Após o sucesso de “Indigo Borboleta Anil”, Liniker lançou em agosto o novo álbum “Caju”, um projeto que mostra uma sonoridade madura a uma identidade visual marcante que reflete uma estética vibrante e sensorial, com o caju como símbolo central de afeto, brasilidade e resistência. O projeto visual foi pensado para traduzir as emoções e histórias do álbum em imagens num trabalho conjunto entre a diretora criativa Poliana Feulo, a stylist Caroline Passos e o time visual da Puritana.co. A capa do álbum, fotografada por Caroline Lima, é descrita como um convite para uma jornada emocional. A direção criativa equilibra referências tendo o sol como símbolo central, evocando calor, vitalidade e conexão.

As escolhas de marcas reforçam a conexão com o Brasil atual: Another Place, Lucas Leão, Apartamento 03, João Ribeiro Ateliê e Michelly X foram adaptadas para o palco, combinando estética e mobilidade. Além disso, acessórios como colares personalizados pela Use Joias e itens da Swarovski adicionam sofisticação ao visual.

O conceito por Trás do figurino “Caju”

Segundo Caroline Passos, stylist de Liniker, o visual do álbum reflete a segurança e autenticidade da artista. A construção do conceito foi baseada em alfaiataria, texturas orgânicas e elementos do street style contemporâneo.  O álbum foi pensado como um “sol interno”, traduzindo em imagem a atmosfera quente, íntima e vibrante de suas músicas. Esse conceito guiou a escolha das roupas, que combinam peças delicadas com proporções ousadas, alinhadas à busca por expressão pessoal e liberdade.  

Como o styling reflete as emoções transmitidas pelo álbum

“O styling é uma extensão das emoções do álbum. Por exemplo, as camisetas usadas no clipe de Tudo têm frases escritas por Liniker, trazendo sua poesia para o figurino. Isso cria uma conexão jovem e autêntica, alinhada ao tema do disco: força, vulnerabilidade e auto expressão.”

Equilibrio entre impacto visual, conforto e autenticidade

“Conforto foi uma prioridade. Adaptamos peças com mobilidade para palco e organizamos os figurinos em atos, respeitando o que Liniker gosta e se sente bem. A customização foi crucial para alcançar esse equilíbrio.”

O styling como tradutor da vulnerabilidade explorada no álbum 

“A vulnerabilidade está na liberdade de Liniker usar qualquer coisa, de roupas reveladoras a peças mais cobertas, sempre com confiança. É sobre como a roupa reflete o sentimento íntimo dela”.

A seguir, o time criativo e visual da Puritana.Co conta ao FFW mais detalhes do processo criativo por trás do visual de Caju.

Como o conceito do “Caju” foi traduzido para as cores, texturas e elementos gráficos  

Partindo do desejo e promessa de Caju de ser um sol interno, como a Liniker recita na última faixa do álbum “tomara que seja um dia de sol, e se houver neblina, que eu seja um sol interno”, trouxemos para a identidade do álbum essa sensação de intimidade com o Sol, ao ponto que esse desejo e essa afinidade seja tão grande e possível quanto inevitável. Dentro de alguns estudos, nos chamou bastante atenção uma pesquisa que fala sobre as cores do sol que são invisíveis ao olho humano, desenvolvida pela NASA. Foi uma grande fonte de inspiração para tornar isso possível e potente.

Como vocês trabalharam para unir a musicalidade de Liniker com uma representação visual que também é artística?

O álbum por si só já nos direciona para algo mais artístico, mais sensorial. A imersão e as trocas tanto com a Liniker quanto com outros profissionais imersos no projeto foi um fator predominante pra que fosse possível uma leitura tão precisa.

As escolhas de cor e tipografia refletem algum tema específico do álbum?

As cores principais do disco tem influência direta ao sol e até mesmo a fruta Caju. Cores quentes, como vermelho, rosa e amarelo. O turning point é o uso de cores específicas por faixas que convidam para uma experiência sensorial que ativam sensações no público faixa-a-faixa para sentir as vertentes de um dia de sol eterno.