Você está cuidando de sua saúde social?
Manter ou criar laços de amizade nunca foi tão desafiador; o isolamento abre espaço para condições como depressão e demência. Pode ser hora de colocar os “músculos sociais” em movimento.
Você está cuidando de sua saúde social?
Manter ou criar laços de amizade nunca foi tão desafiador; o isolamento abre espaço para condições como depressão e demência. Pode ser hora de colocar os “músculos sociais” em movimento.
Possivelmente você deve ter se deparado com um dos últimos vídeos virais de Drauzio Varella, em que o médico nos alerta sobre as amizades de “baixa manutenção”, sendo elas um indicativo não tão saudável para nossas relações.
No SXSW deste ano, Kasley Killam, uma das principais especialistas em saúde social e autora do premiado de “The Art and Science of Connection: Why Social Health is the Missing Key to Living Longer, Healthy, and Happier” estendeu e aprofundou o mesmo tópico: precisamos aprender a cultivar amizades para não seguir os passos das gerações anteriores.
Ambos apontam a epidemia da solidão como a próxima grande enfermidade de nossos tempos. Segundo Kasley, a nossa convivência com a IA já mostra essa facilidade em criar conexões virtuais em comparação às relações reais.
A geração que cresceu romantizando o trabalho e a ascensão social começou a dar os primeiros indícios ao se deparar com dificuldades de fazer amigos na vida adulta. Se na infância e adolescência isso soa natural por conta do convívio escolar, com o passar dos anos isso foi se transformando.
Outro ponto importante: as redes sociais que, supostamente, nasceram com o propósito de conectar pessoas e fortalecer relações, também já não cumprem mais esse papel. Segundo a BBC, a pandemia, o trabalho home office e a falta de tempo são os três fatores fundamentais para aumentar essa sensação de dificuldade.
São necessárias cerca de 50 horas de contato para transformar meros conhecidos em amigos casuais, mas quando se fala em criar elos mais profundos e intimidade isso pula para mais de 200 horas – afirma um artigo da The Conversation. Para Drauzio, a ausência de convivência com pessoas que confiamos gera ansiedade ou medo, mas também impacta diretamente o sistema cognitivo resultando em doenças como demência.