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    Diretor de make da M.A.C. Europa avisa: minimalismo é o futuro
    Diretor de make da M.A.C. Europa avisa: minimalismo é o futuro
    POR Redação

    O londrino Terry Barber queria ser hippie. Acabou virando diretor de maquiagem artística da M.A.C. na Europa, um emprego, segundo ele, “mais ou menos hippie”. Em sua segunda visita ao Brasil, Terry assinou a beleza de seis desfiles no SPFW (Ellus, Carlota Joakina, Gloria Coelho, Reinaldo Lourenço, Osklen, Iódice).

    Entre um intervalo e outro, ele falou com exclusividade ao FFW:

    terry-barber-osklenTerry Barber em ação no backstage da Osklen: já passaram por seus pincéis celebridades de Diana Ross a Amy Winehouse © Agência Fotosite

    Como se envolveu com o mundo da maquiagem?

    Nos anos 1980, quando eu estudava arte e pintava meu rosto para ir aos clubes em Leicester Square.

    Como é o processo de criação de um make para um desfile?
    A maquiagem deve se ajustar ao desfile. Então converso principalmente com o stylist, para entender a história e o clima da apresentação. Alguns demoram mais do que outros. Alexander McQueen, por exemplo, faz três testes de maquiagem antes do desfile. Já o da Carlota Joakina demorou cerca de três horas para ser criado. Conversei um pouco com Gloria Coelho e decidimos o visual – uma garota presa na chuva – rapidamente.

    Você atende muitas celebridades. Qual foi a situação mais absurda que viveu com elas?
    Foi com Grace Jones. Era um ensaio fotografado por Jean Paul Goude, namorado de Grace na época, e eu peguei o Eurostar [trem que liga Londres e Paris] para chegar lá. O trem quebrou e eu fiquei 3 horas preso, sem comunicação. Mas deu tudo certo, porque Grace chegou depois de mim. Ela está sempre atrasada!

    Quem é seu ícone de beleza?
    Gosto de beleza provocativa, como a de Grace Jones e a de Tilda Swinton. É uma mistura de masculino e feminino que me fascina.

    grace-jones-terry-barber-vGrace Jones na capa da “V” #57: a beleza é do amigo Terry Barber © Jean Paul Goude

    O que chamou sua atenção no Brasil?
    Vim ao Brasil pela primeira vez há dois anos e meio, e gosto muito dessa mistura brasileira de culturas. Os estilistas inspiram-se em vários lugares e acabam criando um caldeirão de referências muito interessante.

    Cinco itens básicos na nécessaire?
    Um bom corretivo, rímel, batom vermelho, lápis kohl preto e pó finalizador, de preferência mineral.

    Você acha que os produtos minerais vão crescer?
    Com certeza. Eles dão um efeito natural, mas bem cuidado.

    Quais são as tendências de make em que você aposta?
    Menos destaque para olhos e lábios e mais para pele e pontos iluminados, que eu gosto de chamar de mood makers [algo como “criadores de humor”]. Acho que estamos indo do luxo, que é mais ostensivo em termos de maquiagem, para o moderno e futurista – não em termos de high-tech, mas em termos de perfeição minimalista. A verdadeira dificuldade será criar o drama da maquiagem usando menos produtos.

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