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    Guia FFW: Bangkok, a metrópole do reino
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    Guia FFW: Bangkok, a metrópole do reino
    POR Augusto Mariotti

    *Por Augusto Mariotti e Camila Silva

    É bem provável que, quando se pensa em Tailândia, as primeiras imagens que vêem à mente são de praias paradisíacas de areia branca e água cristalina de Pukhet e Phi Phi Island. Frutas, flores e um “quê” de misticismo, como se existisse ali um “Hawaii” do oriente, talvez. Já Hollywood  fez sua contribuição na construção de um imaginário, atualizando as lembranças deixadas por “Anna e o Rei” e substituindo por uma eletrizante e caótica Bangkok como pano de fundo para “Hangover II (Se Beber Não Case Parte II)”.

    Em meio à riqueza de cores e cheiros e à promessa inconfundível de sabores, a Tailândia se revela na beleza do seu cotidiano e no acolhimento sorridente de sua diversidade. Da global e pulsante capital Bangkok às paisagens contemplativas da vida no campo, em meio às extensas plantações de arroz, a profusão de templos onde budismo e hinduismo convivem em harmonia, tudo na Tailândia faz a gente entender o significado da Terra dos Homens Livres.

    um dos muitos templos de Bangkok e as fotos da família real

    O templo Wat Arun ao fundo e as fotos da família Real, em Bangkok / Augusto Mariotti

    É essa liberdade e exuberância que nos contagia e encanta em mercados que pulsam de vida e fartura nas ruas, avenidas, vielas dos centros urbanos. Reconhecida  como a melhor comida de rua do planeta, a gastronomia tailandesa – rica, farta, colorida e picante – ganhou o mundo.

    Nesta sequência de relatos de viagem, o FFW parte de Bangkok (que você lê aqui) e segue para o Norte do País para visitar Chiang Mai e Chiang Rai (na segunda parte do guia a ser publicado na próxima sexta-feita, 15.06). Nos afastamos das sedutoras ilhas da Tailândia para descobrir design, lifestyle e cultura jovem que emerge nas mesmas cidades onde se preservam os saberes ancestrais do Reino de Sião. A medicina oriental, as escolas de massagem, a tecelagem da seda tailandesa permeiam essas experiências onde também nos deparamos com artistas contemporâneos, designers, estilistas e chefs estrelados.

    Descobrir a Tailândia é desvelar camadas que nos aproximam, aqui e lá, do que há de melhor no lado de baixo do Equador, onde reza a lenda não existe pecado, mas um profundo respeito pelas diferenças. Um destino onde a gratidão é sincera e o sorriso é fácil e, se o repertório cultural parece exótico à primeira vista, o gesto simples e de coração nos abraça sem palavras.

    BANGKOK: A SELVA DE PEDRA DO REINO

    landscape de Bangkok e o trânsito caótico

    Uma das  grandes avenidas de Bangkok e seu trânsito caótico / Augusto Mariotti

    Como qualquer cidade cosmolita que cumpre papéis de centro econômico, político e cultural de uma região, Bangkok exige do visitante uma certa dose de energia e persistência para se mostrar em toda sua magnitude.

    Assim como acontece com São Paulo, Bangkok não entrega seu charme logo de cara. Não é o destino para cair de amores à primeira vista, mas aprender a gostar, curtir descobrir, se arriscar e garimpar. 

    Observar o skyline ao cair da noite provando algum drink caro em um dos muitos rooftops da cidade não é tão inebriante quanto se misturar aos tailandeses e às hordas de estrangeiros pelas linhas de metrô e BTS da cidade, cruzar avenidas, galerias suspensas, passarelas e praças que humanizam um pouco a dureza dos arranha-céus.  A metrópole onde você pode se locomover em balsas, lanchas, ônibus, táxis e tuk-tuks para ir de um cais de porto a um bairro industrial a uma chinatown a um edifício de arquitetura premiada, remete um pouco a um cenário Blade Runner. Ali, publicidade, fotos da família real, grafite, arquitetura moderna e prédios antigos cabem no mesmo frame do instagram. Não é surreal, é Bangkok.

