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#MMI: "A moda é um dos instrumentos mais políticos que já conheci", diz Tarcísio Almeida

24.09.2010 / Design, Lifestyle, Moda

Via @cotelgramps

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Entre Rio de Janeiro, Salvador, São Paulo e Fortaleza, Tarcísio Almeida (24) vive o momento de consolidação da marca no Brasil e exterior. Nascido na cidade de Ipiaú _ sem ter nunca vivido lá, em realidade _ , no interior da Bahia, e educado numa típica família tradicional, o estilista baiano se aventurou pelo mundo da moda devido a sua formação na Escola de Teatro da Universidade Federal da Bahia. “Comecei com trabalhos ligados a figurino, indumentária, design e a plasticidade da cena. A moda, de uma maneira real, surgiu como ferramenta de estudo e objeto técnico e se tornou prioridade”, comenta.
Com um ateliê estabelecido há 5 anos em Salvador, entre desfiles no Dragão Fashion, show room em terras cariocas e venda das suas criações por 12 lojas do Brasil, a marca já se prepara para ampliação comercial em São Paulo.  ” Estamos produzindo um trunck show em NY, além de algumas vendas e toda a divulgação do trabalho é feita em cima da idéia de comunicação integrada”, ressalta o estilista.
Aquariano, o ousado e criativo, Tarcísio Almeida concedeu uma entrevista ao FFW. Criação, moda e política foram temas centrais desse bate-bola que segue abaixo na íntegra:
Qual a sua concepção de moda?
A moda é um veículo claro e objetivo de comuicação, o mais direto, objetivo e real. Está nas pessoas, ao mesmo tempo que conduz a uma formação, a uma opinião que abre para o espectador / usuário a possibilidade mutante da escolha, da individualidade e de todo um empirísmo social sem muitas medidas e fronteiras. Uso a idéia “moda” como uma linguagem onde o produto é apenas um fragmento performático do todo, os meios visuais pelos quais se expressam as vivências pessoais.
Como é fazer moda no Nordeste, mais especificamente na Bahia?
Às vezes, acho um eterno remar contra a maré, mas é um pensamento muito burro meu. Hoje vejo que alguns empecilhos, como a dificuldade acesso direto aos grandes forncecimentos, dados e pesquisas, são, na realidade, uma grande válvula motivadora de criação. Assim, as coisas acabam funcionando de uma maneira mais progressiva para a criação, se mantém uma possível originalidade e autonomia. No entanto, não podemos pensar nessas questões como justificativas para a pouca profissionalização.
Pode-se perceber algum regionalismo em sua criação?
Impossível não aparecer. No meu caso, é como se aparecesse nas nuances, no jeito como a roupa é feita, no conforto que ela é pensada para causar, na pegada despretenciosa e especial de cada produto.
Como é o seu processo de criação? O que te inspira, cutuca, te movimenta para criar alguma coisa?
O processo se dá de uma maneira muito natural, e cada projeto pede suas especificidades. Começamos, às vezes, pelo tecido, pela forma que ele traz, outras vezes por um recorte de textura, pelo beneficiamento do material, por uma idéia de volumetria. Assim, os produtos sao desmembrados e constroem as linhas individuais dentro do todo da coleção. Normalmente, pesquisamos sobre as relações do cotidiano: chão, lixo, casca de árvore, uma fotografia, um som, um discurso político/sociológico… sempre temas recorrentes que se complementam e se renovam. As referências se apresentam como numa performance de multi-linguagens. Juntando todos os recursos, um possível discurso se constrói, como a idéia de roupa que poderia construir um corpo ou de um corpo que poderia construir uma roupa.
Há uma moda brasileira?
Claro que há. Acho que, muitas vezes, nos preocupamos com o que seria uma fórmula para definir uma identidade nacional, sem antes pensarmos o que é ter uma identidade, um perfil de comportamento social, politico e comportamental. O design é uma chave de análise do tempo, a mais concreta que temos. Através dele, podemos pensar sobre diversas situacoes da história e podemos pensar como isso aje hoje no nosso dia dia, nas nossas necessidades, no que se acha “bom” ou não. Essas as perguntas maiores que devem existir antes de buscar uma definição clara e empresarial para uma identidade brasileira. Honestamente, enquanto continuarmos buscando isso como solução, poderá até haver lucro e rentabilidade. Já uma tradição real…
O que você pensa que uma roupa representa atualmente para o consumidor?
Hoje, a roupa quando chega para o consumidor certo – aquele que quer vestir idenpendente de qual definição social ele está – a roupa representa desejo, vontade, elegância, um elo entre o íntimo e o social. O valor da peça está naquilo que toca emocionalmente e dentro de um grupo capaz de trazer e acreditar naquele valor. Isso nao é uma apologia à extorsão. Acredito em um comércio justo, onde o design seja introduzido como um objeto cultural.
Em véspera de eleição, essa pergunta não pode faltar: política está na moda?
A moda é um dos instrumentos mais políticos que ja conheci. O poder social, econômico, intelectual, antropológico existente nela é algo assustador!

