Rachel Tavares, diretora e fundadora do Beauty Bar des Jardins, acredita que o segredo da beleza está em se divertir ©Ricardo Toscani
Há um ditado popular que diz que para ser bonita, você precisa sofrer. Mas o Beauty Bar e Spa des Jardins está aqui para provar o contrário. Em uma casinha super charmosa de três andares, no número 935 da rua Haddock Lobo, nos Jardins, em São Paulo, fica um salão que oferece uma proposta diferente. “Para ser bonita, você tem que tomar um sexy drink e se divertir na academia ouvindo música”, diz Rachel Tavares, 29 anos, fundadora do Beauty Bar e nossa Jovem Empreendedora do mês.
Rachel é formada em farmácia e desde cedo sabia que queria trabalhar com beleza. Na penteadeira que está no Nail Bar, no andar térreo, Rachel misturava fragrâncias e criava perfumes. Com o Beauty Bar o objetivo é, como a própria dona define, ter um “bar” que tem serviços de beleza em vez de um salão que serve bebida. “Eu faço os drinks e animo todo mundo!”, diz Rachel.
Entre os serviços que oferece há massagens relaxantes e terapêuticas e serviços com inovações tecnológicas para os cabelos, maquiagem, limpezas de pele, manicure – inclusive nail art – e pedicure. Já os drinks, que completam a experiência, foram pensados para terem uma função – tem desde Sexy Drinks a Beauty Drinks e até Detox -, todos idealizados por Rachel.
O primeiro andar, com bar de drinks e decoração acolhedora ©Ricardo Toscani
Como começou a trabalhar com beleza?
Formei-me em farmácia porque gostava dessa parte de beleza, queria criar perfumes e maquiagem. Sempre gostei de tudo o que tem a ver com beleza, nutrição. Só que eu estudava nos Estados Unidos, que logo leva você para uma área mais química e de pesquisa. Acabei me especializando em transplante de rim, pulmão e cardíaco, na área hospitalar, que não tinha nada a ver com o propósito inicial. (risos) Lá farmácia é muito clínica, cheguei a fazer residência no hospital, participava de cirurgia e tudo. Depois de todo esse treinamento, parei para pensar e cheguei à conclusão que estava fugindo da proposta inicial. E eu estava lá sozinha há dez anos, a minha família estava toda aqui. Então resolvi voltar, fiz um curso de cosméticos e comecei a montar um plano estratégico do que seria o meu futuro trabalhando com beleza.
Foi quando surgiu o Beauty Bar?
Sim, comecei pela parte do Spa há três anos. No primeiro ano, já formamos uma equipe para o Hotel Unique, ou seja, se você for hóspede lá e pedir uma massagem é uma de nossas profissionais que vai. Conversando com uma pessoa que já tinha morado no mundo todo, começamos a falar de nail spa, que era uma coisa que tinha muito lá fora. E eu adaptei para um conceito de nail bar, que pretendia descontrair ainda mais a pessoa com drinks e comidinhas leves. Deu tão certo que começou a ficar muito pequeno, às vezes tinha 20 clientes, então resolvemos ampliar e ocupar mais o espaço da casa.
O nail spa no piso térreo, com a penteadeira em que Rachel misturava fragrâncias quando era mais nova ©Ricardo Toscani
Qual é o investimento para montar um negócio como o seu?
Eu alugo esta casa e no início tive que reformar muito porque ela tem 80 anos. A minha mãe entrou como sócia, mas para montar este lugar exatamente como está hoje precisa de, no mínimo, uns R$ 450 mil. Fora o investimento de marketing, que é uma coisa que você tem sempre que ter em conta. Tem muita gente que investe no lugar e esquece que vai precisar divulgar depois.
Você também faz o cardápio dos drinks.
No começo eu fiz uma carta bem simples só com Bellini. Queria só bebidas femininas, então tinha Cosmopolitan também, mas com invenções que eu fazia. No Cosmo, por exemplo, juntei essência de lavanda e criei o Cosmolavande. Como esse era o drink que mais saía, pensei em fazer mais drinks diferentes e chamei a Manuela Scalini, chefe especialista em raw food (dieta vegana de comida crua) e que cria cardápios e programas para spas do mundo inteiro. Na época ela contou que na Jamaica tinha criado um cardápio de sexy food, todo à base de pimentas. Tinha tudo a ver com beleza, porque as mulheres querem se sentir mais bonitas e mais sensuais. Então criamos dois sexy drinks e dois beauty drinks: o Spicy Sexy Shot, que é só um shotzinho mesmo, com pimenta e gengibre, o Pinup, com referência às Pinups, o Beauty Bellini, com várias frutas asiáticas com colágeno natural e o Detox, que é um suco verde com algas marinhas. Custam R$ 28, o que às vezes sai mais caro que a própria manicure, mas a proposta aqui é a experiência.
Uma das salas de massagem do último andar ©Divulgação
Como você fica a par das inovações no mercado?
Eu gosto de olhar o que os Spas estão fazendo lá fora, porque aqui parece que é sempre a mesma coisa. Vou a congressos no mundo inteiro, tiro as ideias e as vezes incremento com produtos locais. E experimento muito, eu e minha mãe que é sempre cobaia!
Como escolhe os profissionais?
Muitas vezes são elas que procuram vir para cá porque sentem que conseguem ter um diferencial aqui. Temos duas manicures especialistas em nail art, uma delas é a Tainara, que está fazendo muito sucesso. Ela treinava em caixinha de leite, recortava e fazia os desenhos.
As profissionais do Beauty Bar trabalhando ©Divulgação
Você usa muito as redes sociais na divulgação? Elas funcionam?
Super! As redes sociais estão dando super certo. Quando só tínhamos spa, era mais limitado, porque ninguém quer ver imagens de massagem o dia todo, mas agora tem mais informação, então você pode postar uma foto de uma mão mais original, um cabelo ou uma maquiagem. Às vezes quando eu posto uma unha incrível no Facebook ou um dos drinks, o telefone toca de seguida!
Onde gostaria de ver o Beauty Bar em 10 anos?
Várias pessoas que viram o conceito acham que faz sentido ir contra aquela coisa que avó fala que para ser bonita você tem que sofrer. Eu sempre fui contra tudo isso. Este é um conceito fácil de reproduzir e virar franquia no interior e em outros estados. Seria muito legal reproduzir isso em mais lugares, mas cada um com a sua identidade. Aqui nos Jardins tem um estilo francês e americano, se fosse na Vila Madalena teria que ter a cara de lá, por exemplo.
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