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    Agent Inc: uma nova agência de modelos pensada para os dias de hoje
    Agent Inc: uma nova agência de modelos pensada para os dias de hoje
    POR Redação

    As mudanças que estão ocorrendo no mundo pedem novos modelos de negócios. Muitas das empresas lançadas nos últimos anos funcionam em esquema de aplicativo em que a eficiência e a transparência são as principais ferramentas.

    Neste mês, foi lançada na Califórnia uma agência de modelos pensada para os dias de hoje. A Agent Inc. funciona como um app que faz uma ponte rápida, transparente e segura entre modelos e empresas. As (os) modelos precisam ter no mínimo 18 anos para se cadastrar e contam com uma segurança que não encontram nas agências tradicionais (como vimos em casos recentes envolvendo fotógrafos Mario Testino e Terry Richardson).

    Cofundador da Agent, Mark Willingham diz que seu time faz uma verificação de antecedentes criminais, abuso sexual e checa se a empresa é correta. No aplicativo e no site tem a seção Agent Assist 24/7 para modelos que se encontrarem em alguma situação desconfortável. “Quem não se comportar é banido da plataforma”, diz Willingham. Segundo ele, 90% dos modelos já sofreram alguma forma de assédio sexual.

    Além de promover um ambiente seguro para as modelos, a Agent é uma grande facilitadora para marcas independentes e pequenas empresas que precisam de modelos. Você se cadastra e seleciona o perfil que busca através de diversos filtros como região, high fashion, passarela, plus size, noiva e nu. As modelos indicam o tipo de trabalho que topam fazer em suas bios e o app usa inteligência artificial para fazer um match entre modelo e marcas.

    Uma modelo pode receber US$ 25 a hora com um mínimo de 6 horas. Mas conforme a demanda, esse valor aumenta. Jeana, uma menina oriental com a cabeça raspada está “avaliada” US$ 250/hora.

    Jeana e Kseniia, duas das modelos cadastradas no Agent / Reprodução

    Jeana e Kseniia, duas das modelos cadastradas no Agent / Reprodução

    O pagamento é feito dentro do aplicativo, o que também evita situações complicadas que acontecem nas agências tradicionais como atraso ou falta de pagamento por parte do cliente. Assim que o pagamento entra, a Agent pega 5% do cliente e 10% da modelo. As modelos recebem no mesmo dia.

    Ao final do trabalho, as modelos classificam o cliente e vice versa. “Estamos tentando criar um ambiente transparente”, diz Willingham ao WWD. Nesta página, a agência explica bem seu modus operandi.

    No momento, há 13 mil modelos cadastradas (90% mulher, 10% homem) e mais de dois mil clientes. Naomi Bergknoff é dona da marca Omnia Vintage Clothing, de Los Angeles, e já usou o aplicativo algumas vezes. “É ótimo, fácil de usar e moderno. É um conceito muito bom e que precisa existir nos tempos de hoje. Tem tanta gente com negócios pequenos e independentes, facilita muito”, diz.

    Por enquanto, a maior parte dos jobs é requisitada por negócios locais nas regiões onde o Agent atua, como boutiques, lojas online, feiras e eventos. Por enquanto, o negócio está focado em Nova York, Los Angeles, Miami e Las Vegas, mas a empresa está expandindo para outras cidades americanas, como Dallas, Houston, Atlanta, São Francisco e Chicago.agent-3

    Willingham diz que a receita anual da indústria de modelos nos EUA é superior a US$ 1.4 bilhão, com as quatro principais agências respondendo por menos de 20% dessa atividade. Os 80% restantes são compartilhados entre 6.500 agências pequenas com cerca de dois funcionários cada. E é essa a fatia que sua agência quer pegar, já que esse pedaço da indústria representa US$ 1.2 bilhão em bookings anuais.

    Segundo um estudo de 2016 da IBISWorld, nos EUA apenas 20% das(0s) modelos é representada por grandes agências, deixando 80% descobertas ou trabalhando em agências que não fornecem a devida proteção. 80% é muito, praticamente configura um business com enorme potencial.

    Antes de fundar a Agent, Willingham era o presidente para o Hemisfério Norte da marca brasileira de calçados Carmen Steffens. Seu parceiro no negócio, Dustin Diaz trabalhou em empresas como Yahoo, Google, Twitter, Medium, Change.org e na Mix.com, que ele lançou com o co-fundador do Uber Garrett Camp.

    Por mais que esteja focada nos Estados Unidos, a Agent nasce já estabelecendo uma nova maneira de trabalho, ética e conduta que pode inspirar outras agências no mundo todo.

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