Direção criativa
Isabela Capeto
Styling e direção de desfile
Felipe Veloso
Beleza
Max Weber
Trilha sonora
Cris Naumovs
Participação especial
Roberta Sá
Inspirações
Ritual de renovação, praias do Rio de Janeiro
Materiais
Algodão, seda, gorgurão, linho, organza, crepe, tule e renda
Os fashionistas amantes do handmade levado às últimas consequências podem dormir em paz novamente: Isabela Capeto está de volta, e não decepciona com suas preciosidades artesanais. Uma oferenda para Iemanjá é o ritual de renovação que simboliza seu retorno às semanas de moda, depois de cinco anos desde seu último desfile, no Fashion Rio. O verão 2016, portanto, é o próprio presente à rainha do mar, confeccionado com muito esmero.
Inspirada pelo mar e pelo orixá feminino, a estilista recortou, bordou, rebordou novamente, criou rendas richelieu em forma de conchas e estrelas do mar para aplicá-las nas barras dos vestidos, recortou estampas da própria coleção como a do peixe e a aplicou em outra peça, para bordar paetê por paetê o corpo do bicho, com um efeito tridimensional de escamas. E tem mais: conchas de verdade, contas e búzios também foram bordados, pendurados meticulosamente, ao longo das peças. No vestido floral – as flores representam as oferendas jogadas no mar no Ano Novo – que inaugurou a passarela, inúmeras minipérolas são bordadas, criando um delicado efeito, também visto no final do desfile, no vestido preto e branco, com a estampa recortada e recosturada.
Pensado inicialmente para ser mais uma apresentação do que um desfile, o show foi realizado na Tag Gallery, no centro de São Paulo, e contou ainda com uma performance da cantora Roberta Sá. “A ideia era criar uma interrupção no meio do desfile, mais do que fazer uma trilha sonora”, conta o stylist Felipe Veloso, sobre as duas músicas entoadas pela artista no estilo capela entre a série clara, com fundo branco, e a escura, com base preta combinada com rosa claro, da coleção. Destaque para os lindos acessórios da designer Brenda Vidal, de prata e prata banhada com ouro amarelo, que transformavam conchas, estrelas do mar e pérolas em braceletes, colares e brincos. (CAROLINA VASONE)