Um novo sistema de rastreio que avalia o impacto ambiental dos produtos de beleza; a participação de uma marca brasileira na última edição da COP; dados sobre as vendas na Black Friday e muito mais: confira as notícias relacionadas ao mercado da beleza em novembro e dezembro. 

1- setor de cosméticos e higiene pessoal registra aumento de 22% nas vendas durante a Black Friday  

Na última Black Friday – que aconteceu na sexta-feira, 25 de novembro – os brasileiros aproveitaram para estocar o armário do banheiro com itens de higiene e beleza. Prova disso é que esses setores apresentaram um aumento de 22,2% nas vendas em comparação ao mesmo período em 2021. O dado faz parte do Índice Cielo de Varejo Ampliado (ICVA), produzido e divulgado pela Cielo. Apesar da Black Friday ser celebrada apenas na última sexta-feira de outubro, muitos varejistas aproveitaram para estender os descontos até a segunda-feira seguinte, conhecida como Cyber Monday. 

Em relação a 2021, a Black Friday teve vendas 21,1% maiores no varejo online, e 5,4% maiores no varejo físico brasileiro. O segmento que teve a maior alta de vendas foi o de setor de drogarias e farmácias (+25,9%), seguido por turismo e transporte (+25,1%) e por cosméticos e higiene pessoal (+22,2%).

Foto: Sephora Australia / Getty Images

Foto: Sephora Australia / Getty Images

2- L’Oreal anuncia novo sistema de rotulagem para seus produtos que INFORMA os impactos ambientais da cadeia de produção

A iniciativa da gigante de cosméticos, lançada no início do mês nos Estados Unidos, foi batizada de Product Impact Labeling System (Sistema de Etiquetagem do Impacto do Produto) e oferece informações sobre o impacto ambiental da cadeia de produção de todos os produtos produzidos pela L’Oreal. Através desse sistema, também será possível comparar o impacto de diferentes produtos da empresa pertencentes à uma mesma categoria, o que poderá auxiliar o consumidor no processo de decisão de compra. A avaliação atribui a cada produto uma nota, colocando-o em um ranking de impacto que considera 14 fatores ambientais, tais como emissões de gases do efeito estufa, consumo de água e impacto na biodiversidade. 

Sobre a decisão de criar o sistema, a chefe de sustentabilidade da L’Oreal North America, Marissa Paganini, afirmou: “Os consumidores estão cada vez mais interessados nas atividades e impactos da produção dos bens de consumo, e buscam estar ativamente envolvidos nesse processo. Se você perguntar, ao se deparar com dois produtos com o mesmo preço e diferentes impactos ambientais, a maioria das pessoas certamente irá preferir a opção mais sustentável. Mas até hoje, era difícil obter informações confiáveis, auditadas, testadas e baseadas em ciência sobre esse processo, para que eles tomassem uma decisão bem informada”.

3- COP27: OS APRENDIZADOS PARA as MARCAS DE BELEZA REGISTRADOS PELO GRUPO LACES  

​Depois de dias de trocas e muito aprendizado, integrantes do Grupo Laces and Hair voltaram ao Brasil e compartilharam suas experiências na 27ª edição da Conferência Climática da ONU (COP) durante um almoço especial para a imprensa, realizado em São Paulo no dia 6 de dezembro.

Para a fundadora do Laces, Cris Dios, a ida à Convenção Climática foi um evento que ficará marcado na história da empresa. “O grupo Laces se vê no papel de trazer as discussões e práticas sustentáveis para a realidade do setor privado. Nossas palestras na COP 27 abordaram temas como a construção de ecossistemas ecologicamente corretos para empresas, implementação de ESG para negócios locais e acessibilidade a soluções ambientais para empresas de pequeno e médio porte – todos quesitos que já praticamos no Grupo Laces há 35 anos.”

​Na companhia de outras organizações brasileiras, Cris participou de um painel sobre os avanços sustentáveis da indústria de moda e beleza. Na companhia de Hugo Cechetto, head de experiência digital do Laces, a empresária explicou como funciona o compromisso com o consumo consciente do salão de beleza mais sustentável do país. Além disso, também compartilhou os planos de como pretende reduzir o impacto climático nos próximos anos.​

Ainda no mesmo dia, o grupo Laces participou de outra palestra, onde dividiu o palco com representantes de iniciativas da indústria de carbono, de energia e do setor portuário. Neste painel, a empresa apresentou o projeto Bioma, por onde busca profissionalizar o mercado de beleza sustentável e desenvolver comunidades dentro da agenda ambiental e social. 

4- CONSULTORA GLOBAL DE TENDÊNCIAS APONTA PARA POTENCIAL DE CONSUMO INEXPLORADO DA GERAÇÃO X  

A WGSN – autoridade global em previsão de tendências de consumo – vem destacando em seus relatórios o enorme potencial de consumo da Geração X (pessoas nascidas entre 1965 e 1981) que ainda é pouco explorado pelas marcas de beleza e bem-estar. Segundo a empresa, embora menor em números, a Geração X supera de forma significativa todas as outras gerações em volume de gastos, ultrapassando em +18% os jovens da Geração Z. 

Com o aumento de 50% em patrimônio líquido nos últimos dois anos, a Geração X – também conhecida como “geração esquecida” – tem a oportunidade de assumir os holofotes entre as marcas de beleza. Produtos com foco em temas como menopausa e seus efeitos colaterais, maquiagens e de bem-estar sexual para mulheres maduras ainda são pouco explorados mundialmente e apresentam uma oportunidade de USD 22 bilhões de dólares anuais. 

“O impacto e as mudanças do envelhecimento da mulher não costumam ser temas amplamente discutidos. O preconceito ainda existe em torno dessa mudança monumental, com pessoas que a vivenciam se sentindo invisíveis” afirma a empresa. 

Stacey London, autora e stylist americana / foto Forbes US

5- empresa brasileira desenvolve tecnologia inovadora para tratamento de cabelos danificados

O cabelo está conectado a todos os aspectos da nossa vida. Quando ele está quebradiço, com frizz, sem brilho, com toque áspero ou ainda menos espesso, acende um sinal de alerta. E uma pergunta comum que fazemos nesses casos é: Qual é o tratamento capilar mais adequado? 

Assim como nossas células, o fio também apresenta seu próprio “código genético” e, ao decodificá-lo, conseguimos diagnosticar o problema.   

Um novo tratamento, que possui embasamento científico e está presente em mais de 250 clínicas pelo Brasil, promete reduzir verdadeiramente os danos causados tanto por procedimentos químicos, como descolorações, alisamentos ou ferramentas térmicas, quanto por agentes externos, como poluição e raios solares. 

Trata-se do sistema HAPI (Hair Analyzer Protein Index) que analisa precisamente a perda proteica existente em cada fio, e foi desenvolvido pela empresa brasileira AOFIO, especializada em protocolos científicos para revitalização capilar.

Nesse método, pequenas mechas de cabelo são colhidas e imersas em equipamento ultrassom que, por meio de sistema de cavitação e parâmetros específicos, possibilita o início da avaliação do dano da fibra capilar. Ao obter o diagnóstico, o médico dermatologista e tricologista faz uma análise colorimétrica, obtida pelo contato de proteínas desprendidas com reagentes, para entender o dano capilar.

A partir desse resultado, o profissional consegue indicar o melhor tratamento, e iniciar a jornada da recuperação personalizada da saúde capilar, até em fios com agressões mais severas. O tratamento é feito por meio do HAPI Sérum Capilar, com alta concentração de ativos, e disponível em três versões – intenso, moderado e leve – que serão usadas de acordo com o dano apontado pela análise prévia.