Quando Jil Sander (a fundadora) surgiu na Paris dos anos 1970, sua marca já tinha uma essência: o material e o corte. Nada mais, nada menos, tanto que se tornou o sinônimo do minimalismo. Atualmente a marca comandada pelo casal Lucie Meier & Luke Meier vive um momento de adoração entre insiders – da sapatilha à bolsa, um público fiel a consome.
No desfile de hoje (18.09), a dupla de designers nos mostrou outra forma de ser minimal: trazendo elementos barrocos, românticos e decorativos, mas de uma forma limpa, quase pueril e infantil. Funciona na alfaiataria, claro, em tecidos acetinados, mas também nos vestidos e separates com golas de boneca, silhueta ampla e outros elementos como estampas animal print nos acessórios — que são verdadeiros extremismos quando se trata da estética @jilsander .
Uma fórmula certeira, que resgata os princípios da marca sem se prender propriamente a eles. As campanhas sensoriais, a trilha melódica, a cartela esmaecida… Um universo muito bem construído e fiel ao público que a idolatra, algo raro num mercado que transforma a cada seis meses o próprio passado e legado.