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    E veja no que deu nossa troca de papéis!
    E veja no que deu nossa troca de papéis!
    POR Augusto Mariotti

    Na sexta-feira (19.04), último dia de Fashion Rio Verão 2013/14, fizemos uma experiência dentro do FFW, com cada membro da equipe trocando de papeis durante a execução de uma pauta especial (o desfile da Triya); veja abaixo o resultado da brincadeira, com o relato de todos os participantes e os links para as matérias:

    Dupla 1: Camila Yahn e Daniel Ayub

    Daniel Ayub e Camila Yahn para o FFW troca de papéis ©FFW

    Camila Yahn, editora de conteúdo, vira fotógrafa de fila A: “Achei muito divertida a ideia de fotografar a primeira fila do desfile da Triya. E notei como o olhar feminino é diferente do masculino mesmo em fotos aparentemente tão simples quanto essas. Queria pegar momentos mais do que rostos olhando para a câmera. Como as pessoas me conheciam e se surpreendiam em me ver fotografando lá, elas abriam um sorriso, se sentiam à vontade para alguma brincadeira ou faziam cara de quem não estava entendendo nada. Fora algumas imagens sem foco ou escuras demais, achei o resultado interessante especialmente porque ficou uma galeria de pessoas com um sorriso verdadeiro no rosto”.

    + Veja o resultado do trabalho de Camila Yahn como fotógrafa de fila A

    Daniel Ayub, analista de plataformas web, vira editor de moda: “Apesar de já ter assistido a desfiles de outros assentos ou até mesmo em pé ao lado do PIT, a sensação de estar na fila A é a de exclusividade, a sensação de que tudo aquilo foi criado para que você pudesse assistir e aprovar. Para você e os “colegas” editores, jornalistas, famosos e compradores que sentam ao seu lado. Este sentimento dura pouco, já que ao aparecer o primeiro look, você se lembra de que é preciso prestar atenção e pensar no texto que irá escrever. A partir disso, desfilaram mais frases pela minha cabeça do que modelos pela passarela, o que substituiu um pouco o clima de deslumbramento pelo de responsabilidade. Talvez seja outra sensação completamente diferente a de assistir a um desfile da Fila A sem qualquer grau de responsabilidade. No entanto, talvez se enxergue menos quando não se está olhando com tanta atenção”.

    + Veja o resultado do trabalho de Daniel Ayub como editor de moda

    Dupla 2: Sarah Lee e Ricardo Toscani

    Ricardo Toscani e Sarah Lee para o FFW troca de papéis ©FFW

    Sarah Lee, redatora-chefe, vira fotógrafa de backstage: “Antes de tudo, quero dizer que essa foi a pauta mais divertida que já fiz na vida, e agradecer pela paciência de todos os envolvidos, especialmente o Ricardo Toscani, que gentil e corajosamente me emprestou sua Canon 5D com flash 430EX II e difusor parabólico, à qual vou me referir simplesmente como bazuca. Impressões e anotações da minha experiência como fotógrafa: 1) ME-DO de quebrar a bazuca. 2) “Pra que serve este botão?”. 3) O meu modo stealth de backstage não funciona com a bazuca. 4) É sempre uma boa pedir pras modelos sentarem num banquinho em vez de fotografa-las de baixo pra cima. 5) Obrigada André Conti (Agência Fotosite) e seu assistente Artur Curval, que foram super legais e me deixaram usar o espacinho que eles montaram pra clicar as modelos já maquiadas. Mas no fim das contas, fiquei mais nervosa ainda, sentindo que estava atrapalhando o trabalho de todo mundo, o que me leva à conclusão de que, 6) Esta imagem resume a minha experiência como fotógrafa“.