    Para os dispostos a enfrentar o trânsito, o caos e o calor, a capital da Tailândia vai recompensar com prazeres da gastronomia – da incrível comida de rua aos melhores restaurantes da Ásia, segundo o guia Michelin; malls incríveis onde é possível encontrar o melhor do que existe de luxo e modernidade na Europa e nas Américas, associado às marcas emergentes que valem a pena descobrir na Ásia, indo muito além das barganhas e apropriações duvidosas de marcas populares como se vê nos mercados de rua.

    Se inovação, criatividade, arte e design surgem da juventude que muitas vezes tem migrado para longe das avenidas ruidosas de Bangkok, é nesta cidade que a cena moderna da Tailândia ganha reconhecimento, chancela e projeção internacional.

    O estilo vida real do tailandês. Foto: Augusto Mariotti

    O streetstyle vida real de Bangkok / Augusto Mariotti

    ONDE FICAR

    SO Sofitel Bangkok

    Apesar de ser um hotel internacional, é evidente a preocupação da rede em dar uma personalidade única ao SO Bangkok. O hotel adota o conceito de boutique e busca surpreender pelo design. Além de criar atrativos para o hóspede, que vão desde Spa Urbano, passando por pool party no último sábado de cada mês, até experiências gastronômicas únicas. Lá é possível fazer uma aula de pastisserie na chocolateria do primeiro piso ou reservar um “chef table” e ter um jantar servido na cozinha pelo chef executivo em um dos restaurantes do hotel. 

    A arquitetura e projeto de interiores foi desenvolvida seguindo um conceito de “árvore da vida” e cada conjunto de andares é dedicado a elementos da natureza – terra, água, madeira, metal e fogo. Os projetos são uma colaboração entre Cristian Lacroix e cinco designers tailandeses.

    bar no rooftop do SO Sofitel. Foto: Augusto Mariotti

    Vista noturna do rooftop do SO Sofitel Bangkok / Augusto Mariotti

    O hotel está localizado na esquina entre as ruas Sathorn e Rama IV tendo uma das frentes para o parque Lumpini. O parque está para Bangkok como o Ibirapuera para São Paulo. Foi um presente do rei para os tailandeses e é comum estar cheio por praticantes de esportes pela manhã e ao cair da noite.

    Como não poderia deixar de ser, o rooftop do hotel mantém um bar onde se pode apreciar uma vista panorâmica da cidade. 

    As diárias custam a partir de R$ 606.

    Mandarim Oriental

    Para uma viagem à Tailândia livre de qualquer restrição orçamentária, uma estadia no Mandarim Oriental promete todo luxo e conforto que se pode esperar da premiada e reconhecida bandeira. Em Bangkok, o suntuoso hotel está localizado às margens do rio Chao Phraya e mantém a excelente reputação que atrai estrelados hóspedes entre intelectuais e celebridades do mundo todo há mais de 140 anos. 

    Se a hospedagem não for uma escolha, ainda é possível aproveitar este ambiente clássico e desfrutar um pouco do padrão de hospitalidade Mandarim Orientar degustando um chá da tarde no suntuoso “Author’s Lounge”, nomeado em homenagem aos diversos escritores que já estiveram por lá. Existe menu com opções para o paladar ocidental, ou, um mergulho na autêntica Tailandia na opção Oriental Afternoon Tea Set. Reservas devem ser feitas com dois meses de antecedência da viagem.

    Diárias a partir de R$ 1.990.

    The Yard Hostel

    Quando o objetivo é gastar menos na hospedagem para investir mais na viagem, o The Yard Hostel pode ser a melhor opção em Bangkok. Foi eleito o melhor hostel da Tailândia e o 3º melhor da Ásia. Fica na região de Ari, há uma distância curta do BTS.

    Este hostel foi planejado sob um conceito de sustentabilidade, com tecnologias para economia de recursos naturais empregadas na construção. Há opções de quartos privativos, quartos para casais e quartos para grupos de até 4 pessoas viajando juntas. Além do esquema comum de hostel, uma gentileza do endereço é a guarda de bagagem por até dois meses para quem vai viajar por mais destinos na Ásia e quer sair de Bangkok mais leve.

