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    Pensata da Palô #32: ALL YOU NEED IS LOVE <3
    Pensata da Palô #32: ALL YOU NEED IS LOVE <3
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    via @ErikaPalomino

    Com exceção de Lanvin + H&M na moda, o noticiário desta semana foi musical. O anúncio de Amy Winehouse no Brasil, festival disso e daquilo, uns que a gente nem ficou sabendo, outros que ficamos e não fomos… E, principalmente, Paul McCartney. O inglês de 68 anos possivelmente está mobilizando as atenções porque vai saber se ele volta ao Brasil nesta encarnação. Não o acompanho tanto assim pra saber se ele efetivamente já veio outras vezes aqui. Nem é esse o caso, mas esse senso de oportunidade (coisa que rolou também com o bailarino russo Mikhail Baryshnikov). Tá tudo certo.

    Não fui ver Misha dançar (desta vez) nem fui ao show de Porto Alegre. Mas os relatos passionais de público e crítica a Macca foram comuns: showzaço. Vamos combinar que o repertório dele não é pouca coisa: cantou 22 músicas de seu antigo grupo, os Beatles. E logo agora que o mundo lembrou que seu mais famoso companheiro de banda, Jonh Lennon, faria no mês passado 70 anos.

    É tremendo o impacto dos elementos e personagens envolvidos nesses processos, em si e à volta deles. Pense que “Sgt. Pepper’s Lonely Heart Band” foi lançado em 1967, quando a juventude começou a “épater la bourgeoisie”. Era a época do terremoto jovem, o famoso youthquake, termo brilhantemente cunhado pela a sacerdotisa-mor Diana Vreeland (quer pensar um pouco na atualidade e na influência da capa deste disco? tá com tempo?).

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    Nesses quarenta e três anos, de certa forma a perda progressiva das utopias, a falência múltipla das ideologias e a velocidade estúpida das tecnologias envelheceram nossos radicais livres. Quem vem chegando depois só não tem pressa porque não entende e nem quer entender os três tópicos citados neste parágrafo. E por puro déficit de atenção.

    Quer ver? No dia em que saíram as primeiras imagens da Lanvin para H&M, fomos tão bombardeados por elas que num segundo elas ficaram velhas. Não sobrou nada. Nem pra noticiar. A internet caiu carniceiramente sobre o fato, e daqui, na madrugada, o blog coisasdemarcelle.com desdenhava deliciosamente de todos, postando embalagens da Lanvin. Lindas, por sinal. E quem já teve a oportunidade de comprar alguma coisa da marca certamente guardou a caixa. Eu guardei. Até hoje. Quando Andy Warhol morreu, encontraram em seu apartamento dezenas de sacolas de lojas e de compras fechadas, com as coisas dentro, intactas. A emoção versus o banal, constante na obra do artista que refletiu, também, a natureza consumista da sociedade americana e sinalizava, desde ali, a rapidez que tudo ganharia.

    Nostalgia é saudade do passado. Frenéticos, olhamos pra frente, com tempo apenas de ver no Facebook as fotos da última festa. All tomorrow’s parties, já cantarolava naqueles tempos a bafônica turma de Warhol.

    Paul McCartney traz com suas canções uma saudade da qual a gente esqueceu. Talvez mais: que a gente nem sabia que tinha. Quando love era diferente de like. Quando emoção não era emoticon. Quando as vidas eram vividas nas ruas, e não em interfaces, plataformas, mídias e telas de todos os tipos.

    Agora é assim.

    <3 <3 <3 (h)

    Palô.

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