A Piet, marca de Pedro Andrade, continua em um ótimo caminho, equilibrando cada vez melhor sua potência como um criador contemporâneo e conectado ao que os jovens querem hoje, com um trabalho muito bem conduzido em cima de produto. O desfile começou após um minuto de silêncio feito em homenagem ao modelo Tales Cotta.
Para seu segundo desfile no SPFW, Pedro olhou para uma de suas paixões, o uniforme. “Desconstruí a banalidade e brutalidade dos uniformes tradicionais e trouxe sofisticação e delicadeza para eles. Reduzi os signos dos trajes na essência e encontrei elementos chaves que remetessem a esse universo sem ser literal”, diz o estilista.
Em uma extensa pesquisa, ele olhou para diversos tipos de uniformes: dos escolares, por exemplo, trouxe as saias e os plissados usados tanto em meninas quanto nos meninos; dos trajes dos técnicos de obras, as cintas de sustentação e os aviamentos; das vestimentas dos operários e militares, vieram elementos que deram cara nova à alfaiataria, com inserção de cores fortes como rosa dos looks utilitários do final.
Vale destacar sua colaboração com a Nike (que levou uma turma de meninas animadas e lindas para a primeira fila, como Fernanda Lima e Aisha). “Pedi para a Nike todas as camisas que eles tinham do Brasil e de outros times. Desmontei as peças com moulage e dessa desconstrução, desenvolvi novos modelos”.
E para as mulheres que desejavam se cobrir de Piet, parece que a espera acabou. Pedro mostrou pela primeira vez uma série de looks femininos na passarela. ; )
(Camila Yahn)