    ONDE COMER & BEBER

    Gaggan

    Um dos 25 pratos "surpresa" do Gaggan. Foto: Augusto Mariotti

    Um dos 25 pratos “surpresa” do Gaggan / Augusto Mariotti

    O melhor restaurante da Ásia, segundo ranking da revista Restaurant, com duas estrelas no Guia Michelin, é criação do estrelado chef indiano Gaggan Anand. Aberto em 2010, o restaurante ganhou fama pela inventividade irreverente do chef que combina técnicas de gastronomia molecular,  alquimia de ingredientes e apresentações impecáveis servindo um menu degustação de 25 pratos, apresentado ao cliente por uma sequencia de emojis.

    Enquanto alguns dos ícones dão pistas sobre o que se vai provar em cada um dos pratos, a experiência passa por descobrir pelo paladar os meandros e detalhes de cada receita. Sem dúvida alguma, um jantar no Gaggan é um deleite para os sentidos. Livre-se de preconceitos e restrições, ao final do jantar é possível se surpreender por ter adorado algum ingrediente que, só de pensar a respeito, jamais provaria. Ao mesmo tempo, convém avisar na reserva a respeito de qualquer intolerância ou alergia alimentar, já que a presença de um ou outro ingrediente não é evidente.

    Reservar uma mesa com antecedência da viagem é fundamental, a disputa pelas poucas mesas do local geram esperas de meses. Vá sem pressa. É comum o jantar durar por volta de três horas. E prepare o bolso. Um lugar no melhor restaurante do continente tem seu preço, mas vale cada Bath investido.

    Nahm

    Na linha da alta gastronomia, o Nahm, situado no COMO Metropolitan Hotel, serve pratos tradicionais tailandeses preparados com muita sofisticação pelo chef australiano David Thompson, o que já o situa entre os destaques com uma estrela no Guia Michelin. O menu do dia é recomendado pela sua excelente relação custo benefício com a garantia de provar ingredientes impecavelmente selecionados para elevar os sabores da Tailândia.

    ERR

    O restaurante é apresentado pelo Guia Michelin como a “irmã descolada” do mais sofisticado Bo.Ian. Endereço recomendado para provar bons drinks e pratos tradicionais tailandeses. O ambiente descolado é uma composição bem sucedida de detalhes onde lanternas chinesas convivem com concreto.

    Eat Me

    Explorar a gastronomia em Bangkok não se resume a provar pratos típicos tailandeses. Como em qualquer metrópole global, é possível encontrar excelentes demonstrações da culinária internacional. O Eat Me é uma excelente opção para se deleitar com uma leitura contemporânea da culinária mediterrânea. Para o visitante ocidental, especialmente, ir ao Eat Me pode ser um conforto ao paladar, após muitas “aventuras” por temperos pouco-familiares e típicos do oriente.  O ambiente contemporâneo, minimalista e de muito bom gosto faz jus à cozinha impecável.

    Asiatique The Riverfront

    Não é um restaurante, mas um pier que reúne vários restaurantes de rede com comida tailandesa, chinesa, japonesa e restaurantes internacionais. Uma feirinha e roda gigante completam o passeio.  O local é bastante frequentado por adolescentes tailandeses e turistas. Vale para quem quer fazer um passeio despretensioso pelo rio Chao Phraya, ciente de que se trata da travessia de um rio em meio a um centro urbano. É possível ter acesso a balsa gratuita a partir do BTS (estação Sapham Taskim). Não cabe aqui a nenhuma expectativa romântica de calmaria e cenários bucólicos.  O rio não é tão limpo, por isso o passeio fica mais interessante à noite.

    Os restaurantes de rua de Chinatown

    "restaurantes"de rua em Chinatown são uma aventura à parte. Foto: Augusto Mariotti

    Os “restaurantes” de rua em Chinatown são um programa imperdível / Augusto Mariotti

    Uma parada quase obrigatória para quem quer descobrir porque a Tailândia conquistou a fama de servir a melhor comida de rua do mundo.  Se você já testou os restaurantes estrelados e outros locais mais badalados de Bangkok, há que se desprender de confortos e não se pergunte muito sobre limpeza e higienização da comida. Há que se confiar na tradição nestes momentos.

