O espaço subterrâneo Tate Tanks, que faz parte do projeto de expansão da Tate Modern, em Londres ©Reprodução
Além do Parque Olímpico, uma das obras mais aguardadas em Londres é a extensão da Tate Modern, uma das instituições de arte mais respeitadas e visitadas do mundo. Construída para receber dois milhões de pessoas por ano, ela hoje recebe cinco milhões.
O novo projeto, que fica pronto até 2016, leva a assinatura dos arquitetos suíços Herzog & de Meuron e visa criar mais espaços para que os “visitantes se relacionem com a arte de uma maneira mais profunda”, segundo o release oficial, além de criar mais áreas sociais, como cafés e terraços, para que as pessoas possam relaxar dentro das galerias. Segundo a imprensa britânica, o complexo custou 165 milhões de libras.
Mas quem estiver na cidade por conta dos Jogos Olímpicos pode já dar uma espiada. A primeira fase do projeto abre nesta quarta (18.07) com o nome Tate Tanks, um espaço subterrâneo dedicado à performance, instalação, filme e live art. Para a inauguração, a curadoria programou um festival de 15 semanas, com a participação de diversos artistas que irão ocupar a galeria até o dia 28 de outubro. “Esse lugar não gera mais energia elétrica; hoje é um gerador de ideias, energia criativa e um berço de novas possibilidades para artistas e para o público”, diz o diretor da Tate Modern, Chris Dercon, à imprensa internacional.
Projeto do novo prédio da Tate Modern, criado pelos arquitetos suíços Herzog & de Meuron ©Reprodução
Parte do projeto também está sendo pensada para abrigar espaços e eventos que promovam a discussão, a participação do público, a pesquisa e o estudo, repensando qual deve ser a função de um museu no século 21.
Antigamente funcionava nesse lugar uma estação elétrica com tanques de óleo, que foi desativada em 1981. Os arquitetos procuraram deixar o espaço o mais próximo possível do original, mantendo os tanques e uma quantidade enorme de concreto. A iluminação, criada pela megaempresa Arup Lighting, também foi pensada de forma a preservar a estrutura original da estação. “Nosso trabalho enquanto arquitetos é fazer com que todo esse novo complexo da Tate funcione como um todo, de forma natural e não fragmentada”, disse Jacques Herzog ao site da “Wallpaper”.
Concreto e iluminação que remetem à construção original ©Reprodução
O prédio também será um modelo de sustentabilidade, criando novos critérios para museus e galerias no Reino Unido. Com uso de luz natural, ele vai usar 54% menos de energia e gerar 44% menos de carbono do que manda a regulamentação oficial.
O mundo fica mais bonito quando todas essas ideias, sustentabilidade, arte, ensino, pensamentos e boa arquitetura, tomam forma em um mesmo lugar.
Você pode conferir a programação completa no site oficial da Tate Tanks.