Não tem jeito, seja de música, moda ou comportamento o nome dela está em praticamente toda lista ou retrospectiva de 2009. Até mesmo aqui no FFW, publicamos uma matéria sobre seu novo disco “The Fame Monster”, atestando que Lady Gaga tomou literalmente para si esse último ano que teima em não terminar.
Aqui não quero entrar no mérito sobre a qualidade e relevância de sua música, muito menos se ela é a nova Madonna – mesmo porque acredito que ela tenha muito mais semelhança e proximidade com David Bowie do que com a rainha do pop. O que gostaria de falar nesse rápido post de véspera de natal e fim de ano é sobre um dos aspectos de Gaga que mais me fascina. E não, não são seus looks absurdos, muito menos o último vestido que ela apareceu usando, ou o sapato incrível do Alexander McQueen que ela desafia no vídeoclipe de “Bad Romance”.
Mas sim, o modo como ela consegue estar sempre mudando, sempre renovando sua estética e vocabulário imagética, principalmente através das roupas. Não é só a moda em sim, não é só a peça de roupa que ela está usando. É uma atitude que extrapola esses limites de extravagância em tapetes vermelhos e em cima do palco. É muito mais como um protesto ou forma da expressão cultural. Como se ela fosse a representação perfeita da nossa cultura obcecada por essa mídia ultra-veloz e instantânea.
Sua troca de roupa incessante durante o último MTV VMA (foram quantos looks mesmo? Nove?) é um dos melhores exemplos disso. De como não é só sobre moda, ou causar impressões como sua roupa. É sobre acompanhar, através das roupas/moda e imagem pessoal, as formas e condições dessa nossa sociedade cada vez mais pautada pelas comunicações instantâneas. Quase como um protesto ou perfomance, só que na era do Twitter, não é mesmo?