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    Skinny x wide legs: uma preferência geracional?

    Se a calça skinny dominou os anos 2000, a geração Z parece preferir o conforto das calças mais largas.

    Skinny x wide legs: uma preferência geracional?

    Se a calça skinny dominou os anos 2000, a geração Z parece preferir o conforto das calças mais largas.

    POR Vinicius Alencar

    Nos anos 2000, a calça skinny era onipresente: nos shows de bandas como Arctic Monkeys e Cansei de Ser Sexy e também no corpo dos fashionistas – sejam os outsiders que amavam Raf Simons ou pela estética que Slimane imprimia na Dior Homme. 

    A skinny justíssima e zero democrática era objeto de adoração incontestável, no cenário indie e também no mundo pop – toda celeb era clicada nas ruas (lembra do Just Jared?) e, muitas vezes, no red carpet (!) com suas versões bem surradas, outras com aplicações de strass e algumas com lavagens malucas, mas o efeito tipo “à vácuo” era obrigatório.

    De uns anos pra cá, ela foi perdendo o apelo de novidade, virou um ícone millennial. Em contrapartida, com a crescente influência do streetwear, as wide legs começaram a aparecer em todos os cantos e se tornaram uniformes da Gen Z – quanto mais largas, melhor… Se for a versão cargo, melhor ainda! Tendo isso em mente, a repórter Laura Budin e o editor de moda Vinicius Alencar, do FFW dão suas diferentes perspectivas.

    Paris Hilton e Amy Winehouse
    nos anos 2000 e a preferência
    pela calça skinny

     

    Vinicius Alencar, 34 anos. 

    Quando eu tinha 18 anos, em um passado não muito recente, a skinny era algo que existia nas revistas e editoriais internacionais e quase inexistente na vida real. Em 2008 e 2009, para ter uma skinny de verdade-verdadeira bem Dior Homme by Slimane, o jeito era pedir para uma costureira de bairro ou para avó de um amigo com dons de costura – obrigado Vike. 

    Os ajustes caseiros desafiavam os limites da modelagem, muitas vezes nem passavam pelos pés direito, ou era comum a gente ouvir um barulho esgarçando/descosturando quando vestiamos à força e sem muito cuidado. Depois lembro que Cavalera tinha as skinny dos sonhos – inclusive em versões coloridas pras então new ravers. 

    Os anos se passaram, a skinny perdeu o brilho (mas, calma, não perdeu adeptos) e continua sendo vista pelas ruas – mesmo sob o olhar de deboche e descaso das novas gerações. Confesso que a skinny-skinny eu nunca mais usei, mas me marcou de tal forma que das poucas calças que tenho, todas, todas possuem corte reto. Influência ou trauma? Deixo com vocês! 

    Laura Budin, 22 anos

    Streetstyle: wide legs parecem
    ser as favoritas da nova geração

    Desde a minha pré-adolescência, ali pelos 13 e 14 anos, eu fui grande consumidora do Tumblr. E apesar de ser de outra geração – aquela que foge das skinny jeans à todo custo – meu principal material de consumo, naquela época, eram as modelos da Victoria’s Secret e influencers – que hojes consideramos celebridades – como Hailey Bieber, Kylie Jenner e entre outros nomes pop e elas amavam skinny jeans.

    Acho que minha visão foi muito moldada pelos padrões do que era feminino para época, ou seja, um corpo moldado e aparente. E apesar das minhas pernas finas que me deixavam muito desconfortável, a calça skinny era o que me diziam que era bonito. Com o tempo, minha visão sobre feminilidade mudou. Lembro da primeira vez que coloquei uma baggy jeans – eram emprestadas da minha mãe, dois ou três números maior que meu tamanho – foi a primeira vez que minhas pernas não me incomodaram mais.

    Acredito que hoje seja difícil eu voltar a usar skinny jeans, eu realmente amo usar calças mais largas e confortáveis – na verdade, até gosto quando me sinto mais masculina. Mas não posso ter certeza de nada, disse que nunca usaria calças de cós-baixo, mas desde o ano passado, elas têm sido minha obsessão.

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