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    Uma carta de amor a Marc Jacobs
    Uma carta de amor a Marc Jacobs
    POR Camila Yahn
    Marc Jacobs, de camisa e óculos Celine / Reprodução

    Marc Jacobs, de camisa e óculos Celine / Reprodução

    Não é preciso ser um especialista em Marc Jacobs para notar que ele é um dos estilistas que mais ama moda no mundo.

    Se você acompanha sua trajetória, já percebeu sua paixão e sensibilidade através de seus desfiles, de seus amigos, parceiros e até escolhas profissionais, mas hoje, basta segui-lo no Instagram. Marc faz o que nenhum outro estilista faz: dá crédito para seus concorrentes (em nome do amor pela moda). Marc é um colecionador de moda e se diverte criando looks absurdos. Ele sai para o trabalho devidamente paramentado com lenços no cabelo, como uma senhora antiga, acompanhado de um óculos escuros de estética retrô e um paletó de paetês digno de red carpet. Tudo @loewe @gucci @hermes @virgilabloh para @louisvuitton e, claro, @marcjacobs. Detalhe, esse estilo de lenço recentemente já foi visto nas cabeças de A$AP Rocky, Frank Ocean, Kendall Jenner e Chloë Sevigny.

    Assim, usando muitas peças femininas, ele também derruba as barreiras do gênero. Marc usa salto alto, unhas postiças e decoradas, clutches, lenços e por aí vai. Aos 56 anos, ele já não se importa mais com que os outros vão pensar. Se a gente lembrar de quando ele começou, um menino aparentemente mais tímido e comportado, de óculos, camisa e malha, ele cursou um longo percurso até a liberdade total. No meio do caminho, parou de usar drogas e entrou numa vibe fitness, exibindo seu corpo torneado e bronzeado, nu ou delineado por ternos mais ajustados.

    Mas seu respeito por outros estilistas vai muito além do que looks do dia. Ele não poupa elogios a Miuccia Prada, Rei Kawakubo e Martin Margiela, confessando que são grandes influências no começo de sua carreira. O primeiro desfile de Raf Simons para a Dior? Marc estava lá para dar seu suporte. Quando Karl Lagerfeld e Azzedine Alaïa morreram, ele escreveu posts emocionantes mostrando em fotos uma intimidade que a gente desconhecia. Emprestou sua loja para o jovem estilista japonês Tomo Koizumi fazer seu desfile simplesmente porque acreditou em seu trabalho.

    Em um determinado momento de sua carreira, começando quando ele saiu da direção criativa da Louis Vuitton, Jacobs quase perdeu tudo. E talvez tenha sido sua maneira transparente de ser que o tirou lá de baixo: ele abria seu coração em entrevistas em vez de viver um personagem que é só bem sucedido, como vemos muito por aí. E continuava fazendo desfiles com a moda que o inspirava, a que fazia sentido para ele. Sorte a nossa, dos que também amamos moda, porque seus shows são sempre uma carta de amor ao seu ofício. Hoje ele revela sem rodeios que está lutando para entender como se comunicar com a nova geração. Marc leva a vida um pouco como um eterno aprendiz, sensível e sem mágoas passadas. Que estilista iria fazer propaganda da marca que o despediu anos atrás?

    Marc Jacobs em 2004 / Reprodução

    Marc Jacobs em 2004 / Reprodução

    Agora, ele quer sair do banco de trás e está aprendendo a dirigir e revela-se um mestre da velocidade com as aulas filmadas e postadas no Youtube ; )

    É por isso tudo – e muito mais – que amamos Marc Jacobs <3. Abaixo uma seleção com seus melhores looks atuais:

     


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    Still feeling it. #campgene #cantstopluvinmyself #belongingnotfittingin #dressednotstressed #gratefulnothateful

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    Cold AF! No problem for us. We came prepared. @chardefrancesco @mercerhotelnyc @balenciaga

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