FFW
newsletter
RECEBA NOSSO CONTEÚDO DIRETO NO SEU EMAIL

    Não, obrigado
    Aceitando você concorda com os termos de uso e nossa política de privacidade
    Sobrinha de Valdemar, Giulianna Iodice abre boutique própria na Vila Madalena
    Sobrinha de Valdemar, Giulianna Iodice abre boutique própria na Vila Madalena
    POR Augusto Mariotti

    Por Marina Espíndola, em colaboração para o FFW

    A jovem empresária Giulianna Iodice ©Ricardo Toscani

    Giulianna Guirro Iodice cresceu submersa no universo da moda: seu pai, Vicente Iodice, é sobrinho do estilista e empresário Valdemar Iódice e trabalha na empresa que carrega o sobrenome da família. Embora nascer num ambiente com alto teor fashion a tenha empurrado nesta direção, o fator determinante para, aos 20 anos, ter aberto sua própria boutique, foi a ambição profissional. Em julho deste ano, Giulianna abriu as portas da Buby – boutique na Vila Madalena com clima intimista, em que comercializa peças da própria Iódice, de outras estações, mas com uma curadoria focada em seu público e por valores mais em conta, além de alguns dos poucos modelos criados por ela. Por enquanto, a única forma de divulgação da loja é via Instagram (@bubyboutique).

    O negócio de Giulianna é novo e pequeno, do tamanho que ela pode segurar no momento, mas com foco no atendimento exclusivo, boca-a-boca e bons preços. Ele já nasce desvinculado de obrigações, como o ponto perfeito e vendedoras bem treinadas. A própria empresária cuida de tudo, mantendo assim um custo mensal muito baixo. “Como eu tenho um preço acessível, atendo muitas meninas que, como eu, estão começando a trabalhar agora, a conquistar suas próprias coisas e não têm R$ 6 mil para gastar numa loja. Os preços das peças ficam em torno dos R$ 150, as roupas mais caras estão na faixa dos R$ 300”, conta. Conheça abaixo a história de Giulianna Iodice, que também cursa o 2o ano de jornalismo na Faculdade Cásper Líbero.

    Você vem de uma família com tradição na indústria da moda. Como isso te influenciou na hora de abrir a Buby?

    Acho que foi muito importante nascer em uma família que já tem essa história no mundo da moda, mas acredito que é uma combinação de sorte e aptidão. Tenho uma irmã, por exemplo, que não se interessa pelo assunto. Eu sempre mostrei mais interesse, soube que ia trabalhar com moda e quis ter uma coisa minha. No começo do ano passado, até experimentei produzir algumas peças, mas vi que não era tão simples assim, que exigiria um esforço maior. Então comecei a trabalhar a ideia com a minha mãe de abrir um negócio, mas queria fugir do lugar-comum. Não queria abrir uma loja na rua e sim alguma coisa mais intimista. Eu tenho esse contato prévio com a Iódice, claro, e isso me ajuda muito, mas não acho que foi um fator determinante na minha vida nascer nessa família. Não dá para saber, mas se eu nascesse em outro ambiente, imagino que eu também desenvolveria esse gosto pela área.

    Como foi abrir a boutique e o que você enfrentou de dificuldades?

    Tomei a decisão de abrir a Buby em março deste ano. Um dia meu pai apareceu em casa e trouxe a ideia de alugar uma sala da casa de uma conhecida da nossa família na Vila Madalena e transformá-la na boutique. Na época a gente ainda não sabia muito bem como ia funcionar – minha primeira ideia era abrir um espaço só com roupas da Iódice. Como eu trabalho com mercadorias descontinuadas, consigo vender para as minhas clientes a um preço muito melhor. O bacana é que eu seleciono peças que não são necessariamente da estação atual, mas passam pela minha curadoria. Hoje estou aberta a novas possibilidades e novas marcas para vender aqui, mas não imagino trabalhar ao mesmo tempo com mais do que três ou quatro grifes. Em média, adquiro de 20 a 30 peças por semana, pois gosto de estar sempre rodando as mercadorias da loja.

    Praticidade no tamanho e foco no atendimento personalizado ©Ricardo Toscani

    Qual foi o investimento inicial na Buby?

    Investimos inicialmente cerca de R$ 10 mil entre reforma, compra de móveis e das primeiras peças e o aluguel dos quatro primeiros meses, tempo necessário até a boutique ser inaugurada. Além disso tenho um custo mensal para manter toda a estrutura, de aproximadamente R$ 2 mil. Por enquanto, tudo o que entra está sendo reinvestido na Buby – imagino que isso deva acontecer até pelo menos o final deste ano.

    Por que o nome Buby?

    Quando eu era pequena, era muito espevitada e me deram o apelido de Giuli Buby. Embora minha irmã mais velha ainda me chame assim, depois que cresci o apelido morreu. Em 2012, decidi abrir um blog de moda, que já não existe mais, e não queria dar meu nome ou sobrenome, então escolhi o Buby para me representar. Buscando significado para esse nome, cheguei na expressão “Be Unique, Be You”, que é uma coisa que eu acredito muito quando eu penso em moda. Então quando decidi abrir a minha boutique, o nome já estava escolhido.

    Quais são os planos para o futuro da Buby?

    Tem muita coisa que ainda quero conquistar. O meu foco agora é aumentar e consolidar nossa cartela de clientes e poder atendê-la cada vez melhor. Acho que, ao aprimorar o serviço que ofereço, o reconhecimento virá como consequência. Tenho como estratégia usar as redes sociais ao meu favor, principalmente o Instagram e Facebook, e desenvolver um site que sirva como cartão de visita. Ainda não tenho a intenção de inaugurar um e-commerce, por enquanto não tem a ver com o nosso objetivo.

    Buby
    Rua Fidalga, 184 – com hora marcada pelo telefone (11) 99657-5576
    Instagram: @bubyboutique

    Não deixe de ver
    A Chanel ainda vale o preço que cobra?
    Chinesa Temu chega ao Brasil em 2024
    Inditex, dona da Zara, lança marca para competir com a Shein
    Usher como modelo da Skims, o novo diretor criativo da GAP, vendas da Kering em queda e mais!
    Arezzo e Grupo Soma confirmam fusão para formar empresa de R$ 12 bilhões
    Arezzo e Grupo Soma se preparam para uma possível fusão
    Ação judicial entre a Chanel e a WGACA tem início em NY
    O que o sucesso do Ssense tem a ensinar para os e-commerces de moda?
    Farfetch é comprada pela sulcoreana Coupang
    O consumo de fast fashion no Brasil