Quando o assunto é beleza, muitas mulheres preferem não ousar depois que já aperfeiçoaram a técnica de um olho esfumaçado ou de um coque torcido.
Ainda assim, é sempre bom procurar inspiração nas passarelas, seja para ganhar confiança de testar um novo penteado ou pra saber no que as marcas de maquiagem vão começar a investir mais – cores, texturas, etc.
Agora que terminou a temporada de desfiles também no eixo internacional, podemos analisar melhor algumas tendências do Inverno 2010, mesmo que algumas não sejam exatamente novidadeiras.
Vamos lá:
>> Batom vermelho
Dolce & Gabbana (e), Gianfranco Ferré, Proenza Schouler, Neon, Donna Karan, Givenchy © firstVIEW, Agência Fotosite
Tons avermelhados nos lábios são um clássico, mas após uma temporada dominada por nudes e corais, é notável seu retorno.
Nas passarelas, o vermelho dominante dentre as muitas tonalidades é mais escuro, quase vinho. Para finalizar, uma camada de gloss para garantir o brilho.
>> Rosto saudável
Fendi (e), Stella McCartney, Giles, Thakoon, 3.1 Phillip Lim, Thierry Mugler © firstVIEW
O visual clean é menos uma tendência do que uma unanimidade. O detalhe do Inverno 2010 é que o rosto ganhou tons de coral e pêssego, principalmente nos lábios. Ao invés de apenas contentar-se com o “nada”, o make agora quer passar saúde.
>> Olhos pretos
Rochas (e), Botega Venetta, Dsquared2, Chanel, Giambattista Valli, Fabia Bercsek © firstVIEW, Agência Fotosite
Esta é provavelmente a tendência com mais variações da lista. O olho preto pode ser esfumaçado, pintado com cuidado, feito de delineador, puxando para fora, gráfico, com glitter, leve, pesado…
>> Sobrancelha marcada
Alberta Ferretti (e), Pedro Lourenço, Gucci, Balenciaga, Chloé, Prada © firstVIEW
Dois opostos polares, as sobrancelhas descoloridas e as sobrancelhas marcadas, estão co-existindo: a primeira domina editoriais e campanhas do Verão, e a segunda luta para ter seu lugar de volta.
A boa notícia é que é mais fácil obter o efeito do Inverno: para destacar suas sobrancelhas de maneira sutil, há lápis, máscaras e pincéis específicos para isso; outra maneira é pentear os fios (também há escovinhas especiais!) para cima, o que dá um ar desleixado.
>> Sombra colorida
Y-3 (e), Yohji Yamamoto, Alexandre Herchcovitch, Miu Miu, Claudia Simões, Dior © firstVIEW, Agência Fotosite
Se a sombra preta domina os olhos exagerados, sombra coloridas ocupam o lugar da marrom básica preenchendo o côncavo. Há para todos os gostos: rosa, azul, laranja, dourada, roxa, verde…
Nas passarelas, ainda houve quem ousasse mais usando dois ou até três tons inusitados, um nas pálpebras e outro, geralmente imitanto delineador, na linha inferior dos olhos.
>> Coques
Prada (e), Karl Lagerfeld, Haider Ackermann, Alberta Ferretti, Andrea Marques, Forum © firstVIEW, Agência Fotosite
Se a cerimônia do Oscar já era um forte indício, as passarelas deram a palavra final: chignons são o futuro. Os coques tem centenas de formas e ainda mais nomes para cada uma (é meio confuso), mas definitivamente não são mais sinais de preguiça.
Em destaque há vários: volumoso à la Prada, desfiado, bailarina, simples, baixo, alto, com franjas. Muitos das passarelas são difíceis de emular, ainda mais para quem tenta fazê-lo individualmente, mas não tem tempo ruim: contanto que as raízes estejam boas e limpas, qualquer coque é ótimo.
>> Franja no rosto
Alexander Wang (e), Bottega Veneta, Ungaro, Louise Goldin, Givenchy, Cacharel © firstVIEW
Aqui está uma tendência curiosa e provavelmente desaprovada pelos oftalmologistas. Um número significante de desfiles seguiu o mesmo caminho: cabelos soltos com a risca descentralizada e a parte maior da divisão sobre os olhos.
O efeito fica bem nas passarelas, mas teria uma transição difícil para as ruas — não ia demorar muito até que a pessoa se irritasse com as madeixas e as prendessem atrás da orelha.
>> Gel
Espaço Fashion (e), Maria Bonita, Stella McCartney, Ann Demeulemeester, Balenciaga, Rodarte ©Agência Fotosite, firstVIEW
Sim, é verdade: o gel é popular de novo. O efeito molhado do gel apareceu principalmente em coques rígidos, de riscas descentralizadas, mas também surgiu em cabelos soltos — lembra do efeito meio a meio? — e em rabos-de-cavalo, sempre fixando a primeira metade do cabelo.