    + Veja o resultado do trabalho de Sarah Lee como fotógrafa de backstage

    Ricardo Toscani, fotógrafo, vira repórter de beleza: “Que presente para um fotógrafo, virar repórter de beleza por um dia cobrindo um backstage de moda praia, onde a referência são as mulheres de Helmut Newton. Gravador na mão, bloquinho de papel e caneta. Tudo bem mais leve, sai o peso da câmera, mas dá lugar ao peso de fazer um passo-a-passo de beleza impecável. A palavra mais importante nessa experiência é: objetividade. Não tive, entrei pela primeira vez num backstage com outro olhar; dessa vez não fiz a clássica pergunta ‘tem alguma menina pronta?’. A minha pergunta foi…
    – Tu que é da assessoria?
    – Sim…
    – O Max pode falar sobre a beleza?
    – Ele vai começar uma menina agora, espera um pouquinho, vai ser ali naquele canto.
    Pitocos e um cordão de isolamento nos separavam…
    Espero o momento certo para ligar o gravador e ele nunca chega, acho que a cada momento vou fazer uma pergunta genial, que vai arrancar aplausos de todo backstage e ganhar o olhar de aprovação de Max Weber.
    Enfim, meu cérebro formula a pergunta. E do alto do meu gauchismo, caprichando no sotaque, solto a pérola…
    – Esse que tu passou é um delineador de boca?
    Não foi dessa vez…
    A imagem que tinha da sala me ovacionando é trocada rapidamente pela imagem da sala rindo.
    Todos. Um por um, sem exceção.
    Max olha pra mim, ainda com o sorriso no rosto, e diz…
    – Você não está de todo errado… É um lápis de contorno. De agora em diante vou responder só pra você…
    De certa forma penalizado com o preconceito que o fotógrafo repórter por um dia sofreu ao tentar formular a pergunta de beleza do século.
    Os termos ISO, obturador, diafragma, iluminação e white balance dão lugar para delineador, sombra, iluminador e base, entre outros…
    E as marcas, Nikon, Canon, Carl Zeiss, agora viram M.A.C, Nars, Chanel…
    Muito legal entender o trabalho do seu colega, uma experiência de vida, colocar-se no lugar do outro. Senti muitas coisas, euforia, medo, alegria e uma responsabilidade imensa de levar a informação correta para o leitor.
    Fiquei radiante, me senti como a menina que entra de cara limpa e é transformada pelas mãos mágicas e experientes do profissional…
    No final de tudo, você vai me encontrar num corredor e perguntar…
    – E aí beleza?
    Eu, cheio de contentamento, responderei,
    – Beleza!!”.

    + Veja o resultado do trabalho de Ricardo Toscani como repórter de beleza

    Dupla três: Andreia Tavares e Felipe Abe

    Felipe Abe e Andreia Tavares para o FFW troca de papéis ©FFW

    Andreia Tavares, repórter, vira fotógrafa: “Quando olhamos para o trabalho de um fotógrafo, já pronto e editado, parece que a única ferramenta necessária é inspiração. Mas não. Nesta troca de papéis, fiquei com as pautas do Felipe Abe, fotógrafo que sempre faz as temporadas de moda com o FFW . Por um dia, senti na pele as vantagens e as dores de cabeça de fotografar um entrevistado e de fazer o “Estilo + Rio”, pauta de lifestyle carioca do Felipe. As fotos da pauta “Estilo + Rio” foram tanto difíceis quanto engraçadas. Não só porque entendo tanto de fotografia e câmeras fotográficas como entendo de engenharia aeronáutica (o que é nada) como também porque sempre parece que as pessoas estão mais bonitas – ou representam melhor o lifestyle carioca -, do que realmente estão. Depois que entendi um pouco sobre velocidade e abertura (entrada de luz e essas coisas), tudo fluiu muito melhor. De câmera em punho, fotografava toda e qualquer coisa que eu achava que cabia na matéria. 96 fotos depois, “acho que tenho”, disse confiante. Faltava editar. A pior parte. “Como vou escolher 15 a 20 fotos de 96?”, pensei desesperada enquanto o Photoshop abria uma aba nunca antes vista com gráficos coloridinhos do lado direito, que atestam, à medida que “edito” as fotos, a minha inexperiência.

    Fotografei também o stylist Felipe Veloso no backstage da Triya para uma matéria do Felipe. Chegando lá, o intrépido repórter, de gravador em punho, foca no entrevistado e esquece o mundo à volta. Fala com a assessora, explica a questão e é direcionado para outra sala, cuja porta abre apenas por breves segundos. Eu, a fotógrafa, fico de fora. Abri a porta, mas logo uma assessora me travou. “Tem que esperar um pouquinho”, explicou. Entrei em um mini-desespero, tentei chamar de novo a assessora – que já não estava ali porque tudo no backstage acontece muito rápido, acreditem -, de câmera no pescoço. Procurei nova ajuda: “O meu repórter está lá dentro falando com o Felipe Veloso e eu preciso fazer a foto para a matéria…”, expliquei. Não sei se foi a minha cara de desespero ou de perdida com a câmera que em poucos, mas longos, minutos a porta se abriu para mim. Ufaaaa. Fiz o clique”.

    + Veja o resultado do trabalho de Andreia Tavares como fotógrafa aqui e aqui

    Felipe Abe, fotógrafo, vira repórter: “Ser jornalista por um dia foi uma experiência incrível. Eu estou acostumado com a relação fotógrafo-fotografado e normalmente ela cria certos desconfortos em eventos grandes onde não há tempo para conversas, introduções… Não é todo mundo que se sente bem sendo fotografado de relance! O trabalho jornalístico de pesquisar sobre a vida e obra da pessoa e a coragem de se abrir explicitamente para uma conversa é algo que todo fotógrafo tem de ter para uma conexão verdadeira com o fotografado”.

    + Veja o resultado do trabalho de Felipe Abe como repórter

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