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    Skatista profissional, Fabiano Rodrigues usa o esporte como ponto de partida para sua fotografia de arte cheia de movimento e arquitetura
    Skatista profissional, Fabiano Rodrigues usa o esporte como ponto de partida para sua fotografia de arte cheia de movimento e arquitetura
    POR Redação

    Fabiano Rodrigues completa, este ano, uma década de fotografia. Skatista profissional, o esporte entrou na vida dele muito antes, há 30 anos. E foi observando os fotógrafos que registravam suas manobras que ele passou a se interessar pela técnica, praticada com foco na relação do movimento do skate com as dimensões da arquitetura das construções que coloca em seus auto-retratos premiados e expostos em espaços importantes, como a Pinacoteca de São Paulo, o MAR – Museu de Arte do Rio, a SP Arte – Foto e a Bienal MASP Pirelli de Fotografia.

    Parte da nova safra de ótimos artistas brasileiros, Fabiano faz impressões únicas de suas fotografias, que hoje custam entre R$ 14.600 e R$ 20 mil (as maiores). A seguir,  leia a entrevista e saiba mais sobre o trabalho do artista, que inaugurou exposição esta semana em São Paulo, na galeria Andrea Rehder.

    O que te chamou atenção na fotografia primeiro?
    Fui muito influenciado pelos fotógrafos que me fotografavam quando andava de skate profissionalmente, mas fora isso eu já me interessava por livros de fotografia e revistas de skate e de moda internacional.

    De que maneira você enxerga essa relação entre fotografia, skate e arquitetura no seu trabalho?
    O skate e a arquitetura foram pontos de partida no meu trabalho, separadamente até. Fotografava muita arquitetura quando estava aprendendo a fotografar, e fotografava skate também. Minha fotografia começou a se destacar porque eu priorizava mais a arquitetura do que o skate, fazendo uma relação mais de movimento e do gestual do skatista em algum monumento do que a “manobra complicada” em si.

    Nunca tive essa coisa do “skate arte” ou “arte urbana”, o skate se tornou apenas uma plataforma na minha arte em determinado momento. Faço colagem também, e no momento estou em uma outra pesquisa de fotografia e autorretrato que não tem nada a ver com skate. O skate é minha vida e minha escola, mas já faz quase dois anos que minhas pesquisas estão indo pra outro caminho.

    Auto-retrato de Fabiano Rodrigues em que fica evidente a relação do movimento das formas arquitetônicas com o skate ©Cortesia

    Auto-retrato de Fabiano Rodrigues em que fica evidente a relação do movimento das formas arquitetônicas com o skate ©Cortesia

    Para onde você tem direcionado essas pesquisas, o que tem experimentado?

    Estou desenvolvendo uma série que se chama “Autocollage”, é um experimento de fotografia, no qual eu tento me “transformar em uma colagem”. Uso o recorte que encontro nos desenhos arquitetônicos e vou desorientando a perspectiva, com movimentos estranhos, e nunca mostrando o rosto. Estes movimentos vêm das referências de revistas dos anos 1950, 1960 e 1970, de executivos usando terno. É uma pesquisa dadaísta, misturando a relação do meu corpo com arquitetura, e o resultado é muito semelhante a uma colagem, mas é só uma fotografia, sem nenhuma manipulação manual ou digital. O que continua nesta pesquisa é que é auto-retrato, usando um controle remoto wireless para disparar a câmera no momento que acredito que seja o ideal.

    Quais são suas próximas exposições?
    Tenho um projeto que finalizei no fim do ano passado e só agora será exposto em São Paulo. É ainda um projeto relacionado com skate, que contém uma performance, um vídeo arte e obras de parede. A performance do projeto foi um dos projetos selecionados no edital da Mostra Verbo Performance que aconteceu na última terça (26.07), na Galeria Vermelho. A exposição com o vídeo e as obras de parede foi inaugurada esta semana na galeria Andrea Rehder. Depois tem SP Arte Foto em agosto, e uma exposição de um prêmio de fotografia que fui premiado, mas ainda não posso divulgar.

    Fabiano Rodrigues na galeria Andrea Rehder
    Endereço: Avenida Brasil, 2079, São Paulo

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