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    A calça nunca mente: O guia definitivo do jeans

    Do jeans bootcut de Kendrick Lamar no Super Bowl aos cortes mais ajustados, o denim segue como termômetro cultural. Mas qual modelagem escolher?

    A calça nunca mente: O guia definitivo do jeans

    Do jeans bootcut de Kendrick Lamar no Super Bowl aos cortes mais ajustados, o denim segue como termômetro cultural. Mas qual modelagem escolher?

    POR Laura Budin

    Não foi só de indiretas afiadas para Drake e de uma performance política intensa que Kendrick Lamar fez história no Super Bowl. Entre versos ácidos e uma presença de palco impecável, o rapper cravou mais um statement – desta vez, no universo do denim.

    Vestindo um par de jeans bootcut da Celine, Lamar acendeu o debate: estaria o corte pronto para sair do limbo e finalmente conquistar os homens? Se depender de Hollywood, sim. O modelo até aparece em ‘‘A Complete Unknown’’, cinebiografia de Bob Dylan, onde descobrimos que o próprio Dylan já customizava seus 501s para caberem sobre as botas muito antes da Levi’s oficializar a tendência nos anos 1960. Mas será que os homens, conhecidos por sua resistência a trends de calça, vão realmente aderir ao movimento?

    Enquanto os números mostram que o reinado das calças largas ainda resiste, a moda já ensaia um retorno aos cortes mais ajustados. Entre idas e vindas, uma coisa é certa: jeans sempre será um termômetro cultural. Do skinny rockstar ao baggy nostálgico, cada era tem o seu shape dominante.

    E quer você esteja pronto ou não, um bom jeans é essencial. E para navegar nessa selva de cortes e modelagens, a FFW preparou um guia definitivo para entender o que cada um deles representa. Escolha seu time ou simplesmente experimente todos.

    Skinny

    Amado e odiado na mesma intensidade, o skinny jeans é aquele que cola nas pernas do quadril ao tornozelo, entregando um visual justo e alongado. Popularizado nos anos 2000 pelas bandas de indie rock, o corte tem raízes na alfaiataria do século XIX, mas ganhou status fashion com o movimento punk dos anos 1970 e mais tarde com os desfile de Hedi Slimane para a Dior. Dos Strokes a Kate Moss, a calça skinny foi símbolo de rebeldia antes de virar uniforme dos millennials. Agora, entre cancelamentos e retornos tímidos, segue vivendo seu eterno ciclo de amor e desafeto na moda.

    Corte Reto

    O jeans mais democrático que existe? Provavelmente. Com modelagem linear da cintura à barra, o corte reto sobreviveu a todas as tendências. O corte dominou os anos 1990 e tem uma herança forte do clássico Levi’s 501, atemporal e funcional.

    Bootcut

    A prova de que um detalhe pode mudar tudo, o bootcut tem um ajuste sutil nas coxas e uma abertura estratégica na barra para acomodar botas – daí o nome. Nos anos 1970, ele era quase um primo discreto da calça flare, queridinha da era disco. Depois, ressurgiu nos anos 2000, em versões de cintura baixa que flertavam com a estética country-chic. Hoje, faz um retorno mais contido, mas segue sendo a aposta certeira para quem quer equilíbrio entre o justo e o solto.

    Flare

    Se os anos 1970 tivessem um uniforme, ele certamente incluía uma boa calça flare. Ajustada na cintura e nas coxas, com uma barra ampla que quase dança ao caminhar, a modelagem nasceu das calças de marinheiros no século XIX e foi ressignificada pelo movimento hippie. Janis Joplin usava, Cher imortalizou, e nos anos 2000 ela voltou com força na era do boho-chic. Hoje, é sinônimo de sofisticação descomplicada, equilibrando silhuetas e alongando pernas sem esforço.

    Wide-Leg

    Conforto, fluidez e uma silhueta impactante – o wide-leg é o corte perfeito para quem quer liberdade sem perder a presença. Ele surgiu nos anos 1930 e teve um boom nos anos 1990 e 2000 com o streetwear e a estética skater. Com pernas largas e cintura ajustada, entrega um visual mais relaxado e tem a versatilidade de passear entre o casual e o sofisticado.

    Baggy

    Maximalismo puro. O baggy jeans nasceu nos anos 1980 com influência do hip-hop, ganhou o mundo nos anos 1990 e foi o favorito de skatistas, rappers e adolescentes que queriam fugir da estética engomada. Seu shape exageradamente largo e confortável era uma resposta à rebeldia da época – e continua sendo. Agora, ele ressurge com styling mais refinado, mas ainda é a escolha para os que querem uma silhueta mais rebelde.

    Mom Jeans

    O jeans vintage por excelência. O mom jeans, com cintura alta, quadril soltinho e pernas retas, é um clássico dos anos 1980 e 1990, imortalizado pelas mães da época e por divas como Cindy Crawford. A modelagem, antes vista como ‘‘cafona’’, ressurgiu com a febre do normcore e virou sinônimo de alguém effortless cool nos anos 2010. Hoje, ele prova que, sim, as mães sempre estiveram certas quando o assunto é conforto com estilo.

    Capri

    Uma calça, várias histórias. O capri jeans nasceu nos anos 1950 pelas mãos da estilista Sonja de Lennart e virou febre graças a ícones como Audrey Hepburn e Brigitte Bardot. Com comprimento na altura da panturrilha, ele equilibra frescor e sofisticação e volta e meia ressurge na moda – seja na vibe preppy dos anos 2000 ou na estética minimalista atual.

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