Entre esculturas de madeira em tamanho máxi que reproduzem objetos que pertenceram a Coco, 51 looks cruzaram a passarela da Chanel neste segundo dia de alta costura. Nota-se mais uma vez o desejo equilibrista de Virginie Viard de inserir frescor, manter os códigos da marca e respeitar o legado de Lagerfeld. Um cálculo que resulta em ótimos resultados…
Se de um lado há fashionistas fervorosos por inovação, do outro há um time bem realizado com a maison, especialmente o mercado asiático que não é apenas entusiasta, como um dos maiores compradores da marca. E, como os números são termômetros, as experimentações vão sendo adiadas – não esqueçamos que a Chanel é uma empresa familiar dos irmãos Wertheimer.
O primeiro bloco é mais literal aos códigos, beirando ao preppy, em um mix que foca especialmente em compradoras da nova geração. O que se destaca são os looks fora da curva, como o jumpsuit transparente rente ao corpo e o slip dress com flores bordadas, inesperados e, consequentemente, inovadores (para a Chanel). E como alta costura se dá também nos detalhes, os bordados e as tramas merecem atenção – e zoom para ver tudo com o esmero que se faz necessário.