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    Atitude e bons modos definitivamente estão na moda. Mas não é de hoje que fashionistas questionam conceitos e influenciam para o bem.
    Em um primeiro momento, a sustentabilidade fashion aparecia esporadicamente, em peças atemporais; depois, ganhou aspectos lúdicos, e de edição limitada, sem amarras com as tendências das passarelas; agora já ganham as ruas em forma de peças superacessíveis, intensamente relacionadas com o que as pessoas gostam de vestir.
    Mudanças radicais? Que nada. É só um megaintercâmbio – instantâneo e eterno – de idéias.
    Quem se dá melhor no desafio dessa transição, são os grandes criadores, hábeis em desprezar excessos e dosar tradição com inovação. É o caso de Alexandre Herchcovitch que, com feeling apurado, no início de sua carreira nos anos 90, surpreendeu [lógico] criando looks feitos com látex [adorados não só por mim, mas por todos].

    Nos anos 90 também, o estilista americano Jean Charles de Castelbajac esteve no Brasil, e apresentou um desfile-protesto memorável, com citação ao Chico Mendes, o qual eu tive o prazer de presenciar. Nessa época, ainda flagrei uma vibe eco de Christian Lacroix, que usou caixotes de madeira comum em uma de suas vitrines, em Paris.

    Há pouco tempo, outro ecoflagra delicioso: o da passarela de um desfile de Isabela Capeto, na SPFW, toda forrada com caixas de papelão.
    Vivienne Westwood, que afirma que “moda exige personalidade. De quem faz e de quem usa” -, como sempre, saiu na frente, quando apresentou em Londres sua coleção inspirada da Amazônia, – com estampas criadas por 36 crianças -, fazendo um claro convite à revisão de valores.

    E porque a moda é uma extensão da personalidade, não se pode mais banalizar o que envolve sustentabilidade; ainda mais por ter “caído na boca” de formadores de opinião bombadíssimos, como o cantor Bono Vox, o ator hollywoodiano Leonardo DiCaprio, e a estilista/celebridade Stella McCartney [respaldada por seu pai, ninguém menos do que um ex-beatle].
    O estilo sustentável aliado ao consumo consciente é a nova lei – e vai muito além do clichê “a natureza agradece”; sendo assim, os criadores estão cada vez mais interessados em novas possibilidades em termos de matérias-primas e tecnologia. Os consumidores buscam [e em breve exigirão] qualidade, bom preço e responsabilidade socioambiental.
    Quem não se adaptar vai perder tempo. E dinheiro. Alguém duvida?

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