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    Quem é Olivier Theyskens, designer que vestiu Fernanda Torres no Globo de Ouro

    O estilista belga, considerado o rei da Demi Couture, já passou pela Rochas e Nina Ricci e teve sua marca homônima.

    Quem é Olivier Theyskens, designer que vestiu Fernanda Torres no Globo de Ouro

    O estilista belga, considerado o rei da Demi Couture, já passou pela Rochas e Nina Ricci e teve sua marca homônima.

    POR Gabriel Fusari

    Na noite de ontem (05.01), enquanto rolava o tapete vermelho da 82ª edição do Golden Globes, só havia uma celebridade que os brasileiros esperavam ansiosamente: Fernanda Torres. A atriz cruzou o tapete vermelhedo a bordo de vestido preto languido e todo fechado na frente revelava as costas nuas e uma fenda lateral profunda, criação sob medida de Olivier Theyskens. A escolha de um design do estilista belga pouco conhecido do grande público fez as pessoas ficaram curiosas para conhecer mais sobre o estilista. Pensando nisso, separamos uma linha do tempo para você ficar por dentro da história e do trabalho de Oliver.

    Nascido em Bruxelas, na Bélgica, em 1977, Olivier demonstrava interesse por moda desde os seis anos, quando começou a desenhar e costurar roupas. Desde cedo, sabia que queria ser estilista, o que o levou a estudar design de moda na conceituada École Nationale Supérieure des Arts Visuels de la Cambre. No entanto, ele não chegou a concluir o curso, optando por abrir sua marca homônima antes de se formar.

     

    INÍCIO DA FAMA

    Um ano após lançar sua marca homônima, o designer ganhou o estrelato, ao ter uma criação sua usada por Madonna para brilhar no Oscar de 1998. De ano em ano, ele foi escalando mais pódios na moda, se tornando um dos nomes para ficar de olho no século XXI. Em 2001, a crise econômica foi implacável e impactou suas vendas que sofreram uma queda brutal de 40%. Isso o obrigou a procurar um emprego em marca tradicional para poder continuar no mercado. 

     

    ROCHAS E NINA RICCI 

    A primeira marca a receber Olivier foi a Rochas, onde ele trabalhou de 2002 a 2006, sendo amplamente aclamado pela crítica de moda. Durante esse período, recebeu o prêmio “International Award” do CFDA (Council of Fashion Designers of America). Suas peças, altamente detalhadas e de custo elevado, eram frequentemente chamadas de Demi-Couture, pois, embora não fossem alta-costura, aproximavam-se desse padrão. No entanto, por não investir em acessórios e devido aos altos custos de produção, a Procter & Gamble, que era responsável pela marca na época, decidiu encerrar a divisão de moda. Isso levou à saída de Olivier, que, em seguida, assumiu a direção criativa de Nina Ricci.

    AZZARO E VOLTA DA MARCA HOMÔNIMA

    Em 2007, Olivier assumiu a direção criativa da Nina Ricci, substituindo o designer sueco Lars Nilsson. Apesar de apresentar um amadurecimento criativo e comercial, permaneceu na marca apenas até 2009. Em 2011, foi anunciado como diretor criativo da Theory e lançou uma linha própria dentro da marca, chamada Theyskens’ Theory. Ele permaneceu na Theory por quatro anos, até retornar à sua marca homônima, realizando desfiles entre 2016 e 2022. Durante esse período, também assumiu a direção criativa da alta-costura da Azzaro.

     

    PRESENTE: SOB MEDIDA COM TECIDOS DE ESTOQUE

    Em 2017, Olivier ganhou uma retrospectiva de seu trabalho no MoMu, museu de seu país natal. Para seu retorno às passarelas, o estilista preferiu formatos não usuais, como desfiles com marionetes e outras apresentações que saíssem do lugar comum. Foi nesse período que, ao invés de se dedicar a criação de longas coleções inéditas, passou a olhar para o seu acervo e reinterpretá-lo, o que o levou a incorporar a sustentabilidade nos seus códigos. Em viagens a pequenas cidades como Missouri e Pensilvânia, ele passou a comprar pequenos lotes de tecidos vintage, o que deixa seu trabalho ainda mais especial com itens one of kind.

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