Cinebiografia dos Beatles indica o novo padrão de Hollywood
Que carrega padrões do passado, mas tenta se conectar com o presente.

Cinebiografia dos Beatles indica o novo padrão de Hollywood
Que carrega padrões do passado, mas tenta se conectar com o presente.
Aconteceu hoje (01.04) o anúncio do casting da aguardada cinebiografia dos Beatles, com: Harris Dickinson como John Lennon, Barry Keoghan será Ringo Starr, Joseph Quinn como George Harrison e Paul Mescal… Paul McCartney. As quatro produções serão lançadas apenas em abril de 2028 e ilustram algo que há tempos vem se formando. Caminhamos para a formação do novo ideal de galã em Hollywood? Você já deve ter reparado. E, sim, antes de iniciarmos a discussão: todos eles são brancos – afinal, num momento em que a diversidade vai se diluindo, nada mais óbvio do que isso também se refletir no cinema mainstream, não é mesmo?
Em um artigo recente da New York Magazine, um rápido comparativo entre a nova geração de atores com os nomes que definiram o ideal de beleza nas telas dos anos 1990, como Brad Pitt e Leonardo DiCaprio. Quem seriam eles? Harris Dickinson, que tem no currículo “Triângulo da Tristeza” e se tornou trending topic com “Babygirl”; e, ainda, uma lista que inclui Paul Mescal, Josh O’Connor, Timothée Chalamet e Drew Starkey – sendo esse último mais sexy oriented se comparado com os anteriores.
Se nos anos 1950, James Dean e Marlon Brando impunham a imagem mor de virilidade, nos anos 2000 Tom Hardy, Christian Bale e até mesmo Ryan Gosling simbolizam essa beleza máscula, envolvente e clássica, já que refletiam todos os estereótipos que Hollywood tanto gosta, alimenta e reformula de tempos em tempos. Porém, quando Josh ou Timothée passam a ocupar um pódio, as coisas ficam um tanto curiosas.
Em Anora, o russo Mark Eydelshteyn desponta como outro símbolo deste novo padrão (?), o franco-canadense Vassili Schneider, também é outro rosto em destaque… Um estudo recente feito pela PLOS One e pela University of St Andrews da Escócia, revelou algo curioso: homens e mulheres possuem uma leitura um tanto deturpada quanto aos padrões que impressionam o sexo oposto. Será que isso nos ajuda a entender o porquê desse sucesso de atores magrelos e com cara de bom moço? Sem contar a popularização do termo ‘twink‘, antes limitado ao dialeto gay e agora cada vez mais pop para se referir a figuras magricelas e jovens. Existe um novo padrão ou ele só tem novas camadas?