A Copa do Mundo Feminina e a Moda na Seleção BRASILEIRA
Do primeiro uniforme em alfaiataria feito sob medida à tradicional camisa amarela (agora sem as estrelas)
A Copa do Mundo Feminina e a Moda na Seleção BRASILEIRA
Do primeiro uniforme em alfaiataria feito sob medida à tradicional camisa amarela (agora sem as estrelas)
A Copa do Mundo de futebol feminino 2023 começou hoje (20.07) e tem como sede a Austrália e a Nova Zelândia. Ao todo, 32 seleções estarão em campo em busca do título da maior competição de futebol feminino do planeta. A seleção brasileira, que estreia na segunda (24/07) leva nomes importantes para tentar a façanha – nunca antes conseguida na modalidade feminina: Debinha, Tamires, Kerolin e a rainha Marta foram algumas das convocadas.
Pela primeira vez na história, as jogadoras tiveram um uniforme de alfaiataria feito sob medida para a apresentação oficial. Quem assinou as peças foi a Animale e as atletas participaram ativamente das escolhas que culminaram num conjunto em um tom pastel de azul. A coleção envolve uma parceria com o projeto social Pretas em Campo, da ONG Empodera, para levar o futebol a 120 meninas e jovens mulheres negras em situação de vulnerabilidade social no Rio de Janeiro. Além disso, os lenços utilizados como acessório pelas jogadoras fazem parte do compromisso Aterro Zero que a marca assumiu até 2030, que promete o reaproveitar os resíduos têxteis destinando-os de forma correta, evitando o desperdício.
Já dentro de campo, a tão tradicional camisa amarela trará referências à floresta Amazônica, carregando lemas da biodiversidade nacional numa coleção que Nike chamou de Mãe Natureza. Com inspiração nas folhas do Buriti, do Jaci e da Jarina, a estampa de folhagem tropical exibe detalhes em verde na barra das mangas e na gola, e shorts azuis com numeração em verde. O segundo uniforme também segue a mesma linha, trazendo referências a um “azul supremo”, com as folhas tropicais da estampa concentradas manga. A novidade é que o brasão não virá acompanhado das tradicionais cinco estrelas. O motivo? As jogadoras querem escrever a própria história, se desassociando do pentacampeonato masculino.
E não é só a amarelinha que traz o peso da seleção. A jogadora Marta, eleita seis vezes a melhor do mundo pela Fifa e maior artilheira da história dos Mundiais (masculino e feminino, ok?), joga a sua última Copa. A camisa 10 é a prova viva de que futebol e moda podem andar juntos: ela acaba de lançar sua marca de roupa, a Go Equal, para incentivar mulheres no esporte. Em parceria com a Centauro, a Go Equal foi criada para dar continuidade ao seu legado no esporte e incentivar que cada vez mais mulheres tenham espaço nos jogos.
A primeira coleção da marca de roupas esportivas será comercializada no site e aplicativo da Centauro e no site do Studio78. Os itens que poderão ser encontrados vão de peças de atividade física à moda casual. “A história por trás da marca Go Equal é verdadeira, genuína (realmente aconteceu) e hoje tem um grande poder, em escala, de promover a necessidade de maior igualdade de gênero no esporte”, afirma a jogadora.
Já tendo protagonizado momentos icônicos com outras marcas, como quando utilizava cores de batom diferentes em cada jogo pela Seleção na última Copa, em parceria com a Avon, Marta prova que a moda e a beleza se relacionam com o esporte de diversas maneiras.