O fotógrafo Todd Fisher anda pelas ruas atrás de registros cotidianos que transforma em séries. Em uma delas, ele fotografa casais se beijando em bares, festas, ruas e shows. Tem umas imagens ótimas, sempre meio de longe, como um mero observador, que mostra a urgência do beijo, sem a preocupação com o local ou as pessoas em volta.

Essa ideia começou por acaso quando ele fotografou um casal de amigos. Gostou do resultado que começou a ficar atento pra esse tipo de situação. Ele lançou um zine recentemente chamado “PDA” (que significa public displays of affection), com imagens de beijos quentes de jovens que cruzou pelo caminho, fotografados em 35 mm.

Uma outra série mostra as pessoas na rua se protegendo na chuva. Vale pano, canga, sacola plástica e até uma esteira de palha na cabeça. E às vezes, aparece um guarda-chuva. Mas é esse cotidiano do inesperado, a chuva repentina que nos pega de surpresa e causa imagens que são tão reais quanto hilárias.

A Series 3 registra pessoas observando algo que não sabemos através de um muro, grade ou cerca, como se estivessem tentando enxergar alguma coisa pelo buraco da fechadura. O que eles estão querendo ver, fica para a gente imaginar.

E por fim, na última série, vemos pessoas, também na rua, com movimentos diversos, mas com a cabeça para baixo. Uma pessoa está amarrando o tênis, outro parece que está se sentindo mal, outro olhando seu reflexo em um carro.

Por serem registros reais do cotidiano, essas séries não têm fim e podem ser alimentadas em qualquer lugar do mundo por onde Fisher andar. Juntas, eles compõem um registro interessante de cenas do dia a dia.