O ilustrador britânico Jamie Edler mal saiu da faculdade e seu trabalho já começa a aparecer aqui e ali. Ele participou e venceu diversos prêmios de design e ilustração, como o New Designers, principal evento de design do Reino Unido, e o D&DA New Blood, plataforma que identifica e mostra o trabalho de jovens criativos.
Jamie foi influenciado por artistas asiáticos, tanto tradicionais quanto contemporâneos. Suas ilustrações parecem leves e bem humoradas, mas muitas vezes abordam assuntos difíceis. “Gosto de trabalhar com temas complicados, como a perda, e encontrar uma forma de mostra-los no meu trabalho que seja visualmente agradável, sem ignorar o tópico em si. Por exemplo, em uma série sobre doenças mentais, eu não evitei a raiz da questão, mas tentei faze-la mais manejável para alguém olhar. É provocador, mas não chocante”.
O resultado são desenhos que encantam pela estética com cores lavadas, muitas vezes com intervenções de letras orientais ou frases. Um de seus trabalhos bem bonitos é o The Merman’s Man, baseado na relação de um homem com o mar, praticamente uma poesia sobre a solidão.
Outro destaque fica por conta dos pôsteres de filmes que começou a criar ainda na faculdade como um de seus projetos finais, com foco no cinema asiático. “Acho que muito do que é feito lá é lindo e também mais lento”, diz em entrevista à Spindle Magazine. Assim, há diversos cartazes de filmes de Wong Kar Wai e também em longas de Wes Anderson.
Atualmente, está trabalhando em dois livros, um para adultos, sobre luto e perda, e outro para um público mais jovem, e também fazendo um zine baseado em histórias curtas que ele mesmo escreveu e dirigiu.
Um dos segredos do sucesso de Jamie, além de seu talento, é a produção contínua, seja ela feita por encomenda ou para exercício próprio. Ele cria ao menos um desenho por dia. E assim, consegue evoluir equilibrando liberdade e auto crítica. E uma dica valiosa veio de seus tempos de faculdade: “Acoisa mais valiosa que aprendi com meus orientadores foi acreditar no meu trabalho, ter orgulho do que faço. É muito fácil a gente entrar numas de comparar nossas coisas com as dos outros, mas hoje, seu eu olho e gosto do que faço, sei que estou no caminho certo”.
Veja mais imagens na galeria abaixo: