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    FLAGCX apresenta o projeto TRNSMTTN
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    FLAGCX apresenta o projeto TRNSMTTN
    POR Redação
    ©Cortesia

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    por Luisa Martini, em colaboração para o FFW

    Como a grande maioria das coisas que eu faço, esse projeto começou com pessoas e coexistências: combinando coisas que parecem aparentemente desconexas.

    Há 3 anos faço uma pesquisa pessoal e profissional sobre arte, ciência e tecnologia. Esses três pilares me inspiram para a vida e também são a base do desenho da empresa que tenho com mais dois sócios, a FLAGCX, empresa da indústria criativa e de comunicação, mas que transborda e realiza qualquer tipo de projeto que nos faça crescer e esteja ligado ao que acreditamos.

    Na FLAGCX fazemos uma imersão anual, com tudo de novo que estamos vendo, essa é a hora de abrir as APIs das nossas estruturas mentais e trocar com uma galera que está conectada com esse mindset. Essa imersão se chama Translators of Disruption, e foi nela que essa história toda começou.

    A base dessa pesquisa é: precisamos desistir de todas as nossas certezas e abrir o olhar para tudo que está acontecendo no mundo, para todas as novas possibilidades. Sendo arte e ciência as bases de conhecimento da humanidade, e tecnologia a ferramenta para que tudo aconteça – é daí que vem as possibilidades mais extremas. E esse extremo já está aqui, acontecendo, não é mais futuro, é totalmente presente e dá um medo absurdo.

    A única saída é se abrir e exercitar o não julgamento, a empatia. O que você vai fazer quando encontrar corpos biônicos? Quando todos os dados da sua vida e do seu corpo estiverem abertos? Quando você não conseguir esconder mais nada, a total transparência? Quando as relações com pessoas e trabalho não se basearem em cobrança e culpa, ter relações mais livres?

    Sou apaixonada por essas possibilidades, pelas possibilidades da biotecnologia, da expansão da consciência e da intersecção entre o energético e o material.

    captura-de-tela-2016-12-19-as-16-29-00

    Em paralelo a isso, em 2015, recebi o desafio e a responsabilidade de dirigir a narrativa digital global da exposição Terra Comunal, de Marina Abramovic. Com esse desafio meu principal objetivo era expressar o que ia acontecer naquela exposição a partir de uma perspectiva e estética nunca vistas na história da arte de performance.  Juntei um time de pessoas que nunca tinham trabalhado com arte contemporânea, mas tinham o principal – sensibilidade para sentir e expressar qualquer coisa de forma delicada. Passamos dois meses imersos nessa exposição, e lá conhecemos algo que ia mudar a nossa vida: arte de performance.

    TRNSMTTN é uma forma audiovisual de expressar esses questionamentos todos sob uma perspectiva artística, a diversão de brincar com tudo isso e de trocar com artistas talentosos, de experimentar novas narrativas, novas estéticas, nos colocar à prova e esperar a reação do público.

    TRNSMTTN também é um EP de música eletrônica, que criei junto com Fabio Smeili e Yuri Chix, que são produtores e DJs com talento e ousadia pra fazer o que querem, do tipo “don’t give a damn!”. Foram meus parceiros para achar essa sonoridade quase creepy.

    TRNSMTTN . by CLAN

    A partir das músicas produzidas, partimos para o visual – artistas de performance, que como falei, tinham mudado a minha vida, e co-diretores que tinham uma visão super alinhada com a minha. Somos amigos pessoais além de trabalharmos juntos há alguns anos.

    Cada música foi inspirada em um estágio de transformação, em um estágio de ebulição interna e pessoal pela qual passamos nesse processo de conhecer o novo, ter medo, sentir, tentar controlar, e o que estamos propondo aqui, aceitar, se render e se transmutar.

    Conheci o Maikon K e sua performance DNA of DAN no Terra Comunal, e foi uma das experiências mais fortes que já tive. E minha vontade era de mostrar isso para todo mundo.

    A Tathy Yazigi é uma amiga e tem um trabalho muito forte visualmente, tocando em coisas desconfortáveis em uma esfera pessoal.

    O fotógrafo Hick Duarte é um cara que tem o pulso das coisas e pessoas mais legais que podemos encontrar em São Paulo. Retratando isso, ele desenha uma cena cultural que se expressa a partir dele. E o Nomoto, também fotógrafo, que tem esse olhar asiático e uma coisa que tem muito a ver comigo – o estranho.

    Para finalizar essa equação, quisemos representar a moda, que é um importante agente cultural, com marcas brasileiras novas e que tem uma atitude, estética e política fortes. O que rola de mais interessante na moda hoje são as marcas que percebem sua força de influenciar a cultura e se posicionam em cima disso. Não querem ser só roupa, e não devem ser só roupa, mas um statement, uma armadura, uma expressão de identidade.

    O objetivo de TRNSMTTN é tocar o coração de quem assiste para a abertura, a aceitação. É para ser experimental e estranho mesmo, algo que nós nunca vimos, que as pessoas amam ou odeiam, que é forte, que faz sentir coisas – boas ou ruins. O que interessa é ter a coragem de sentir.

    E no nosso processo, foi ter a coragem de expressar algo não visto, que pode parecer estranho, mas que é transparente, uma fotografia de sentimentos, sensações, do self. E tudo que está dentro da gente é meio estranho.

    Conheça o projeto:

    http://trnsmttn.flag.cx/

     

    TRNSMTTN terá uma segunda edição em 2017 e continuará unindo música, vídeo e outros suportes com o objetivo de reunir artistas que possam expandir a percepção para o novo e questionar o status quo de forma sensível e impactante.

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