncias do grupo Clarins e diretor geral da Mugler ©FFW

    Aconteceu nesta quarta-feira (03.04) a apresentação do projeto “The Source” (A Fonte), uma iniciativa sustentável da divisão de fragrâncias Thierry Mugler, integrante do grupo Clarins. A apresentação foi feita por Joel Palix, presidente da divisão de fragrâncias do grupo Clarins e diretor geral da Mugler, que explicou a origem do projeto e as demais iniciativas sustentáveis da marca, pilar central no sistema de valores do grupo. Atualmente, existem 82 “Fontes” no Brasil, e mais de 13 mil espalhadas pelo mundo, entre elas a fonte quádrupla, com recargas de duas versões do Angel (perfume clássico da marca), uma do Alien e uma do Womanity, a nova fragrância produzida também sob moldes totalmente sustentáveis. A Womanity foi também apresentada neste dia, assim como os projetos que apoia, entre eles a ONG Asta, que capacita artesãs e lhes dá acesso ao mercado brasileiro.

    A ideia, conta Joel Palix, surgiu em 1992, quando foi criado o perfume Angel. “Não foi uma grande estratégia que envolveu muito pensamento”, explica. “O frasco do Angel era muito difícil de fazer. Tivemos que criar uma máquina especial para o efeito e três em quatro frascos eram desperdiçados porque não ficavam perfeitos. Toda esta infraestrutura necessária tornou o frasco de perfume muito caro, então pensamos em transforma-lo em uma espécie de talismã, que a mulher pudesse levar com ela e encher sempre que necessário”. Com esta ideia, as fragrâncias Thierry Mugler não só ganham a lealdade das clientes como também resgatam uma prática exercida no século 19. “No século 19, os perfumes eram enchidos em fontes pois os frascos eram itens valiosos, de cristal ou porcelana.”, explica Palix.

    A Fonte dupla, com refil do Angel e do Alien, as duas fragrâncias mais vendidas da marca ©FFW

    O refil de cada frasco de fragrância fica de 30% a 40% mais barato do que comprar o perfume novo. No Brasil, por exemplo, um frasco de 50ml do Angel custa R$ 478 enquanto o refil sai por  R$ 279,90 (que ainda perde para os Estados Unidos, onde o frasco custa R$ 240). As embalagens antigas (aquelas cujo aplicador não pode ser desenroscado) não têm capacidade para serem enchidas, mas o objetivo da marca é que tanto as lojas quanto as consumidoras as substituam pelas novas.  “A cada sete segundos é enchido um frasco de Angel pelo mundo”, revela Palix.

    Ao final da apresentação, o FFW conversou com Joel Palix sobre as mais recentes notícias sobre a saída de Nicola Formichetti da marca (de acordo com a “Vogue” UK, ele deve assumir um cargo na Diesel) e os próximos planos da Mugler.

    O que pode nos contar sobre o assunto?

    Não é fácil falar porque faremos mais anúncios na próxima semana, então estou no meio das coisas. Há três anos, quando nomeamos Nicola, queríamos relançar a marca na moda. E o Nicola tem uma paleta e um networking incrível, ele é amigo da Lady Gaga, enfim, ele é muito famoso e fresco. E ele nos deu essa energia e nos ajudou muito a colocar a Mugler de volta no radar. Mas ele é um homem de muitas atividades e tem outros projetos e por outro lado, nós queremos ser mais sérios em relação à moda. Fazer coisas grandes, transformar a Mugler em uma marca de luxo global, e para fazer isso, precisamos de uma nova organização e de alguém totalmente dedicado à marca, então discutimos isso com o Nicola – acho que o anúncio sobre o seu futuro vai ser feito brevemente. Como nós precisávamos de alguém totalmente dedicado à Mugler e ele também já tinha outras oportunidades, falamos ‘ok, vamos terminar este capítulo feliz juntos e cada um segue o seu rumo’. E assim foi.

    Foi uma decisão conjunta então…

    Sim! Foi super amigável, ele é um amigo e fizemos muitas coisas boas juntos. Ele projetou a marca para uma coisa mais digital, mais nova, fresca… Foi muito positivo e ele está feliz com isso também.

    E qual vai ser o próximo capítulo para a Mugler?

    O próximo capítulo da Mugler é pensar que se você quer ser sério em relação à sua marca, você também tem que o ser em relação ao produto. Então precisamos da combinação entre o desfile, o entretenimento, o que o Nicola trouxe, que foi espetacular, e de encontrar uma precisão no nosso produto.

    Foi uma decisão comercial?

    Eu acho que existem outras marcas que podem ser mais comerciais mesmo porque faz parte dos seus valores, mas com a Mugler eu não acho que isso possa acontecer. Talvez o que dê para fazer seja encontrar um equilíbrio maior entre o desfile e o produto final. O produto tem que ser muito único.

    Quando podemos esperar mais novidades?

    Na próxima semana vamos fazer outros anúncios em relação à marca.

    update 04.04.2013: Confirmou: Nicola Formichetti foi chamado para assumir o cargo de primeiro diretor artístico da Diesel, do grupo OTB de Renzo Rosso, que além da Diesel detém marcas como Maison Martin Margiela e Viktor & Rolf. Segundo Rosso, Formichetti será responsável por uma visão total da marca – produto, comunicação, marketing e design de lojas. “Eu quero que ele faça coisas grandes, coisas diferentes. Este é o homem certo para dar o próximo passo em uma empresa jovem e em uma marca feita para pessoas jovens de espírito”, disse ao “WWD”. Para Formichetti, para quem a Diesel foi uma das primeiras marcas a despertar o seu interesse por moda nos anos 1990, o desafio vai ser expandir a grife em várias categorias desde “alta-moda, alta-costura até streetwear e activewear”, diz Formichetti ao mesmo veículo.

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