Refinados e fortes, os traços genuínos indígenas traduzem o óbvio ululante, a verdade conveniente que agora os antenados do mundo inteiro sabem: o nosso país é esteticamente incrível. A diversidade de feições brazucas, desde sempre, faz [muito] sucesso nas passarelas internacionais e em outras frentes, pois “Yes”, nós temos o tal do quê a mais….

A moda trabalha em favor da vida, e cabe perfeitamente em seu universo, experimentos visuais de valorização das pessoas reais e seus cotidianos, e a maneira como os índios se comunicam com o mundo sustentável, vai de encontro ao conceito “roupa só não basta” dos nossos dias.

Se diferenciar apenas pelo atributo tangível já não faz diferença. É essa a hora e a vez da beleza indígena – com todo o seu mosaico de etnias – fazer parte de castings luxo. Eu acho. E aposto.

Franciely Matchua, 17 anos, índia Kadiwéu, poderosa em uma produção simples: batom, sombra e cabelo ao natural

[Produção e fotografia: Cael Horta]