Entre Rio de Janeiro, Salvador, São Paulo e Fortaleza, Tarcísio Almeida (24) vive o momento de consolidação da marca no Brasil e exterior. Nascido na cidade de Ipiaú _ sem ter nunca vivido lá, em realidade _ , no interior da Bahia, e educado numa típica família tradicional, o estilista baiano se aventurou pelo mundo da moda devido a sua formação na Escola de Teatro da Universidade Federal da Bahia. “Comecei com trabalhos ligados a figurino, indumentária, design e a plasticidade da cena. A moda, de uma maneira real, surgiu como ferramenta de estudo e objeto técnico e se tornou prioridade”, comenta.

Com um ateliê estabelecido há 5 anos em Salvador, entre desfiles no Dragão Fashion, show room em terras cariocas e venda das suas criações por 12 lojas do Brasil, a marca já se prepara para ampliação comercial em São Paulo.  ” Estamos produzindo um trunck show em NY, além de algumas vendas e toda a divulgação do trabalho é feita em cima da idéia de comunicação integrada”, ressalta o estilista.

Aquariano, o ousado e criativo, Tarcísio Almeida concedeu uma entrevista ao FFW. Criação, moda e política foram temas centrais desse bate-bola que segue abaixo na íntegra:

Qual a sua concepção de moda?

A moda é um veículo claro e objetivo de comuicação, o mais direto, objetivo e real. Está nas pessoas, ao mesmo tempo que conduz a uma formação, a uma opinião que abre para o espectador / usuário a possibilidade mutante da escolha, da individualidade e de todo um empirísmo social sem muitas medidas e fronteiras. Uso a idéia “moda” como uma linguagem onde o produto é apenas um fragmento performático do todo, os meios visuais pelos quais se expressam as vivências pessoais.

Como é fazer moda no Nordeste, mais especificamente na Bahia?

Às vezes, acho um eterno remar contra a maré, mas é um pensamento muito burro meu. Hoje vejo que alguns empecilhos, como a dificuldade acesso direto aos grandes forncecimentos, dados e pesquisas, são, na realidade, uma grande válvula motivadora de criação. Assim, as coisas acabam funcionando de uma maneira mais progressiva para a criação, se mantém uma possível originalidade e autonomia. No entanto, não podemos pensar nessas questões como justificativas para a pouca profissionalização.

Pode-se perceber algum regionalismo em sua criação?

Impossível não aparecer. No meu caso, é como se aparecesse nas nuances, no jeito como a roupa é feita, no conforto que ela é pensada para causar, na pegada despretenciosa e especial de cada produto.

Registros do processo criativo da coleção "Depois das Coisas", verão 2011

Registros do processo criativo da coleção "Depois das Coisas", verão 2011

Como é o seu processo de criação? O que te inspira, cutuca, te movimenta para criar alguma coisa?

O processo se dá de uma maneira muito natural, e cada projeto pede suas especificidades. Começamos, às vezes, pelo tecido, pela forma que ele traz, outras vezes por um recorte de textura, pelo beneficiamento do material, por uma idéia de volumetria. Assim, os produtos sao desmembrados e constroem as linhas individuais dentro do todo da coleção. Normalmente, pesquisamos sobre as relações do cotidiano: chão, lixo, casca de árvore, uma fotografia, um som, um discurso político/sociológico… sempre temas recorrentes que se complementam e se renovam. As referências se apresentam como numa performance de multi-linguagens. Juntando todos os recursos, um possível discurso se constrói, como a idéia de roupa que poderia construir um corpo ou de um corpo que poderia construir uma roupa.

Há uma moda brasileira?

Claro que há. Acho que, muitas vezes, nos preocupamos com o que seria uma fórmula para definir uma identidade nacional, sem antes pensarmos o que é ter uma identidade, um perfil de comportamento social, politico e comportamental. O design é uma chave de análise do tempo, a mais concreta que temos. Através dele, podemos pensar sobre diversas situacoes da história e podemos pensar como isso aje hoje no nosso dia dia, nas nossas necessidades, no que se acha “bom” ou não. Essas as perguntas maiores que devem existir antes de buscar uma definição clara e empresarial para uma identidade brasileira. Honestamente, enquanto continuarmos buscando isso como solução, poderá até haver lucro e rentabilidade. Já uma tradição real…

O que você pensa que uma roupa representa atualmente para o consumidor?

Hoje, a roupa quando chega para o consumidor certo – aquele que quer vestir idenpendente de qual definição social ele está – a roupa representa desejo, vontade, elegância, um elo entre o íntimo e o social. O valor da peça está naquilo que toca emocionalmente e dentro de um grupo capaz de trazer e acreditar naquele valor. Isso nao é uma apologia à extorsão. Acredito em um comércio justo, onde o design seja introduzido como um objeto cultural.

Em véspera de eleição, essa pergunta não pode faltar: política está na moda?

A moda é um dos instrumentos mais políticos que ja conheci. O poder social, econômico, intelectual, antropológico existente nela é algo assustador!


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