    Entregue-se à experiência. A profusão de tuk-tuks, táxis rosa e amarelos e muitas motos vão abrir caminho entre a multidão que circula à beira da via, tentando achar passagem depois que as calçadas são transformadas em restaurantes com mesas improvisadas entre as barracas que se espalham pelas vias principais e vielas.

    Lojas de conveniência serão os melhores lugares para pegar uma Singha, cerveja tradicional thai, bem gelada para acompanhar a refeição. Muitos lugares preparam pratos semelhantes, então a popularidade (espera/filas) bem como o tempo de existência da barraca serão os melhores indicadores para escolher onde provar pad thai, khao soi, omeletes, diferentes e deliciosas preparações de carne de porco ou pato, acompanhados de arroz ou ensopados com temperos thai e frutas, tudo por menos de 3 dólares. Assim como os brasileiros usam refogado de cebola e alho, o capim limão é uma constante na cozinha tailandesa. Quando a pimenta não predominar, o curry e o capim limão serão os destaques nos ensopados.

    ONDE COMPRAR

    Loja da Prada, no Central Embassy

    Loja da Prada, no Central Embassy interligado ao BTS por uma passarela / Augusto Mariotti

    Central Embassy

    Entre tantos shoppings, o Central Embassy esbanja uma extensa lista de marcas de luxo da Europa e América (Givenchy, Jil Sander, Alexander McQueen, Tom Ford só para citar algumas) com andares curados e dedicados à hobbies, homem, mulher, tecnologia, design, lifestyle, arquitetura e entretenimento passam a ser pontos altos de diferenciação. O shopping se destaca por aí. O edifício-statement é um marco arquitetônico na cidade, seu shape leva a forma de um infinito, o que traz ao interior uma sinuosidade interessante.

    O Central Embassy e suas curvas futuristas à esquerda. Foto: Augusto Mariotti

    O Central Embassy e suas curvas futuristas em forma do símbolo do infinito, à esquerda / Augusto Mariotti

    Toda a construção denota o cuidado com design, o edifício também abriga um hotel da rede Hilton e, para quem está de passagem pela cidade e não vai passar em ChinaTown ou pelos mercados noturnos, há um supermercado no primeiro subsolo com uma área de alimentação que reproduz, com um toque de design, as barracas de comida de rua, com uma variedade dos melhores pratos tailandeses que você certamente vai querer provar numa visita pelo país.

    Siam Discovery – the Exploratorium

    Vitrina da Fly Now no Siam Discovery. Foto: Augusto Mariotti

    Vitrine da Fly Now no Siam Center / Augusto Mariotti

    Acessível a partir do BTS (estação Siam) e conectado ao Siam Center e Siam Paragon, este mall propõe ao visitante explorar e descobrir marcas internacionais curadas e distribuídas pelos seus cinco andares, a partir de temáticas específicas. Cada andar é chamado de Lab sendo um dedicado à “ele”, outro à “ela” – nestes andares estão a maioria das ofertas de moda e acessórios, o passeio segue por “Digital Lab” com tudo o que há de mais novo em termos de gadgets,” Street lab” dedicado ao streetwear e “Creative Lab” onde se concentram os designers de objetos integram a proposta. A mistura de marcas com separações menos evidentes e engessadas entre as lojas tornam a visita mais agradável.  Um mix de serviços que vai de uma incubadora de startups à academia, além da curadoria bem focada em lifestyle, atrai um público jovem e antenado. A Comme Des Garçons tem sua loja lá e a multimarcas Club 21 também e reúne uma seleção de peças especiais de marcas favoritas do FFW, como Acne Studios, Off-White e Ami Paris.

    Uma dica: solicite um cartão de benefícios ao turista. No complexo Siam o cartão dá acesso a wi-fi livre,  lounge de serviços no Siam Paragon, 5% de desconto em lojas de departamento e descontos em lojas específicas que chegam a até 30% a depender da loja e valor total das compras.

    Siam Center

    O primeiro shopping da família Siam, figura entre os mais antigos de Bangkok e hoje concentra a maioria das marcas de moda de designers tailandeses. A loja da marca Fly Now merece um especial destaque para como a marca faz do visual merchadising uma ferramenta de storytelling do produto.  Fica claro que o universo de inspiração dos criadores está ali. Outras marcas locais a se prestar atenção são Greyhound Original (masculina) e a Wonder Anatomie.

