Um vestido ultra delicado com as alças propositalmente distante dos ombros, na sequência uma versão de couro com aplicações de metal que imitam piercings, logo depois uma saia evasê com perfurações que remetem ao trabalho da artista multidisciplinar Lisa Jahovic e uma atmosfera que nos transporta a space age proposta por Pierre Cardin nos anos 1960 – Miuccia recentemente um usou um casaco coral vintage do estilista e provavelmente deve tê-lo entre suas inspirações para sua coleção de verão 2025 da Prada.
A começo fragmentado e desconexo num primeiro momento introduz ao desfile da Prada, que aconteceu na manhã de hoje (19.09) em Milão. A cintura foi protagonista em diferentes alturas, deslocada, destacada e, por vezes, distante do restante da peça. A cartela brinca com as não-cores, enquanto as cores vibrantes em amarelo e laranja mais repelem do que convidam.
O look usado por Julia Hobbs é a união perfeita entre o legado da Prada e a reinterpretação gótica de Raf Simons. A controversa legging aparece não apenas como uma base, mas também uma peça-chave. E como quem tem legado põem pra jogo, a Prada olha para vários dos seus hits, especialmente nos acessórios: do mocassim com solado de juta e palha, passando pelos saltos esculturais meia pata em versão emborrachada.
Toda excentricidade, e individualidade foram celebradas nesse desfile que é um dos mais esquisitos (bem no jeitinho Prada) dos últimos tempos. Do top sixties a saia laranja com bolsos frontais, passando pelo cap de palha com abertura triangular, Miuccia e Raf olham para um futuro com um certa dose de idealização e nostalgia, conectando passado e futuro.