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    “Cinquenta Tons de Cinza”
    “Cinquenta Tons de Cinza”
    POR Redação

    Foto de Instagram da top Carol Trentini lendo “Cinquenta Tons de Cinza” ©Reprodução

    Só se fala dele: “Cinquenta Tons de Cinza”, fenômeno da literatura que, juntamente com suas sequências “Cinquenta Tons Mais Escuros” e “Cinquenta Tons de Liberdade”, vendeu mais de 100 milhões de cópias no mundo todo e cujo alcance ainda vai se expandir ao cinema — um “Cinquenta Tons de Cinza – O Filme” está sob os cuidados da diretora Sam Taylor-Johnson, conhecida por “O Garoto de Liverpool”, com produção de Michael de Luca e Dana Brunetti, que trabalharam no premiado “A Rede Social” (assista abaixo ao recém-divulgado trailer do longa, que tem previsão de estreia para fevereiro de 2015). Mas afinal, qual é a desse livro?

    Resumindo muito resumidamente, “Cinquenta Tons” é o “Crepúsculo”, só que com sexo no lugar dos vampiros. Parece simplista demais? Até que não, já que as obras apresentam uma longa lista de semelhanças; seguem apenas algumas, também para não estragar a surpresa de quem quiser ler a trilogia:

    – uma heroína jovem, bonita e inteligente, mas insegura, filha única de pais separados, madura, porém inexperiente em relacionamentos, inacreditavelmente desengonçada e com um dom para atrair confusão. E, segundo seus respectivos pares românticos, muito cheirosa: check! check!

    – um herói mais velho (guardadas as devidas proporções, já que Edward Cullen, de “Crepúsculo”, nasceu em 1901), impossivelmente belo, dono de um temperamento volátil e de segredos sombrios – mas, no fundo, com um bom coração –, de gosto musical eclético e uma queda por veículos velozes: check! check!

    – uma narrativa centrada no relacionamento entre a heroína e o herói, recheada de referências sexuais, mais especificamente sadomasoquistas, com descrições detalhadas de o-que-é-usado-onde-e-como: check! só para o “Cinquenta Tons”

    Brincadeiras à parte, as semelhanças citadas acima não são mera coincidência. A britânica Erika Leonard James, mais conhecida pelo seu pseudônimo literário E L James, não faz questão nenhuma de esconder o fato de que seus “Cinquenta Tons” nasceram da história de “Crepúsculo”. Infeliz com seu emprego, a ex-gerente de produção de TV se apaixonou pela saga adolescente (ela afirmou em entrevista à “Veja” que leu os quatro livros em cinco dias) e imediatamente teve a inspiração de começar a escrever. Depois de descobrir o fan fiction – estilo em que fãs imaginam histórias paralelas derivadas de determinadas obras –, ela achou que apimentar a relação entre Edward e Bella “poderia ser um exercício divertido”, e foi daí que surgiu a sua trilogia. Suas primeiras edições foram publicadas em 2011 por uma pequena editora australiana em forma de e-book. Meses depois, já na Vintage Books, as vendas dos três livros a deixavam aproximadamente um milhão de dólares mais rica por semana. Em abril de 2012, ela foi nomeada uma das 100 pessoas mais influentes do mundo pela revista “Time”.

    As capas da trilogia “Cinquenta Tons” ©Reprodução

    Um artigo do “The New York Times” publicado também em abril tenta explicar o sucesso de “Cinquenta Tons”, afirmando que seu apelo está no fato de que ele não é uma novidade, e sim um “produto antiquado re-imaginado como inovação”. Com a disposição de todo tipo de material erótico e pornográfico a qualquer hora e em qualquer lugar, o melhor jeito de apresentar algo novo seria dar um passo para trás, com uma “reminiscência atualizada de novelas escandalosas do passado, incluindo “Jane Eyre” e (…) “The Sheik”, dos anos 1920. A principal diferença é a de que [a trilogia “Cinquenta Tons”] se passa na Seattle moderna e mistura mensagens de texto sexuais com palmadas”. Outra teoria do jornal é a de que, atualmente, todos os personagens fictícios femininos são fortes, trabalhadores e independentes, e “elas não se entregam a fantasias regressivas sobre milionários ricos e arrojados que anseiam em tornar a vida da heroína mais fácil”. A autora do artigo pondera: “Particularmente agora, quando ter tudo significa fazer tudo sozinha, há um fascínio especial sobre o devaneio de permitir que outra pessoa tome o controle”.

    Outra teoria (dessa vez pessoal) é mais simples (e romântica?): se ignorarmos os elementos de fantasia (no sentido sobrenatural, em um caso, e sexual, em outro), fica muito claro que o que rege tanto “Crepúsculo” quanto “Cinquenta Tons” é a história de um amor incondicional. Em tempos de “a fila anda”, em que iniciar um relacionamento requer um enorme esforço, mas terminá-lo precisa de muito, muito pouco, quer abstração mais apelativa do que o romance devotado de Edward/Bella e Christian/Anastasia? Em entrevista publicada na “Veja”, a própria E L James afirmou que o que a seduziu em “Crepúsculo” foi “o fato de ser um romance tão assumido e tão desavergonhado no seu romantismo – feito sem ironia, sem tentar parecer mais do que é”. Na ótima definição de uma romancista ao site eonline.com, em reportagem sobre “Cinquenta Tons”: “É a clássica história de um grande amor – o homem poderoso que descobre essa mulher aparentemente comum, e se apaixona por ela e a faz sentir especial. Isso é crack emocional para mulheres”.

    Seja lá qual for a explicação, o fato é que a trilogia é sucesso absoluto, e está gerando uma rede de merchandising que não deve se esgotar tão cedo: já foram anunciados uma linha de roupa, de lingerie e de maquiagem, além de um álbum com 15 faixas de músicas clássicas que são citadas ao longo dos três livros. Isso sem contar o boom de vendas de produtos relacionados à história de Christian e Anastasia, de brinquedinhos de sex shop (a BBC reporta que alguns itens citados em “Cinquenta Tons” tiveram um aumento de procura de 200%) até cordas de lojas de ferragem (quem leu o livro vai entender).

    Além, é claro, do filme, já citado no início do texto, que só deve ser lançado em 2015, mas cujo buzz não dá sinal de perder forças. Para o papel de Christian Grey, de “cabelo revolto acobreado, e olhos cinzentos vivos”, o escolhido foi Jamie Dornan (“Once Upon a Time”; “Maria Antonieta”); já Anastasia Steele, a “garota pálida de cabelo castanho e olhos azuis grandes demais para o seu rosto”, será vivida por Dakota Johnson (“Ben and Kate”; “A Fera”), filha dos atores Don Johnson e Melanie Griffith. Entre os coadjuvantes já confimados, destaque para a cantora Rita Ora, que dará vida à irmã de Christian, Mia.

    Dakota Johnson e Jamie Dornan como Anastasia Steele e Christian Grey em primeira cena gravada do filme “Cinquenta Tons de Cinza”, que tem previsão de estreia para fevereiro de 2015 ©Reprodução

    + A trilogia “Cinquenta Tons” é publicada no Brasil pela editora Intrínseca

    (Post originalmente publicado em agosto de 2012)

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