    Siam Paragon

    Este é o endereço que concentra mais marcas de luxo entre os três malls interconectados do grupo Siam. De Louis Vuitton à Versace, Saint Laurent e Loewe. Uma variedade de marcas americanas e europeias ostentam grandes espaços, às vezes divididos em dois andares, num ambiente onde o tailandês encontra tudo o que se refere a luxo, de jóias à carros, Rolex, Cartier, Lamborguini, Ferrari, Land Rover e BMW. Mas não é apenas de objetos caros que se faz este mall, lojas de departamento como H&M, Zara e Uniqlo também estão lá.

    EmQuartier

    Inaugurado em 2015, este mall fica na Sukhunvit Road (estação Phrom Phong do BTS), nos arredores de bons restaurantes e bares de Bangkok que tem atraído a juventude da cidade.  Com design futurista, o EmQuartier é dividido em três áreas temáticas interconectadas por galerias e escadarias. São 400 lojas ocupando uma área de 4 mil metros quadrados onde é possível encontrar marcas de moda, luxo e também designers tailandeses.  Uma das três áreas, Helix Quartier, reserva os últimos andares e rooftop do complexo para 40 restaurantes onde se encontra uma variedade de gastronomia tailandesa, japonesa e bistrôs europeus.

    O shopping é conectado ao mais tradicional Emporium (shopping de 6 andares do mesmo grupo) logo em frente, do lado oposto da avenida. Por lá você encontrará as lojas da Louis Vuitton, Alexander Wang, Gucci, Proenza Schouler, Miu Miu, Balenciaga, Céline e a japonesa A Bathing Ape.

    Vitrine da Vetements na Club 21. Foto: Augusto Mariotti

    Vitrine da Vetements na Club 21. Foto: Augusto Mariotti

    MBK

    Na Tailândia, pechinchar e buscar barganhas é algo comum nos mercados de rua. Mas este é um endereço-chave para isso. Cuidado com as falsificações, elas estão por toda parte no MBK. Mas ali também é um endereço para encontrar souvenirs, itens curiosos e eletrônicos. É acessível pela linha do BLT (estação Siam Square).

    Dica: todo turista tem direito a Tax Free de 7% de retorno sobre as compras feitas no país.

    Mercados Noturnos

    Chiang Chui, ou Plane Market ganhou este apelido porque mantém, literalmente, um avião no centro do seu espaço. Ele foi todo construído com materiais de reuso, adotando o conceito de que “nada é inútil”, uma preocupação para aumentar o tempo de vida de qualquer tipo de material, para uma vida mais sustentável. Criado em junho de 2017, tem entre seus fundadores o dono da marca de moda Fly Now, uma das que se destaca na cena contemporânea de Bangkok. Este tornou-se um espaço onde a nova geração de artistas e designers pode mostrar seu trabalho e por isso é um destino que concentra a geração que ainda está despontando. Galeria de arte, cinema, restaurantes, incluindo opções exóticas que servem insetos, cafés, casa de chá, comida de rua, lojas criativas e exclusivas, são atrativos que completam a cena em torno do avião que está estacionado ali. Este mercado fica no distrito de Thonburi, grande Bangkok.

    460/8 Sirindhorn Road, Bang Phlat District, Bangkok.

    Chatuchak Weekend Market

    Para visitar o maior mercado da Tailândia é preciso estar em Bangkok durante o fim de semana. O acesso para o público geral é somente aos sábados e domingos das 9h às 18h e é preciso estar preparado para enfrentar o calor e a multidão. Para um passeio mais planejado será útil ter um mapa do mercado, já que ele concentra 8 mil estandes divididos em 27 seções e 11 categorias de produtos entre roupas, acessórios, tecidos, livros, disco e até massagem

    O QUE FAZER

    Templos e tradição

    telhados listrados no templo Wat Pho. Foto: Augusto Mariotti

    Telhados listrados do templo Wat Pho. Foto: Augusto Mariotti

    Wat Pho

    O templo do Budha deitado é conhecido assim por conta da estátua do Budha de 46 metros de comprimento que ocupa uma das salas. Figura entre as imagens emblemáticas de quem visita templos de Bangkok. Programar a visita nas primeiras horas é interessante para quem quer encontrar a atmosfera mais contemplativa do templo. Por ser muito conhecido, Wat Pho é cheio de grupos de turistas e ver de perto a grande estátua do Budha exige andar em fila com muita gente conversando e fotografando ao mesmo tempo.

    Sequência de Budhas. Foto: Augusto Mariotti

    Sequência de Budhas. Foto: Augusto Mariotti

    Fora das salas de orações, observe as inscrições nas paredes. A origem da medicina tradicional oriental está ali registrada. Aliás, Wat Pho é a mais tradicional escola de massagem tailandesa. É possível agendar massagens no local, ou solicitar que um aluno do templo o atenda no hotel.

    Wat Arun

    detalhe do templo Wat Arun. Foto: Augusto Mariotti

    detalhe do templo Wat Arun. Foto: Augusto Mariotti

    O templo do amanhecer fica na outra margem do rio, na mesma direção de Wat Pho, vale visitar os dois templos, um na sequência do outro. Foi construído no século 19, ornamentado com porcelanas reutilizando uma carga de porcelanas chinesas que haviam sido quebradas no transporte em navio. Diferente do vermelho e amarelo característicos dos demais templos na cidade, Wat Arun é predominantemente branco, muito claro, até difícil de ser admirado próximo do meio dia com sol a pino. Prefira as primeiras horas da manhã ou o cair da tarde para a visita. Fica aberto até 17h30.

    Grand Palace

    Construído em 1782, foi por 150 anos a Residência Oficial da Realeza e, por isso, um endereço tão marcante de tradição tailandesa. A reverência a tudo o que se refere à família real – história, legado e momento atual – é algo muito expressivo no tailandês. O templo que fica dentro do palácio ´- Wat Pra Kaew , guarda a estátua do Budha de esmeralda, chamado assim por conta da coloração. Trata-se de  uma imagem do Budha sentado verde esculpida em pedra de Jade.

    ARTE E CENA JOVEM

    Bangkok Art Centre

    Centro de Arte Contemporãnea fica nos arredores da Siam Square, é acessível pelo BTS (estação Siam Square) e é fácil esticar a visita com compras nos malls Siam ou pechinchas no MBK. A arquitetura interessante, com rampas sinuosas que conectam os andares vão te levar por diferentes exposições temporárias. Um bom lugar para descobrir a cena local de arte contemporânea, bem como outros artistas de vizinhos asiáticos que estejam ganhando atenção.

    A loja do museu também é atrativa para quem busca design e objetos colecionáveis, só não vale esperar pela média de preços dos mercados de rua.

    A região de Sukhumvit

    Este bairro de Bangkok concentra uma série de restaurantes, bares e cantinhos interessantes. Por isso atrai muitos jovens na cidade. Não é fácil entender Bangkok à primeira vista, mas se sentir disposto a circular pelas ruas e ser surpreendido por descobertas charmosas e inesperadas, este é o lugar para circular. Evite o meio do dia quando o calor pode incomodar demais e interromper o passeio. Bons lugares para conhecer são a pequena livraria Dasa Book e a loja de objetos de casa e café Near Equal, próximos ao EmQuartier.

    PARA RELAXAR

    The Treasure Spa at Siam Square

    Visitar a Tailândia e não experimentar massagem é algo perto do impossível tamanha é a oferta. Todos os formatos, todos os espaços, desde espreguiçadeiras enfileiradas frente a Hostels e bares, nos arredores dos mercados noturnos, passando pelas ofertas do hotel, até luxuosos Spas. Em Bangkok, achamos que o The Treasure oferece a combinação perfeita de ambiente, charme, qualidade e preço. Por cerca de 600 bath é possível aproveitar 60 minutos de massagem com mimos e cuidados como roupas confortáveis e um delicioso chá no começo e final do ritual.

    O endereço em Siam Square fica ao lado de um Hard Rock Café, mas basta um lance de escadas até a primeira sala para se esquecer que está em uma cidade tão agitada quanto Bangkok.

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